sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A INVASÃO BABILÔNICA

O clímax do castigo de Deus pela apostasia judaica está na invasão de Jerusalém pela Babilônia por volta dos anos 605 a.C.

A Babilônia tinha uma política curiosa para conduzir o processo de dominação. Eles invadiam uma nação e matavam a todos que lutavam no front. Todos os guerreiros inimigos eram assassinados no campo de batalha. 
Os que não eram guerreiros e possuíam alguma utilidade eram deportados para a capital. 

Essa era a estratégia de guerra da Babilônia: tirando os nativos de seu lugar de origem, eles suprimiam completamente qualquer tentativa de revolução.

Mas o exílio na Babilônia iria durar pouco: No Egito foram 400 anos. Na Babilônia foram apenas 70.

O Antigo Testamento conta que as forças militares da Babilônia atacaram Jerusalém por três vezes durante período de governo do Imperador Nabucodonosor.
A cada novo ataque a Jerusalém os caldeus evoluíam os castigos que eram aplicados à cidade.
Por ocasião do primeiro ataque, em 606 a.C., o Imperador levou consigo uma grande parte dos utensílios sagrados do templo construído pelo Rei Salomão (Daniel 1:1-2; II Crônicas 36:6 e 7). Nessa ocasião levou também um bom número de jovens reféns, oriundos da alta classe social judaica. Entre esses reféns foram levados Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego.

Nessa ocasião, curiosamente o reino de Judá era um aliado do Faraó do Egito. E a Babilônia era arquinimiga do Faraó. Foi quando a Babilônia derrotou um posto militar do Egito, localizado na cidade de Carquêmis, que ficava próxima e às margens do rio Eufrates. Em função da derrota dessa base militar o Egito perdeu completamente o controle que mantinha sobre as terras da Síria e da Palestina. Isso permitiu que Nabucodonosor atacasse definitivamente a Jerusalém. Tendo o domínio estabelecido sobre Jerusalém, o Imperador Nabucodonosor obrigou o rei judaico Jeoiaquim a abdicar o tratado de cooperação com o Egito e a assinar um termo de compromisso de submissão ao Reino da Babilônia.

Após o falecimento de Jeoiaquim, seu filho Joaquim cumpriu um reinado que durou apenas três meses. No ano de 597 a.C., a cidade de Jerusalém foi novamente atacada por Nabucodonosor e uma segunda levada de riquezas e pessoas ‘úteis’ foram encaminhadas para a capital da Babilônia. Nessa leva de pessoas foram incluídas milhares de cativos com habilidades úteis: artífices e ferreiros. Deixaram para traz apenas o povo pobre da terra de Israel ( II Reis 24:8-16).

O terceiro ataque militar do exército de Babilônia aconteceu em 586 a.C., por ocasião do o reinado de Zedequias.
Já sem muita resistência, Jerusalém caiu, e o templo construído pelo Rei Salomão foi completamente reduzido a pó (II Reis 25:8-9 e II Crônicas 36:17-21).

Somente os pobres do povo foram deixados na terra de Judá (Jeremias 39:10).
Nessa ocasião aconteceu um episódio muito curioso com o profeta Jeremias. Por graça da providência divina, Jeremias foi libertado do cativeiro e teve a oportunidade de fazer a opção de ficar na terra de Judá (Jeremias 39:11-14 e 40:6). Esse local desolado, em meio à pobreza extrema é o pano de fundo do Livro de Lamentações de Jeremias.

Mas o Reinado da Babilônia não duraria para sempre. A taça da ira de Deus transbordou e os dias da glória de Babilônia se acabaram. Acontece que o imperador Ciro, da Pérsia, conquistou e invadiu a Caldéia em 539 a.C.

E a história de Israel novamente mudou de rumo pois a política de dominação Medo-Persa era bem diferente da politica da terra de Hamurabi. 
Enquanto os caldeus queriam levar o povo ‘útil’ para sua capital, a pérsia queria que os povos estivessem cada um em sua terra natal, sendo submissos e pagando tributos ao Reino da Pérsia.

---

“continua...”

---

M.e. César de Aguiar

WhatsApp: 31 99286 1302


curta nossa página no face:


5 comentários: