terça-feira, 29 de outubro de 2019

O HERMON, O JORDÃO E A CRIAÇÃO DO UNIVERSO


No norte de Israel existe uma concentração de montanhas chamada de Colinas de Golan. Com 2.814 metros de altitude, uma dessas montanhas é chamada de Montanha Nevada. É o Monte Hermon que tem o seu pico quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão.

Nas encostas do monte Hermon nasce o mais importante rio de Israel. Quando o calor chega de forma abrupta nessa montanha, a neve derrete e corre para o sul através do sinuoso Rio Jordão. Essas águas chegam ao Mar de Tiberíades, mais popularmente conhecido como Mar da Galiléia. 

Com a chegada dessas águas no Mar da Galiléia, o lugar se enche de vida e tudo ao redor viceja. Saindo dali, essas águas continuam correndo sinuosamente em direção ao ponto mais baixo da Terra que está a 400 metros abaixo do nível do mar. Um imenso lago chamado de Mar Morto, onde nenhum tipo de vida evolui. 

As águas oriundas do Monte Hermon formam o Rio Jordão que por sua vez formam o imenso Mar da Galiléia.
É no Monte que tudo começa!

O TRONO DE DEUS E O CIRCULO NAS ÁGUAS

No mais alto céu ao norte, onde se assenta o Todo Poderoso, existe uma montanha chamada de O Monte da Congregação (Is 14.13). Do Trono de Deus e do Cordeiro nasce um rio. As águas nascem na presença do Senhor e alegram todo o lugar: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo” (Sl 46:4). Essas águas vivas desaguam num imenso mar de cristal. O que João e Daniel viram foi uma mistura de água e fogo (Dn7:9,10; Ap 22.1; Ap. 4.6). 

O que é físico serve de metáfora do que é espiritual. 

O Monte Hermon é o equivalente físico do Monte da Congregação e o Mar da Galiléia é a manifestação física do Lago de Cristal, o Mar das Águas Primordiais.
Em um determinado momento da intenção do Criador, no meio do Mar de Cristal foi aberto um círculo. Intencionalmente esse círculo buscava a extremidade das trevas. 

Salomão quando escreveu Eclesiastes estava no último ciclo de sua vida. Aquele era o momento em que o Rei se encontrava na plenitude da sua sabedoria. Em um de seus textos do Livro do Pregador, Salomão falava de uma sabedoria muito profunda, para além do universo material. 

Nesse texto ele falava sobre o início de todas as coisas: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Ec 11.1,2).

Deus lançou seu pão sobre as águas. O impacto do pão formou o círculo. Uma onda sobre as águas vivas, oriundas do Trono do Altíssimo. 

O pão lançado na superfície do lago, e o lago com suas águas calmamente paradas teve seu destino mudado para toda eternidade. 

A perturbação na água causada pelo impacto do pão causou um movimento de ondas em forma de circunferência, que se afastavam harmonicamente do ponto do impacto ao centro.





O pão de Deus tem nome: Ele é Jesus! O próprio Cristo que se intitula por esse nome eterno. “Eu sou o pão da vida” (Jo 6:48). 

O pão que movimenta as águas e dá origem a todas as coisas porque Ele é o criador de todas elas. “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1:2), “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1:1-3).

As Águas do Mar de Cristal são as Águas Primordiais. A partir da matéria prima das Águas Primordiais o Criador trouxe à existência todas as coisas.

E tudo foi feito conforme o texto de Eclesiastes: “Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Ec 11:2). 

Tudo foi criado e estabelecido em seis dias, com um dia para descanso. 

A soma de sete dias é o prefácio da história de todas as coisas. O oitavo dia é o Milagre.

Desde o início, tudo foi perfeitamente projetado, incluindo até mesmo a necessária saída de socorro para o sabido colapso. 

Deus incluiu na criação o que Salomão referencia como Oitavo Dia. 

O texto de Eclesiastes vem com uma provisão profética incluída no plano inicial da criação: “e ainda até com oito”, deixando implícito que havendo um mal sobre a terra, um oitavo dia da criação já estava providenciado.


