quinta-feira, 27 de agosto de 2015

MELQUISEDEQUE


O nome Melquisedeque significa Rei de Justiça. Esse personagem é inserido de forma muito misteriosa nas Escrituras. E mais misterioso ainda é o seu desaparecimento.

Mas o mistério toma elevadas proporções quando o seu sacerdócio é apresentado como eterno, segundo o Livro aos Hebreus.

Rei de Salem, antigo nome da cidade de Jerusalém, e sacerdote do Deus Altíssimo.
Recebeu o dízimo de Abraão, quando este voltou vitorioso da guerra contra Quedorlaomer (Gn 14.18-20).

É assim que Melquisedeque entra na história, como alguém maior que o pai da nação hebraica. Maior que o pai da fé.

E a Bíblia continua fazendo relações entre Melquisedeque e Cristo:
Jesus é sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4, Hb 5.10).
e não segundo a ordem levítica (Hb 6.20)

Em Hebreus capitulo 7 vemos a superioridade do sacerdócio de Melquisedeque e sua relação estreita com o sacerdócio de Cristo. A relação de proximidade dos dois homens é tanta que temos dificuldade em interpretar o texto separando uma pessoa da outra, a ponto do versículo 3 afirmar:

“que não teve princípio de dias, nem fim de existência,
entretanto feito semelhante ao Filho de Deus”.

Não há outra saída senão, assumir que Cristo e Melquisedeque são a mesma pessoa!

Melquisedeque não é um mito, nem uma visão de Abraão, muito menos governador de Agharta.

Alguns teólogos concordam em afirmar que Melquiseque era uma teofania do Cristo pré encarnado.

Mas o texto de Genesis e o texto de Hebreus trata Melquisedeque como um ser humano real.

O Cristo pré encarnado seria uma forma espiritual, e como forma espiritual o sacerdócio não poderia ser reclamado.

Como um espírito reclama um sacerdócio no mundo físico?

Melquisedeque é o próprio Jesus, que em uma de suas ‘sumidas’ estratégicas, enquanto buscava a solidão dos montes para se dedicar à oração, entrou numa das fendas do tempo
e visitou Abraão, levando pão e vinho.

Pessoalmente Jesus celebrou com o Amigo de Deus uma ceia semelhante à que foi celebrada com seus discípulos no cenáculo: “este é o meu corpo e este é o meu sangue”.


É em Abraão, alguém superior a Levi, que o sacerdócio eterno tem sua via de legalidade entre os homens.

Melquisedeque transfere a Abraão a unção do sacerdócio eterno para ser aplicada no tempo.

O sacerdócio de Melquisedeque não pertence a essa dimensão. Melquisedeque é o sacerdote que entra no Santuário Celeste.

Cristo viaja no tempo, encontra Abraão. Recebe o dizimo, celebra a ceia e delega à geração de Abraão a legalidade do sacerdócio terreno. Certa vez em um de seus discursos Jesus relembra esse maravilhoso dia:


“vosso Pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8.56).

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Pr. César de Aguiar

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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A BÍBLIA E OS VIAJANTES NO TEMPO



Estudiosos da Bíblia amam se deleitar com o estudo das Escrituras.
Um assunto fantástico é a possibilidade de se viajar no tempo!
As equações de Einstein torna isso possível. E a idéia do tempo como sendo um Livro escrito antes mesmo da criação do universo, torna Deus um Ser que pode se inserir no tempo, ao mesmo tempo, o tempo todo, e mais, pode viabilizar viagens no espaço tempo, como é o caso de Filipe.

Atos 8:39-40
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe repentinamente. O eunuco não o viu mais e, cheio de alegria, seguiu o seu caminho.

Filipe, porém, apareceu em Azoto e, indo para Cesaréia, pregava o evangelho em todas as cidades pelas quais passava.

