quinta-feira, 31 de março de 2022

AS CORDAS DIMENSIONAIS E A VISÃO DE EZEQUIEL

 “E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam” (Ez 1.12).

As cordas dimensionais foram tangidas pelo Espírito Santo e suas vibrações sobre a face das águas conduziu o processo da criação.

Os Seres Viventes, conforme contemplados pelo profeta, seguiam sempre em frente, assim como o tempo e a expansão.

Os Seres não refaziam nada, não se viravam, não se arrependiam, não voltavam atrás. Seus movimentos eram como os ponteiros do relógio, sempre na mesma direção, na trajetória de evoluir pelo eterno recomeço da fluidez eterna.

O fim foi fixado desde o começo e o começo foi fixado no fim, ligados ponto a ponto um ao outro, como o perímetro de um círculo em expansão, como o uroborus - a serpente que engole a própria cauda.

Presos um ao outro como a chama é presa à brasa, como o feto no ventre é preso à mãe pela corda que liga o fim e o começo; e o começo ao fim.

Assim o Senhor fez! Ele é o Uno. Fora Dele não há um segundo. Antes do Um, o que contar?

O que acontecia no céu, ocultado pelo véu da realidade manifestada era replicado no mundo da matéria densa; “assim na terra como no céu”. Tudo o que se formou e que existe possui um valor relativo perfeito no mundo das ideias, postulado que nada é absoluto, senão o Eterno, o Uno.

Conforme a capacidade de entendimento do aluno, os mistérios tomam as mais variadas formas da mesma verdade eterna.

Perceba que uma pintura de Monet é interpretada pelos olhos do ignorante como um desperdício de tinta em um amontoado de borrões coloridos. Todavia aos olhos evoluídos, a percepção da mesma pintura, remete o observador a lugares, sentimentos e abstrações da profundidade da alma.

No espaço infinito que abrange todas as realidades possíveis das emanações do Criador, as milhares de possibilidades são verdades relativas reveladas segundo o nível de compreensão de cada iniciado.

Enquanto Ezequiel vê Seres Viventes, o estudioso do século XXI pode perceber as nuances das Forças Cósmicas. São visões diferentes de equivalências eternas, apresentadas em línguas dirigidas a audições diferentes. “Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça” (Mc 7.16) “em sua própria língua” (At 2.8).

“Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas” (Ez 1.20).

Ezequiel continuou a descrição da sua visão, falando de rodas e aros; uma figura de forma circular. Quem está atento ao livro imediatamente será remetido ao conceito da onda provocada pelo Pão que foi lançado sobre a face do Lago das Águas Primordiais.

O Espírito de Deus vibrando sobre as águas do lago aos pés do Trono do Altíssimo conduzia as decisões que orientavam os passos dos quatro Seres Viventes que representam as quatro forças.

“E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças” (Ez 1.22).

Trata-se do lado superior do Lago, o verdadeiro firmamento! A face das águas aos pés do trono do Altíssimo. Esse é o lado superior do Lago das Águas Primordiais. A expressão ‘cristal terrível’ fala do intenso brilho da superfície das águas, onde a absoluta glória de Deus é refletida.

Esses super-anjos são os quatro querubins designados por Deus para guardarem e sustentarem o nosso universo. São eles que em primeira instância guardam os quatro cantos do Universo, mas também sustentam os quatro cantos da terra com suas quatro estações do ano.

Eles são a forma espiritual daquilo que a ciência chama de quatro forças fundamentais que sustentam todo o funcionamento do universo.

“E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas” (Ez 1.24).

Os Querubins responsáveis pelo funcionamento do Universo são a personalidade espiritual das Forças que comandam a máquina do cosmo. Sua área de atuação é no mundo submerso, abaixo da superfície do Lago das Águas Primordiais. Todavia, não limitados ao tempo e ao espaço, eles também fazem o contato entre o mundo da superfície do lago e o nosso universo.

Imaginem a cara de estupefação de Ezequiel! Anjos rompendo a superfície das águas do Lago de Deus, e por um momento, os sons da terra e do céu se misturando. Vozes como de muitas águas, a voz do Onipotente e o burburinho de um exército pronto para a batalha. Na mistura dos sons da eternidade com os sons do universo criado forma-se uma nova categoria de vibração que se dissipa na medida que, rompendo as águas cada vez mais profundas, através de suas ondas vão formando seres de matéria proporcionalmente mais densa que a dos seres da superfície.