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No próximo post: O OITAVO DIA DA CRIAÇÃO

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Do Livro GENESIS DESVENDADO
De Cesar de Aguiar

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Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.




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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

BIG BANG, EDGAR ALAN POE E OS SEGREDOS DO ETERNO


“O Big Bang clama por uma explicação divina. Obriga à conclusão de que a natureza teve um princípio definido. Apenas uma força sobrenatural, fora do tempo e do espaço, poderia te-la originado. O Deus da Bíblia é também o Deus do genoma. Pode ser adorado na catedral ou no laboratório. Sua criação majestosa, explêndida, complexa e vela não pode guerrear consigo mesma” (Francis Collins).

O livro Eureka é um trabalho literário espetacular. Escrito pelo ilustre estadunidense Edgar Allan Poe, esse livro foi publicado em 1848. 


Esse intrigante trabalho é um testemunho de que Allan Poe possuía talentos que transcendiam sua fama de grande cronista. 


Nesse livro que tem como subtítulo "Um poema em prosa" e, também, "Ensaio sobre o universo material e espiritual", Poe aborda a natureza do universo, envolvendo, em sua discussão, elementos que transitavam pela filosofia e pela ciência. 


Em Eureka, o escritor dizia o que pensava acerca da maneira como o universo foi criado e ligava o material ao espiritual, tratando os dois níveis de criação como se fosse uma coisa só composta por duas partes. Na concepção do autor, o universo foi criado por Deus sem que nenhuma matéria pré-existente houvesse. Para Poe, antes de todas as coisas surgirem à existência, o universo inteiro era uma partícula primordial explosiva. 


Poe buscava uma resposta e ele estava no caminho certo.


Eureka é um livro inspirador em todos os sentidos. Inspirador por causa do que Allan Poe escreveu e muito mais ainda porque o escritor ousou pensar sobre todas essas coisas. 


Isso também é o que faremos. Iremos buscar respostas tendo a Bíblia como lâmpada para os pés durante a caminhada (Sl 119:105). 


Sabemos que nem tudo é pra ser plenamente conhecido (Dt 29:29). 


Deus tem segredos infinitos para serem revelados. 


Alguns desses segredos nos são revelados agora, mas ainda existem um infinito de mistérios para que pela eternidade possamos “conhecer, e prosseguir em conhecer ao Senhor” (Os 6:3).  


“Nem tudo precisa ser revelado. Todo mundo deve cultivar um jardim secreto” (Lou Salomé). Quando escreveu essa frase a escritora russa se direcionava especificamente a seres humanos, todavia podemos com certeza afirmar que o Criador também tem seu ‘jardim secreto’, e, não nos revelou tudo de uma vez. Ele guardou muita revelação para recebermos durante a eternidade, onde vamos viver em níveis superiores de criação, perseguindo o conhecimento de Deus. “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus” (Rm 11:33).


De nossa parte temos o prazer que a coragem nos dá para buscar respostas (Os 6:3). 


Sabemos que nunca conseguiremos saber de tudo, mas o que isso importa? Será que a resposta é superior à pergunta? Onde está o prazer do estudioso? Na resposta ou na formulação de novas questões? 


Eu entendo que o prazer do conhecimento não está na linha de chegada, mas na vitória sobre cada obstáculo do caminho. 


Cada nova pergunta indica que evoluímos em relação à resposta anterior. Cada resposta traz consigo, em seu íntimo, a base para formulação de um novo questionamento, mais arrojado, com certeza. 


As únicas coisas que iremos conseguir de fato, com uma eternidade inteira de dedicação aos estudos, será aumentar a quantidade de perguntas e evoluir a qualidade delas.

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Do Livro GENESIS DESVENDADO
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Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.



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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A ÁRVORE DA VIDA ÀS AVESSAS


Esse mundo é provisório e imperfeito. 


A responsabilidade da igreja é tornar nítida a imagem do Criador. É polir o espelho. “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18). 



Deus não criou a imperfeição. Tudo que foi criado foi feito de forma bela. Nada é mais belo que Aquele que criou todas as coisas. 