Após batizar o etíope, Filipe é arrebatado pelo Espírito do Senhor, sendo teletransportado de Gaza para Azoto, uma distância media de 50 Km.
Se a Bíblia afirma a existência de transporte espacial instantâneo, porque não pode haver viagem no tempo¿ Afinal, tempo e espaço são as duas faces da mesma moeda segundo a física.



Viajantes no tempo

Apóstolo João

Apocalipse 1:19 - "Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir.”
Coisas presentes e coisas futuras. E João as viu! Não as foram relatadas, foram vistas.
E para serem vistas, teriam que ser observadas de perto.
Somente uma viagem no tempo faria isso por ele.

João faz viagens para o futuro. Mas também faz o caminho inverso, e volta para seu próprio tempo. E faz isso em espírito.
O corpo físico animado pela alma do homem passaram a existir no momento em que o espírito do homem entrou nesse universo.Mas o espírito do homem existe desde antes da criação do universo.
O espírito do homem é anterior ao tempo.

Eclesiastes 3:11 – “Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.”

A eternidade habita o centro do homem, o seu espírito.
Assistimos filmes como “De Volta para o Futuro” ou “A Máquina do Tempo” que apresentam geringonças mecânicas que possibilitam viagens no tempo. Uma grande bobagem, pois a Bíblia diz que a máquina do tempo é um ítem de série. Veio junto com a criação do homem. E todo mundo tem a sua!
É o espírito do homem. Esse desconhecido. Esse que é ativado pelo novo nascimento e que continua sendo pouquíssimo usado pelos filhos de Deus.
Viajar no tempo, em espírito é viajar com a parte mais nobre da composição humana.
João, na ilha de Patmos teve visões em espírito, sendo testemunha ocular de fatos que seriam vistos em páginas distantes do Livro do Tempo.


Apóstolo Paulo

2 Coríntios 12:2-4
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe.
E sei que esse homem — se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe —
foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar.

O primeiro céu é a atmosfera terrestre, o segundo céu é o espaço sideral, e o terceiro céu é a habitação de Deus.
Esse conhecido de Paulo viajou do tempo para a eternidade e lá identifica o paraíso mais que perfeito.
A experiência é tão absolutamente real que fica a dúvida, se a viagem foi no corpo ou fora dele.
Esse viajante no tempo vai a um lugar que aparece nas Escrituras existindo no início da criação, na figura do Jardim do Éden e na consumação de todas as coisas, como uma cidade adornada para receber os santos de Deus.
Dessa forma, podemos concluir que ao viajar rumo à eternidade, esse viajante é transportado para o passado ou para o futuro, segundo as Escrituras. Penso eu que seja o futuro, o mesmo futuro visto pelo Apóstolo João.




A Transfiguração

O Evangelho de Lucas narra um dos eventos mais fantásticos de todo o ministério terreno de Jesus (Lc9:28-36). Trata-se da transfiguração de Cristo diante de seus discípulos Pedro, Tiago e João. Esses discípulos sempre tiveram um nível de intimidade com Cristo superior aos demais. E é sobre esses três homens que a igreja primitiva se fundamenta. Pedro fundou a igreja, Tiago morreu por ela e João fica como o último apóstolo vivo, para escrever os últimos capítulos do Novo Testamento.  São uma figura que aponta para o Pai, o Filho e o Espírito Santo: o Pai funda a igreja, o Filho morre por ela e o Espírito Santo estará com ela até o fim dos tempos.
São esses três homens que são convidados para o Monte Hermon, onde Cristo se transfigura diante deles e recebe a visita de dois personagens famosos do Velho Testamento: Moisés e Elias.
Transfigurar significa literalmente mudar de figura. No caso de Cristo, significa que ele assumiu uma aparência gloriosa, a aparência do seu corpo espiritual, que naquele momento ocultou a aparência do seu corpo físico.
Nesse momento de profunda perplexidade Elias e Moisés falavam com Jesus no meio da glória.
Trata-se de dois grandes nomes da história de Israel. A história de Elias termina nas páginas do Velho Testamento com seu arrebatamento em um redemoinho. Somos levados à conclusão de que Elias não passou pela morte física, pois foi arrebatado vivo para o paraíso celestial.
A respeito de Moises, o Pentateuco termina afirmando sua morte física após a contemplação da terra prometida (Dt 32.50).
Dois personagens. Um que havia passado pela morte. Outro que não experimentou a sepultura.
Uma análise mais profunda desses homens nos leva a concluir um lado mais intrigante do relato bíblico.