Jacó viu anjos que subiam e desciam por uma escada. Anjos que faziam uma trilha entre o céu e a terra. Anjos que trafegavam nas duas dimensões: no tempo e na eternidade. Seres que, por frequentarem os dois mundos têm a habilidade de atuarem como mensageiros e controladores do princípio espiritual que espelha a realidade manifestada.

Os últimos versículos do texto do capítulo 1 de Ezequiel são os mais impressionantes.

“E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas. E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele” (Ez 1:25,26).

Ezequiel continua descrevendo sua visão apresentando o trono que está acima da superfície do Mar de Cristal. De pedra de safira era a aparência do trono e sobre ele se assentava alguém que possuía o aspecto de um homem que observava tudo: O Cristo homem. O Verbo que existia desde antes da criação de todas as coisas.

Na visão do trono o profeta percebe um arco-íris no Monte da Congregação, com as mesmas sete cores que são peculiares aos arco-íris visíveis em dias de chuva no nosso planeta. “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava” (Ez 1:28).

Na habitação de Deus, Ezequiel viu uma ligação com a habitação dos homens. Isso é um sinal do cuidado do Criador para com suas criaturas. O mesmo fenômeno que abrilhanta os céus em dias de chuva em nosso planeta é visto junto ao Trono, de onde o Livro do Tempo é contemplado.

No céu do planeta assolado pelo dilúvio, ao fazer aliança com Noé, Deus estabeleceu o significado do seu arco.

No céu da terra, o arco aponta uma flecha para o infinito, para a habitação de Deus.

O Arqueiro tencionou o arco de sete cores formando um desenho geometricamente perfeito. Ele disparou a flecha assumindo a possibilidade de errar o alvo (note que o significado literal da palavra pecado é ‘errar o alvo’). Até mesmo porque, ninguém além Dele tinha a cura para a doença do pecado. Assumiu a responsabilidade porque já estava definido que somente o sacrifício do próprio Deus teria eficácia para satisfazer Sua perfeita justiça. 

Quem está afundado nas trevas da turbidez deve tomar carona na flecha que aponta para a superfície. Na viagem rumo à consciência do Uno, haverá obrigatoriamente uma ascensão na escala da evolução. O que era realidade em tempos já vividos passa a ser compreendido como sombras.

A evolução espiritual traz consigo a percepção de que aquilo que antes era tomado por realidade, na verdade eram sombras.

A viagem sobre os lombos da flecha nos conduz a um continuado despertar, um ininterrupto estado de iluminação.

Cada movimento rumo à superfície, cada estádio percorrido, traz consigo a impressão de que fomos finalmente iluminados, e com essa impressão vem a tentação de nos envaidecermos na autovalorização.

Cuide-se de que o Eterno seja a sua única fonte de motivação. Tome cuidado com o desejo de crescimento. Se o Eterno for sua única fonte de força e dedicação, tu crescerás na beleza do amor e desejo pelo Criador. Todavia, se fizer do desejo pelo crescimento a sua motivação, tu te tornarás frio, calculista, morto pela letra e escravizado pela imensa vontade de projeção pessoal.

A flecha é uma nave e viajamos na sua carona. A maturidade alcançada pela soma dos estágios vencidos na viagem sobre flecha, nos leva a concluir com o filósofo que diz: “só sei que nada sei”, e que a plenitude da luz só será percebida quando rompermos o limite das águas, onde a consciência absoluta será alcançada após a final devastação da matéria densa.

Quem se assenta no Trono? Quem é semelhante a um homem?

O lago pertence a Ele! O universo pertence a Ele!

“Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas” (Rm 11.36).

Ele é Jesus. O Deus Vivo.

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Cesar de Aguiar

do livro Gênesis Desvendado

quinta-feira, 24 de março de 2022

AS QUATRO FORÇAS E A VISÃO DE EZEQUIEL

Durante o cativeiro babilônico, o Sacerdote Ezequiel assistiu de camarote os primeiros segundos do Big Bang e sua visão profética foi logo registrada no primeiro capítulo do livro que leva seu nome.

Ezequiel descreveu sua visão usando elementos que eram peculiares ao seu tempo e a sua profecia começa apontando a procedência geográfica daquele fenômeno. O que Ezequiel vê procede do norte: “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte” (Ez 1:4). Em toda a Bíblia, o Norte sempre é apontado como ponto cartesiano da morada do Altíssimo (Jó 37.22; Is 14.13).