Deus é o perfeito paradigma da beleza. 


Toda a beleza subsiste Nele, e é Ele quem empresta beleza a tudo que há.


Ele é o Belo e não havia nada criado que fosse tão belo quanto Ele. 


Para ver a beleza em sua forma mais plena, Deus sempre olhava pra Si mesmo. E para se enxergar, Deus construiu um espelho de nitidez perfeita. Feito por Suas próprias mãos Deus chamou esse espelho pelo nome de Adão.


Feito à Sua imagem e semelhança, o homem foi essencialmente construído para refletir a imagem de Deus. 


O único ser criado como capaz de refletir a imagem do Criador é o Ser Humano. Todavia o pecado comprometeu a fidelidade do espelho. O pecado sujou onde o Criador Se contemplava todas as tardes, enquanto visitava o homem no Jardim. 


O pecado privou a Deus de Se contemplar todo dia.  


A aparência perfeita do homem foi destruída: o espelho foi manchado. 


Com o advento do pecado Deus não podia mais ver aquilo que é mais belo que tudo que existe: a Sua própria imagem, refletida na coroa de Sua criação.


A igreja deve assumir o seu papel diante do plano de redenção. O mundo e o universo serão modificados quando a igreja desempenhar o seu papel. 


Dentro do tempo a igreja mostrará da eternidade.


Quando a Igreja Invisível voltar a refletir a imagem do Criador, ela manifestará a glória da perfeição do mundo eterno de Deus em um mundo imperfeito.


A exposição pública de Cristo Crucificado é absolutamente suficiente para atrair o mundo à salvação. Nada além da Cruz.


A igreja não pode se cansar de expor a verdade acerca da Cruz de Cristo. 


Somente o Evangelho, e nada mais, é capaz de reinserir o homem ao cumprimento de sua missão primordial.


No Jardim do Éden existiam duas árvores. E as duas se perderam do mundo físico: A Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Ambas não se encontram mais visíveis no planeta Terra. Desapareceram logo após o homem e sua mulher serem expulsos do Jardim. 


No dia em que foram expulsos, nada mais seria como havia sido até então. 


O mundo imperfeito mostrou sua cara feia ao homem e desde então todos nós vivemos nesse mundo, até agora. 


Esse é o mundo das imperfeições, lugar onde tudo é ao contrário. Um lugar borrado pela sujeira do pecado do homem.


Dentro do Jardim a Árvore da Vida era de uma beleza indescritível. Todavia seu reflexo produz uma imagem invertida no nosso mundo.


No mundo imperfeito a Árvore da Vida tem outra aparência: ela é um madeiro seco, sem vida e instrumento de morte. 


No mundo imperfeito a Árvore da Vida não está no meio de um jardim, mas no meio de duas outras árvores secas. 


O lugar não pulsa vida como no Éden. O cheiro de sangue invade o ambiente no topo árido da montanha do Gólgota. 


Na palestina do século primeiro Jesus morreu nesse madeiro. Expirou pendurado nessa árvore da vida, às avessas. 


Foi ele quem disse que cada um de seus seguidores deveria tomar sua cruz e segui-lo! Quem se deixa crucificar e morre nesse madeiro, viverá para sempre.


A cruz é: do lado de cá, o que a Árvore da Vida era, do lado de lá.


Por causa da nossa desobediência no Jardim, a mais pura beleza foi comprometida no mais íntimo de sua essência. 


No Jardim do Éden, tudo que era Belo tinha o poder de produzir vida. No nosso mundo, a beleza geralmente produz morte. Veja que pessoas encantadas pela suposta beleza desse mundo geralmente se alienam da necessidade de se ter Jesus. 


Do lado de cá, no nosso mundo, a feiura da cruz, o escândalo da cruz, é o único caminho de volta para nosso verdadeiro lar. 


Dentro do Jardim o homem podia livremente consumir o fruto da Árvore da Vida. Fora do Jardim, o fruto que me concede a vida eterna está na viagem da morte para a vida, que fazemos por meio daquele que disse: “minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6.55).

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Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com

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Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.





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