Moisés

Mortos não podem aparecer a vivos! Isso é um princípio elementar da doutrina judaico cristã. Os espíritas usam esse texto da aparição de Moisés no Monte da Transfiguração para validar suas exposições de que o contato com os mortos é validado pelo Novo Testamento.
Moisés morreu (Dt 34.5,6). Isso é fato! Fato corroborado pela declaração de Judas que afirma que o Arcanjo Miguel contendeu com o diabo pelo corpo físico de Moisés (Jd9).
Podemos admitir Elias no Monte Hermon, afinal ele não passou pela morte física segundo as aparentes evidências. Todavia a aparição de Moisés quebra uma regra básica: mortos não fazem contato com vivos.
A única resposta para a visita de Moisés a Jesus é uma viagem no tempo.
Moisés foi transportado de seu tempo ao tempo de Jesus. Uma viagem de aproximadamente 1500 anos.
Em Exodo33:18-23 temos um evento da vida de Moisés que se encaixa perfeitamente com o Monte da Transfiguração.
Moisés está na companhia de Deus no Monte Sinai. Moisés pede a Yawhé que lhe mostre sua glória. O que Moisés pede é algo que quebra todas as regras da invisibilidade de Deus. A essência de Deus nunca foi e nunca será vista por homem algum.  Vários textos do Novo Testamento (1Tm 6.16; 1Jo 4.12) escritos numa data muito depois dos tempos de Moisés, afirmam que ninguém jamais viu a Deus. Todavia no texto de Exodo 33 nós lemos no versículo 11 que Deus falava com Moisés face a face, e no mesmo capítulo de Exodo, vemos no versículo 20 Deus dizendo a Moisés: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá”.
Os textos de Exodo 33 parecem se contradizer. E aparentemente se contradizem com mais intensidade quando colocados diante dos comentários do Novo Testamento.
Foi o próprio Moisés que escreveu o Exodo. Será que ele cometeria um erro tão crasso de colocar no mesmo texto dois eventos que se contradiziam¿ Em um momento Moises escreve que falava com Deus face a face, no momento seguinte ele está pedindo para ver a Deus e Deus o está respondendo que ninguém jamais o viu!
Como encontrar equilíbrio para esses dois eventos da a vida de Moisés¿
Para compreendermos esse texto sem comprometimento da inerrância da Bíblia devemos entender alguns elementos acerca do atributo divino de invisibilidade.
Deus é invisível ao homem no tocante a toda sua essência. Homem nenhum viu a Deus se manifestando em toda sua glória. Todavia para se relacionar e se revelar ao homem Deus encontrou maneiras de usar a criação, as Escrituras e a relação íntima com o espírito do homem. A relação de Moises com Deus no versículo 11 é absolutamente diferente daquilo que Moisés está pedindo no versículo 18. A expressão, “face a face” é uma figura de linguagem. Ver Deus “face a face”é absolutamente diferente de“ver a face de Deus”.
Moisés pede para ver a glória de Deus! A totalidade da essência do Ser do Criador. E Deus o responde que isso era impossível exceto por uma via. E Deus Deus responde positivamente a Moisés lhe dizendo que iria passar diante dele a sua bondade e lhe proclamaria o nome do Senhor. Deus tem uma maneira de manifestar sua glória a Moisés sem que ele não seja fulminado Sua presença.