“Olhei... uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo” (Ez 1:4).

Diante de uma explosão tão poderosa, nada é mais adequado do que ver aquilo que foi visto! O que na descrição do profeta é entendido como vento tempestuoso, a ciência descreve como o deslocamento de uma grande expansão. O que o profeta descreve como uma grande nuvem, a ciência entende como a primordial formação das nuvens do mais abundante dos elementos químicos do universo: o Hidrogênio.

Constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo, o mais denso dos elementos, é altamente inflamável e ao mesmo tempo é a matéria prima mais abundante do composto H2O, que mais tarde se formaria a partir do titânico encontro com o Oxigênio.

“... e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo” (Ez 1:4).

Os cientistas afirmam que o Universo veio à existência a partir da explosão de um superátomo primordial. Todavia existe algo que a ciência não consegue explicar: como as quatro forças que regem o universo, estavam presentes naquela singularidade?

No momento da explosão, onde estavam a Gravidade, a Força Nuclear Fraca, o Eletromagnetismo e a Força Nuclear Forte? Em que lugar (?) e como (?) as Forças Elementares se enroscavam sobre si mesmas?

Foi por causa da ausência dessa explicação que, em 1.999, a Teoria do Big Bang foi amplamente desacreditada na comunidade científica.

Uma pena que a ciência ainda não tenha se rendido à sabedoria da Palavra de Deus! O que a ciência não consegue responder, a Bíblia responde. E nos parece que Deus desejou muito que a humanidade soubesse disso, afinal, essa revelação foi dada por três vezes a Ezequiel (Ez 1.4; 1.27; 8.1,2).

“E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele” (Ez 1:27).

Conforme a visão, o fogo de cor âmbar percorria o corpo de um Ser Extraordinário. Algumas versões das Escrituras traduzem a palavra ‘âmbar’, pela expressão ‘metal brilhante’ ou ‘metal reluzente’. Diante de tal descrição é impossível não mencionar a aparência de Jesus conforme João escreveu no Apocalipse: “E os seus pés, semelhantes ao metal reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha” (Ap 1:15).

O âmbar é uma resina fóssil que, embora não seja um mineral, é por vezes considerado como uma gema. Essa resina oriunda de árvores e plantas leguminosas possui incríveis propriedades elétricas. A palavra que na língua grega corresponde ‘âmbar’ é a palavra ‘elektron’.

Até a época de Ezequiel, o único material onde os homens podiam observar empiricamente os fenômenos elétricos, era no âmbar. Por isso a palavra âmbar era associada diretamente à eletricidade. É dessa palavra que surgiram tantos outros termos ligados a ela: ‘eletricidade’, ‘elétrica’, entre outras.

A afirmação de que o resplendor do fogo que envolvia o corpo do Ser Extraordinário era cor de âmbar é extremamente significativa, pois na época de Ezequiel, o âmbar era o único material onde a eletricidade podia ser observada. 

O que Ezequiel viu foi um glorioso campo magnético formado por correntes elétricas – uma explosão de energia.

A ciência, com sua forma cambaleante de explicar os primeiros milionésimos de segundo da origem do universo afirma que no Big Bang tudo explodiu, exceto “uma coisa” (Ez 1.4) inexplicável: uma força tão poderosa que se manteve firme, até mesmo porque essa força infinitamente poderosa era a causa física da explosão.

No documentário científico “O Primeiro Segundo do Big Bang” de Lawrence Krauss e Michio Kaku, essa força é simbolizada por uma pedra preciosa, curiosamente de cor âmbar. Duvido muito que os cientistas tenham lido Ezequiel capítulo 1!

É por isso que podemos perceber que os modelos científicos usados para explicar o milagre da criação concordam com a descrição de Ezequiel. No discurso da ciência, essa pedra âmbar se quebra em quatro pedaços iguais, noutras palavras, essa força se divide em quatro forças iguais.

“... e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo...” (Ez 1.27). Perceba que o campo magnético gerado pelo fogo que Ezequiel viu, percorria ‘dos lombos para cima e dos lombos para baixo’. Sob a luz da Física identificamos as duas polaridades (para cima e para baixo): negativa e positiva de uma pilha elétrica. Tudo é formado por átomos e os átomos são energia pura.

