Esse mundo é
provisório e imperfeito.
A responsabilidade da igreja é tornar nítida a imagem
do Criador. É polir o espelho. “Mas todos
nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor” (2Co 3.18).
Deus não criou a
imperfeição. Tudo que foi criado foi feito de forma bela. Nada é mais belo que Aquele
que criou todas as coisas.
Deus é o
perfeito paradigma da beleza.
Toda a beleza
subsiste Nele, e é Ele quem empresta beleza a tudo que há.
Ele é o Belo e não
havia nada criado que fosse tão belo quanto Ele.
Para ver a beleza
em sua forma mais plena, Deus sempre olhava pra Si mesmo. E para se enxergar,
Deus construiu um espelho de nitidez perfeita. Feito por Suas próprias mãos
Deus chamou esse espelho pelo nome de Adão.
Feito à Sua imagem
e semelhança, o homem foi essencialmente construído para refletir a imagem de
Deus.
O único ser
criado como capaz de refletir a imagem do Criador é o Ser Humano. Todavia o
pecado comprometeu a fidelidade do espelho. O pecado sujou onde o Criador Se
contemplava todas as tardes, enquanto visitava o homem no Jardim.
O pecado privou
a Deus de Se contemplar todo dia.
A aparência
perfeita do homem foi destruída: o espelho foi manchado.
Com o advento do
pecado Deus não podia mais ver aquilo que é mais belo que tudo que existe: a
Sua própria imagem, refletida na coroa de Sua criação.
A igreja deve
assumir o seu papel diante do plano de redenção. O mundo e o universo serão
modificados quando a igreja desempenhar o seu papel.
Dentro do tempo
a igreja mostrará da eternidade.
Quando a Igreja Invisível
voltar a refletir a imagem do Criador, ela manifestará a glória da perfeição do
mundo eterno de Deus em um mundo imperfeito.
A exposição
pública de Cristo Crucificado é absolutamente suficiente para atrair o mundo à
salvação. Nada além da Cruz.
A igreja não
pode se cansar de expor a verdade acerca da Cruz de Cristo.
Somente o
Evangelho, e nada mais, é capaz de reinserir o homem ao cumprimento de sua
missão primordial.
No Jardim do
Éden existiam duas árvores. E as duas se perderam do mundo físico: A Árvore da
Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Ambas não se encontram mais
visíveis no planeta Terra. Desapareceram logo após o homem e sua mulher serem
expulsos do Jardim.
No dia em que
foram expulsos, nada mais seria como havia sido até então.
O mundo
imperfeito mostrou sua cara feia ao homem e desde então todos nós vivemos nesse
mundo, até agora.
Esse é o mundo
das imperfeições, lugar onde tudo é ao contrário. Um lugar borrado pela sujeira
do pecado do homem.
Dentro do Jardim
a Árvore da Vida era de uma beleza indescritível. Todavia seu reflexo produz
uma imagem invertida no nosso mundo.
No mundo
imperfeito a Árvore da Vida tem outra aparência: ela é um madeiro seco, sem
vida e instrumento de morte.
No mundo
imperfeito a Árvore da Vida não está no meio de um jardim, mas no meio de duas
outras árvores secas.
O lugar não
pulsa vida como no Éden. O cheiro de sangue invade o ambiente no topo árido da
montanha do Gólgota.
Na palestina do
século primeiro Jesus morreu nesse madeiro. Expirou pendurado nessa árvore da
vida, às avessas.
Foi ele quem
disse que cada um de seus seguidores deveria tomar sua cruz e segui-lo! Quem se
deixa crucificar e morre nesse madeiro, viverá para sempre.
A cruz é: do
lado de cá, o que a Árvore da Vida era, do lado de lá.
Por causa da
nossa desobediência no Jardim, a mais pura beleza foi comprometida no mais
íntimo de sua essência.
No Jardim do
Éden, tudo que era Belo tinha o poder de produzir vida. No nosso mundo, a
beleza geralmente produz morte. Veja que pessoas encantadas pela suposta beleza
desse mundo geralmente se alienam da necessidade de se ter Jesus.
Do lado de cá,
no nosso mundo, a feiura da cruz, o escândalo da cruz, é o único caminho de
volta para nosso verdadeiro lar.
Dentro do Jardim
o homem podia livremente consumir o fruto da Árvore da Vida. Fora do Jardim, o
fruto que me concede a vida eterna está na viagem da morte para a vida, que
fazemos por meio daquele que disse: “minha
carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6.55).
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Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
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Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.
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