A palavra hebraica traduzida para Bom (Tov) aqui nesse texto é a mesma palavra (Tov) que é usada em Gênesis capítulo 1.
Foi o próprio Moisés que escreveu todos os cinco primeiros livros do Velho Testamento -a Torá. No Gênesis capítulo 1 todas as vezes que Deus termina a obra de um dia da criação, Ele avalia sua obra com o dizer: “e viu Deus que isso era bom”.
Foi nesse momento que Moisés viajou ao passado e viu toda a obra da criação, numa relatividade de tempo diferente da velocidade dos relógios convencionais. Em um curto espaço de tempo Moisés assistiu a toda a bondade de Deus. Todos os dias da criação passaram diante dos olhos de Moisés e a avaliação de Deus sempre era: “Tov” – bom. A mesma palavra hebraica, usada em textos diferentes com o objetivo de conectar o evento da criação com o dia em que Deus deu essa revelação a Moisés.
A primeira viagem temporal de Moisés é rumo aos dias da criação, mas logo em seguida Moisés viaja ao Monte da Transfiguração e se encontra com Jesus, pois Deus o havia dito que passaria diante dele toda a sua bondade, e não somente isso, também “lhe proclamaria o nome do Senhor”. O nome que é exaltado acima de todo o nome: o nome de Jesus (Fl 2.9).
E Deus continuou dizendo a Moisés que sua face gloriosa não poderia ser vista por nenhum homem, senão esse homem, não resistindo a glória da santidade de Deus morreria.
“Eis aqui um lugar junto a mim, e tu estarás sobre a penha. Quando passar minha glória, eu te porei numa fenda da penha, e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado. Depois em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.”
Penha é rocha. Fenda na penha é fenda na rocha.
A rocha é Cristo (Rm 9.33).
E mais! A palavra hebraica que é traduzida nesse texto por rocha é TSUR, que também pode ser traduzida por FORMA, IMAGEM.
Somente Jesus é a IMAGEM do Deus invisível (Cl 1.15). João diz que “ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18).
A maneira mais eficaz de Moises visualizar a gloria de Deus é vendo Deus na face de Cristo. Somente resguardado pela fenda na Rocha que Moisés poderia ver aquele disse: “que vê a mim, vê o Pai”.  “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer” (Jo1:18).
Mas alguns podem argumentar que Deus disse a Moises que ele o veria somente pelas costas. Para resolvermos esse impasse linguístico devemos novamente recorrer ao texto hebraico.
 A palavra traduzida por costa (ACHORAI), também pode ser traduzida por “DEPOIS”. E isso é uma referência clara de que Deus mostraria a Moises a sua face no depois. A face que Deus passaria a ter com a encarnação do Filho de Deus.
O texto pode melhor ser traduzido assim: “Depois em tirando eu a mão, tu me verás no depois; mas a minha face não se verá.”
Moisés não viu as costas de Deus. Afinal, consciente da linguagem antropomórfica envolvida podemos facilmente concluir: qual glória pode haver no rosto que não seja a mesma que envolve o corpo inteiro do criador.
Deus é espírito e não possui forma. Todavia Cristo é a imagem de Deus.
Moises foi tomado do Monte Sinai e levado no tempo até o Monte Hermon, onde não viu as costas de Deus, mas o depois de Deus. O Deus encarnado na pessoa bendita que tem o nome acima de todo o nome.