No Apocalipse Jesus refere a Si mesmo como sendo o “Alfa” (Ap 1.11), o primeiro e a origem de tudo que vem após Ele. É muito comum interpretarmos esse texto fazendo menção ao alfabeto grego cuja primeira letra é ‘Alfa’. Entretanto podemos ampliar esse conceito que Jesus designou sobre Si mesmo.

‘Alfa’ é um conceito que excede a interpretação da primeira letra do alfabeto grego.

Um núcleo de um átomo de Hélio, no vocabulário científico é chamado de partícula Alfa.  O gás Hélio é o segundo elemento químico mais abundante no universo, perdendo apenas para o hidrogênio e é encontrado principalmente nas estrelas, onde corresponde por 20 % de sua matéria.

No interior do nosso Sol, cada átomo de hidrogênio possui um próton e um elétron em órbita. No núcleo do Astro Rei, a gravidade e o calor são tão intensos que os átomos se fundem, gerando imensa quantidade de energia. Imediatamente após essa fusão, dois prótons viram nêutrons e dois elétrons somem. Nas estrelas, o Hélio nasce a partir desse fenômeno físico-químico.

Ao nascer, a aproximadamente 4,6 bilhões de anos, o Sol tinha um estoque de hidrogênio pronto para queimar durante 10 bilhões de anos. Quase a metade do gás já se acabou, transformando-se em Hélio. Daqui a 5,4 bilhões de anos, quando o Hidrogênio se acabar, o Sol vai queimar o hélio que foi gerado. Nosso sistema planetário terá luz por mais 1 bilhão de anos e o clima se transformará em um inferno, pois a queima do hélio gera mais calor que a queima do hidrogênio.

Nessa era o sol se esquentará a ponto de destruir toda a vida que porventura existisse em nosso planeta.

Com isso em mente podemos compreender que era a isso que Jesus se referia quando se apresentou como o Alfa. Muito mais que uma referência ao alfabeto grego, Ele apontava para a Resplandecente Estrela da Manhã (Ap 22.16), e a Luz do Mundo (Jo 8.12). Era uma referência a uma força atômica que está na base de toda a vida. O Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o hidrogênio e o hélio.

“E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem” (v.5).

Ezequiel faz uma descrição para muito além da imaginação. Trata-se da aparência de uma espécie de super-anjo que possuía quatro rostos e quatro asas, com dois pés direitos com aparência de pés de bezerro. Seus pés eram na cor e no brilho do cobre polido e as suas mãos se ocultavam por debaixo das asas.

Imediatamente a atenção de Ezequiel é despertada para o modo de andar Daquele Ser Extraordinário. O Ser Fantástico caminhava sempre em frente. Não se virava e decididamente mantinha seu passo sempre na mesma direção.

A plural repetição do número Quatro é claramente digna de observação. Tratava-se de quatro Seres Viventes, cada um deles possuía quatro rostos e quatro asas. A soma total sempre é Quatro: quatro rostos de leão, quatro rostos de boi, quatro rostos de águia e quatro rostos de homem.

Nesse ponto é necessário refletirmos um pouco sobre a matéria da Gematria Hebraica que envolve o uso do número Quatro nas Escrituras. Permeando a numerologia simbólica de toda Escritura, o número 4 possui referências diversas.

Na superfície do texto sabemos que Judá é o quarto filho de Jacó e é justamente da Tribo de Judá que surge o Leão da Tribo de Judá. Outra citação é o aparecimento do Quarto Homem como a Teofania presente na fornalha de fogo, onde foram lançados os amigos de Daniel.

O Antigo Testamento está cheio de referências ao número 4, e todas elas apontam para Jesus.

“E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços” (Gn 2.10). Perceba que existe algo atípico nessa descrição, pois geralmente rios menores se unem para formar um rio maior, mas o texto de Gênesis aponta o contrário! Ou as águas dos rios corriam no sentido inverso, contrariando a lei da gravidade (...), ou realmente nos deparamos com um rio maior se dividindo e se tornando em quatro rios menores.

Nos instantes mais primitivos do Universo existia uma única Força.

Essa é a força que causou origem de tudo, sendo a única coisa não afetada pelo poder da Grande Explosão.

Segundo a ciência, nos primeiros instantes essa força se dividiu em 4 Forças. Simbolicamente um rio maior, se dividindo em quatro rios menores.

Os quatro rios do Éden citados em Genesis capítulo 2 eram: Tigre, Eufrates, Gion e Pison. Dois desses quatro rios, o Gion e o Pison desapareceram de nossa geografia cartografada. Os rios Tigre e Eufrates nascem nas montanhas ao leste da Turquia e, depois de atravessarem esse país e também o norte da Síria, correm pelo interior do Iraque, onde formam uma grandiosa planície fluvial até confluírem e desembocarem no golfo Pérsico.

Faça uma análise: um grande rio se divide em quatro rios menores. Dois rios desparecem do mapa, enquanto os outros dois são caudalosos até os dias atuais. Agora volte sua reflexão para as Forças Controladoras do Universo: curiosamente, ainda de forma muito amadora, o homem consegue controlar duas dessas forças: a Gravidade e o Eletromagnetismo (o Tigre e o Eufrates).

O pequeno controle que o homem estabelece sobre a força da gravidade permite o banho de chuveiro com água encanada e viagens espaciais a bordo do módulo lunar. Já o mínimo controle da ciência sobre o eletromagnetismo permite a navegação pela internet e as conversas em tempo real, via telefone celular.

A Força Nuclear Fraca e a Força Nuclear Forte (o Gion e o Pison) são tão misteriosas para a ciência quanto os dois rios que desapareceram dos mapas da região do Éden.

E a saga do 4 continua!

São quatro Evangelhos, que apresentam cada um, através de seu estilo literário, uma nuance do caráter de Jesus. De forma muito específica no Evangelho de Mateus Jesus é apresentado como Leão, devido sua Realeza. No Evangelho de Marcos Jesus é apresentado como Boi, devido seu Serviço. No Evangelho de Lucas Jesus é apresentado como Homem, devido sua Humanidade e no Evangelho de João, Jesus é apresentado como Águia, devido a sua Divindade. Os Evangelhos apontam para o Ser Extraordinário de quatro faces.

Estudando o quarto dia da criação, percebemos que é nesse dia que as 12 constelações do zodíaco passam a serem visíveis no céu. É o número da terra (simbolizado pelo número 4) apontando para o número do governo de Deus (simbolizado pelo número 12).

O número da terra é o 4, simbolizado pelos quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), o que literariamente na Bíblia é chamado de quatro cantos da terra.

O número 12 representa, entre outras coisas a excelência do governo divino: 12 meses do ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Cristo.

O número 3 refere-se ao céu, pois existem 3 véus de realidade, que podem ser entendidos como 3 céus. “Conheço um homem... foi arrebatado ao terceiro céu” (2Co 12:2). A união entre o céu e a terra é o cumprimento final do plano de Deus. A perfeita harmonia ocorrerá quando os céus e a terra se fundirem em 3 (céu) + 4 (terra) = 7 (estado perfeito).

Quando o número 4 (terra) multiplica o número 3 (Reino de Deus) o resultado é o número 12, que é o número da Perfeição Governamental Eterna.

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Cesar de Aguiar 

do livro Gênesis Desvendado

quinta-feira, 17 de março de 2022

OS PRIMEIROS SEGUNDOS DO UNIVERSO SEGUNDO AS ESCRITURAS

“Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; Ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro” (Is 45.18). Esse versículo parece contradizer Gênesis 1, versículo 2 que diz que a terra era informe e vazia. Todavia não há contradição quando compreendemos o primeiro dia da criação. Especificamente os primeiros segundos da criação!

A nucleossíntese elementar foi iniciada no Universo já em seu primeiro segundo de vida. Toda a criação começou a partir das primeiras moléculas de hélio e hidrogênio.

A expressão bíblica: “Separação entre águas e águas” (Gn 1:6) fala desse fenômeno físico-químico, visto que o hidrogênio se organizou em nuvens no firmamento cósmico relampejando a energia da grande explosão. O hidrogênio majestosamente organizado aguardava pelo encontro com outros átomos e outras moléculas.

No futuro do infante Universo, a água se formaria a partir desse encontro: o choque entre nuvens de hidrogênio e oxigênio (H2O).

Nos momentos mais primitivos do cosmo, a terra era sem forma e vazia: um caos com um aspecto de sopa de elementos químicos. Naquele momento a tarefa do Espírito de Deus era organizar a bagunça cósmica.

Antes que o primeiro segundo virasse os ponteiros do relógio do tempo como é percebido em nosso planeta, matéria e energia era uma coisa só. E todas as Quatro Forças do Universo estavam embrulhadas em um único lugar.