Elias

A Bíblia dá uma importância enorme a genealogias. Todavia um homem tão renomado na história de Israel aparece no cenário político na época do governo do Rei Acabe, marido de Jezabel, absolutamente do nada!
“Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade” (1Rs 17.1). É dessa forma que Elias é inserido no cenário das Escrituas.
Primeiro, podemos concluir que tesbita é quem nasceu numa cidade que talvez se chamasse Tesbe. Mas essa cidade não existe no panorama bíblico e nem no panorama da história antiga. E não aparece em nenhuma escavação arqueológica. Elias é o único tesbita do planeta!
Gileade pode ser traduzido apenas como região rochosa.
Elias não tem parentesco com ninguém do seu tempo. Não tem esposa ou filhos. Seu ministério dura 7 anos e acaba num redemoinho, sendo seu arrebatamento testemunhado por 51 pessoas.
Porque Elias não tem genealogia no Velho Testamento¿ Simples, porque Elias não nasceu nos tempos do Velho Testamento. Elias nasceu pouco tempo antes do nascimento de Jesus. Nasceu primo de Cristo segundo a carne, filho de Izabel e Zacarias e inserido no mundo com o nome de João Batista.
Jesus afirmou que o Elias do passado era o João Batista do presente (Mt 11.12-15). E terminou essa declaração convidando os inteligentes a pensarem no assunto com mais fervor: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
O profeta Malaquias (Ml 4.5,6) fala do retorno de Elias para os tempos de Cristo. Tanto o texto de Mateus, como o de Malaquias, não falam de alguém que teria as características do profeta do Velho Testamento. Não se trata de alguém parecido com Elias. O texto é sucinto em dizer: “Eis que vos enviarei o profeta Elias”.
Não se trata de reencarnação, mas de viagem no tempo!
João Batista nasceu como filho de Zacarias e Isabel conforme o relato bíblico (Lc 1.57-80). Viveu vagando pelos desertos da Judéia por um tempo até que foi tomado pelo ‘redemoinho’ e levado aos tempos de Acabe. Lá viveu e profetizou por 7 anos até que novamente foi levado ao futuro, ao encontro de Jesus, no Monte Hermon com a companhia de Moisés.
Do Monte Hermon, Elias volta aos seu próprio tempo, assume seu antigo nome, João Batista e inicia o ministério de preparar o caminho para o Senhor. Marcos introduz o ministério de João Batista com as seguintes palavras: “apareceu João Batista no deserto”. Apareceu. Da mesma maneira que sumiu, um dia “apareceu”.
O João Batista que começou seu ministério como Elias, manteve os modos que tinha nos tempos de Jezabel.
O modo de se vestir (Mt 3.4; 2Rs 1.8), mas principalmente manteve uma uniformidade de personalidade. Uma mensagem dura e desafiadora intercalada por um momento de profunda depressão.
Elias foge e se esconde da esposa de Acabe (1Rs 19.4) demonstrando uma personalidade muito humana, que mesmo após uma vitória épica sobre os profetas de Baal, teme pela própria vida e se desespera pedido a Deus a própria morte.
João Batista também vive algo semelhante (Mt 11.2-5). Ele estava preso e novamente sua personalidade tendeu para a depressão. Precisou do consolo de Jesus para que sua alma descansasse e esperasse a morte, que aconteceu pouco tempo depois (Mt 14.3-12).
Quando João Batista batizou Jesus no Rio Jordão, a mesma voz que ele ouvira no Monte da Transfiguração: “Este é meu Filho amado”, novamente estrondou no céu da Judeia. Cronologicamente a transfiguração ocorreu algum tempo depois. Mas aquele reencontro nas águas do Jordão, foi marcado novamente pela voz do próprio Criador.  Futuro e presente se misturaram com o arfar das asas do Espírito Santo que repousou sobre a cabeça do Cordeiro de Deus.
Ainda na figura de Elias, João já havia se encontrado com Jesus em outra ocasião (1Rs 19:5-8). Nesse encontro Jesus o serviu, o alimentou e o animou a prosseguir em sua missão.

Alguns podem argumentar que João Batista negou ser Elias (Jo 1.19-23). Mas no mesmo texto ele também nega que era profeta. Mas Jesus, que é maior do que João, disse que João era o Elias e também era profeta. Nesse texto João está definitivamente assumindo sua nova missão: ser voz que clama no deserto. E sua missão é superior à sua identidade. Assim como os super heróis tão comuns das historias em quadrinhos, João faz questão de continuar sua missão mantendo sua identidade secreta.