Antes de se completar o primeiro segundo de existência, o universo já havia se expandido em um espaço de aproximadamente um bilhão de quilômetros e a Energia Inicial da explosão fragmentou o ‘embrulho’ das Quatro Forças Elementares em: Eletromagnetismo, Força Nuclear Fraca, Força Nuclear Forte e Gravidade.

As forças que sustentam todo o universo material ao se ‘desenrolarem’ daquele mistério criativo passaram atuar direta e ativamente sobre o funcionamento de tudo o que existe em cada ponto distante do universo.

Antes da Grande Explosão, todo o Universo cabia na ponta de um alfinete sendo uma singularidade infinitamente pequena. Naquele ponto singular, as Quatro Forças estavam enroladas sobre si mesmas confinadas em um único lugar.

Naquele momento, as leis da Relatividade ainda não poderiam ser aplicáveis, afinal, a Luz, única constante do universo, ainda não havia se estabilizado e o cosmo se expandiu mais rápido que ela mesma. Imediatamente após o Big Bang, a primeira força a se desdobrar das demais foi a Força da Gravidade.

A Força da Gravidade é a mais fraca das Forças Cósmicas, mesmo sendo a interação de mais longo alcance entre as quatro. Ela tem influência sobre toda a matéria e sobre toda energia em todos os pontos do Universo dependendo exclusivamente da massa dos objetos para estabelecer sua interação. Por causa de seu longo alcance, a Gravidade é responsável pelos fenômenos de abrangência cósmica como Buracos Negros, a expansão do Universo e a organização de galáxias inteiras. Ela também é responsável pelos fenômenos do dia a dia, como a aceleração que uma maçã atinge ao se desprender do galho até tocar o solo. A Gravidade está presente no nosso dia a dia planetário e cósmico.

A Força Eletromagnética atua na interação dos prótons e elétrons com alcance ilimitado em todo o cosmo. Não fosse o eletromagnetismo atuando sobre a Gravidade, toda a massa do universo, inclusive nosso corpo físico seria uma única massa aglomerada em torno de toda a massa do universo. Por ser mais forte que a Gravidade, o Eletromagnetismo garante a coesão independente dos corpos.

Lembre-se de que tudo no universo é composto por átomos e por isso a maior parte da matéria é composta de espaços vazios (recorde-se do modelo atômico e perceba a distância entre prótons, elétrons e nêutrons). É o Eletromagnetismo que impede você de atravessar paredes ou de permanecer incólume após uma bala de fuzil atravessar seu corpo.

Mais poderosa que a Gravidade e o Eletromagnetismo, A Força Nuclear Fraca atua em alguns fenômenos na escala do núcleo do átomo, tais como o decaimento beta. No interior do núcleo atômico acontecem fenômenos ligados à estabilidade nuclear, como a radioatividade e o decaimento de partículas nucleares; a Força Fraca é a responsável pelo equilíbrio desse tipo de interação.

A Força Nuclear Forte é bem mais poderosa que a Gravidade, que o Eletromagnetismo e a Força Nuclear Fraca. É ela quem suporta a coesão nuclear. É ela que mantém os átomos unidos. É ela quem sustenta o paradoxo da matéria.

Perceba que o eletromagnetismo é repulsivo quando partículas possuidoras da mesma polaridade estão próximas umas das outras. O núcleo atômico é basicamente constituído de nêutrons (que não possuem carga elétrica) e prótons (que possuem carga elétrica positiva). Se o núcleo atômico possui prótons ocupando um espaço apertado, fazendo com que repousem muito próximos uns dos outros, o que deveria acontecer? Use a lógica do eletromagnetismo e entenda que por terem cargas elétricas idênticas os prótons deveriam se repelir. Polos idênticos se repelem enquanto polos opostos se atraem.

Obedecendo a lei do eletromagnetismo, o núcleo atômico deveria perder sua estabilidade e coesão pela ação do afastamento dos prótons do núcleo.

Sem a existência de uma força maior que o eletromagnetismo, a existência da matéria seria algo impossível.

A explicação para que os prótons se mantenham coesos e a matéria exista de forma organizada, é a atuação de uma força mais intensa, atuando no sentido oposto à força do eletromagnetismo.

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Cesar de Aguiar

do livro Gênesis Desvendado