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Cesar de Aguiar
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sábado, 1 de agosto de 2015

O GRANDE TRIUNFO DO REINO DE CRISTO

A Mensagem de Obadias - aula 3

Obadias1:15-21

15 Porque o dia do Senhor está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça.

16 Porque, como vós bebestes no meu santo monte, assim beberão também de contínuo todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido.

17 Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.

18 E a casa de Jacó será fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o falou.

19 E os do sul possuirão o monte de Esaú, e os das planícies, os filisteus; possuirão também os campos de Efraim, e os campos de Samaria; e Benjamim possuirá a Gileade.

20 E os cativos deste exército, dos filhos de Israel, possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do sul.

21 E subirão salvadores ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do Senhor.


INTRODUÇÃO
Entrada da cidade de Petra
A Babilonia como nação já não mais existe. Edom já não mais existe. Mas os judeus sobreviveram. Eles destruíram Jerusalém, mas não destruíram o povo de Deus.

TODOS PODEM SE LEVANTAR CONTRA VOCE, PARA TENTAR SUA DESTRUIÇÃO,

COMO FIZERAM A JERUSALÉM.
TODAVIA VOCE TEM A PROMESSA DE DEUS QUE:
“ aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6)
Uma das palavras chaves do Livro de Obadias é a palavra DIA.
Assim como chegou o dia de Deus entregar Israel para ser punido pelas mãos dos Caldeus, chega agora o dia em que o Senhor destruirá Edom e finalmente chegará o dia em que todas as nações serão julgadas por Deus.

“diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus ". (Romanos 14:11)
Entrada da cidade de Petra

O Livro de Obadias nos ensina que:

a-    ADIAR A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DOMÉSTICOS PODE NOS DIRIGIR A GRAVES PROBLEMAS NO FUTURO.
Veja Esaú e Jacó: um problema domestico que levou ao extermínio de uma nação inteira.

b-   O PECADO É PIOR DO QUE A POBREZA, A DOENÇA, A FOME E A PRÓPRIA MORTE. AFINAL, O PECADO É A CAUSA DE TODOS ELES. O PECADO NOS AFASTA DE DEUS AGORA E POR TODA A ETERNIDADE.

A falta de perdão por parte de Esaú causou a destruição de sua descendência.

c-    ISRAEL ESTAVA DERROTADO. EDOM, QUE ERA SUA NAÇÃO IRMÃ COMEMORAVA A SUA DERROTA.


Hoje também assistimos os ímpios prosperando enquanto padecemos necessidades.
É a história de um ex traficante que passa por necessidades financeiras
e é tentado a vender drogas por um fim de semana apenas, para fazer dinheiro rápido e sair da dificuldade.

d-   Uma inimizade que nunca acabou
Brigas entre parentes são sempre as mais amargas.
Só quem já brigou em família é que entende isso!

Em Dt. 2:5-8
Deus ordena que os israelitas tratem os edomitas como irmãos.
Mas os edomitas nunca correponderam.

Nm. 20:14-21
Quando os israelitas estavam viajando rumo a terra prometida, os edomitas que já habitavam aquelas terras não deram passagem aos judeus e os obrigaram a uma jornada mais extensa.
Reusaram diálogo com Moisés.
Ao longo da história de Israel os edomitas sempre foram aliados dos inimigos de Israel e não perdiam a oportunidade de atacar os descendentes de Jacó.
Sempre comemoravam as derrotas de Israel.


581 aC

– A Babilonia invadiu Edom, a cidade de Petra foi tomada e poucos edomitas sobreviveram.
Eles caíram 5 anos após terem ajudado a Babilonia arrasar Jerusalém.



126 aC

– o macabeu João Hircano circuncidou a força todos os edomitas que existiam.
Foi uma tentativa de judaíza-los. Provavelmente uma tentativa velada de agregar o irmão novamente na família. Mas isso só aumentou o ódio dos edomitas.

Durante a inquisição, a igreja católica romana perseguiu os judeus tentando cristianiza-los.
Os judeus, no passado fizeram a mesma coisa com os edomitas.


63 aC
- quando a palestina foi conquistada pelo reino de Roma, os Herodes que eram uma família Edomita foram postos para governar Judá.


37 aC

- Herodes Idumeu, foi corado rei dos judeus.
O Novo Testamento fala de 4 Herodes, todos edomitas, todos hostis a Cristo e à sua igreja:


 





HERODES, O GRANDE

foi responsável pela morte das criancinhas de Belém, por ocasião do nascimento de Jesus.














HERODES ANTIPAS

foi responsável pela morte de João Batista, a quem Jesus chamou de raposa
e diante de quem Jesus compareceu para julgamento e se manteve calado.














HERODES AGRIPA I

foi o rei que mandou matar Tiago e prender Pedro. Esse morreu comido de vermes por não ter dado glória a Deus.












HERODES AGRIPA II

casado com sua própria irmã Berenice, foi o homem que esteve diante de Paulo em Cesaréia e não aceitou se render a Cristo.









Atos 26:27-29

27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês.

28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!

29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.

Certamente esta é a última chance para a reconciliação. Deus ainda deu uma última oportunidade aos edomitas. Agora no tempo da graça!
Essa foi a última geração de edomitas.
No ano 70 dC, depois da invasão e destruição de Jerusalém, os edomitas sumiram da história e nunca mais foram citados.
Uma ironia: a destruição de Jerusalém foi a destruição final dos edomitas.

Em 1948 o país de Israel foi proclamado país. Nunca mais se falou de Edom.

1-    A RETRIBUIÇÃO
Ruinas da cidade de Petra
Aquilo que o homem planta ele colhe.(Gl 6.7).
O criminoso pode escapar da justiça dos homens, porém jamais poderá fugir da justiça de Deus.



Deus anula a causa, mas não retira as consequências.



15 Porque o dia do Senhor está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça.

Ruinas da cidade de Petra
16 Porque, como vós bebestes no meu santo monte, assim beberão também de contínuo todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido.

a-    O TEMPO DA RETRIBUIÇÃO: “Porque o dia do Senhor está perto”
b-    O ALCANSE DA RETRIBUIÇÃO: “sobre todas as nações”
c-    A MEDIDA DA RETRIBUIÇÃO: “como tu fizeste, assim se fará contigo;”
d-    O PESO DA RETRIBUIÇÃO: “a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça”

Hoje o juízo de Deus é misturado com sua misericórdia. Mas haverá um dia em que a justiça de Deus se fará por completo.

Tem dinheiro e não tem paz. O dinheiro serve apenas para aprofundar o buraco existencial. O dinheiro passa a ser seu maior inimigo
– um inimigo calado, Sutil, que se manifesta como amigo, mas que na verdade está apenas distraindo a atenção com compras, aquisições.
Ruinas da cidade de Petra
Como se tem dinheiro, a pessoa vai aprofundando cada vez mais em vícios
e comportamentos, buscando paz, equilíbrio e senso de motivo para viver.

De repente, no fundo do poço, cheio de posses, a pessoa não tem mais prazer em viver.

A vida não vale mais a pena. Sorri pra foto, mas por dentro está chorando.

Posta viagens e festas nas redes sociais mas seu coração é um velório.

Foi isso que matou tantos artistas. Suicídio e overdose. Essas pessoas não buscavam a morte, mas a libertação da dor e da angustia existencial.


DEUS É JUSTO

Os inimigos de Daniel tramaram contra a vida dele e o lançaram na cova dos leões para serem devorados. Mas quem foi devorado foram os seus inimigos.

Os que tramaram a morte de Sadraque, Mesaque e Abednego forma mortos pela mesma fornalha que eles reservaram para os servos do Senhor.

Faraó ordenou o afogamento de todos os bebês hebreus do sexo masculino.
A justiça de Deus retribuiu: Deus afogou o exercito de faraó no Mar Vermelho.

O LUGAR DA SUA DESTRUIÇÃO DEUS VAI TRANSFORMAR EM LUGAR DE VITÓRIA.
E NESSE MESMO LUGAR DEUS VAI DESTRUIR TODOS OS SEUS INIMIGOS.


1-    A RESTAURAÇÃO

17 Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.

Monte Sião é símbolo da Igreja de Cristo.
A igreja é:
a-    LUGAR DE LIVRAMENTO: “haverá livramento”
b-    LUGAR DE SANTIDADE: “e ele será santo”
c-    LUGAR DE CONQUISTA: “e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.”


2-    A VITÓRIA
18 E a casa de Jacó será fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o falou.

19 E os do sul possuirão o monte de Esaú, e os das planícies, os filisteus; possuirão também os campos de Efraim, e os campos de Samaria; e Benjamim possuirá a Gileade.

20 E os cativos deste exército, dos filhos de Israel, possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do sul.

Judá vai tomar de volta tudo o que foi tomado pelo inimigo. Nada vai ficar nas mãos dos adversários. A sentença foi pronunciada pelo Senhor dos Senhores. Pelo Justo Juiz. Não há apelação a fazer.
Ele é o Supremo Tribunal. Quando Ele designa, não há apelações a fazer.
A palavra chave aqui é possuir. Devemos tomar posse daquilo que nos foi tomado pelo inimigo.
É muito mais do que dinheiro e bênçãos físicas. As dificuldades da vida tem a finalidade de nos sinalizar a nossa necessidade de Deus.
Voce está desempregado e pede a Deus emprego. Enquanto você estava na presença de Deus implorando por um emprego, seu espirito gozava de intimidade com Deus. E Deus sentia prazer em sua companhia.
Quando você recebe o emprego, nem volta pra agradecer a Deus, para de orar e sua vida espiritual volta a ficar caótica.
Melhor pra você seria ter ficado desempregado.
Tomar posse, na visão de Deus significa mergulhar na profundidade da relação com Ele.
TEMOS QUE NOS APROPRIAR DA REALIDADE DE UM RELACIONAMENTO
PROFUNDO COM DEUS.
Quem faz isso se torna alvo fácil da promessa: “BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E TODAS AS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS”.


3-    O REINO
21 E subirão salvadores ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do Senhor.

Os salvos julgarão os ímpios. Os salvos julgarão até os anjos.


1 Coríntios 6:2-3

2 Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo,acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância?

3 Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida!

Hoje o mundo pertence aos que tem dinheiro, poder militar, aos que controlam os meios de comunicação, a política.
Mas o dia do Senhor virá. O Reino será do Senhor.



CONCLUSÃO
É sobre isso que o Livro do Profeta Obadias trata:


a-        DEUS TEM CUIDADO COM O POVO DA SUA ALIANÇA

A vitória não pertence aos fortes e poderosos,
mas àqueles que temem ao Senhor.


b-        O REINO DE DEUS TRIUNFARÁ SOBRE TODOS OS REINOS DO MUNDO

Os governantes do mundo não entendem!
Mas quando um rei ou um presidente vai tomar decisões ele não entende que as pulsões mais intimas de sua alma faz com que suas decisões sejam adequadas à vontade do SUPREMO GOVERNANTE DO UNIVERSO.
Eles pensam que são eles que decidem, mas na verdade o curso da história
está nas mãos do nosso Deus Todo Poderoso.

Apocalipse 11:15 - "E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre".

O Livro de Obadias trata acerca de um atributo de Deus.
Tudo o que estudamos fala de uma única coisa.
Tudo desemboca no mesmo lugar.
DEUS É SOBERANO.
ELE GOVERNA ABSOLUTO.
ELE LEVANTA E DERRUBA REINOS.
ELE CONTROLA A HISTÓRIA.


ESSE É O CENTRO DA NOSSA FÉ.

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