quinta-feira, 6 de outubro de 2022

B’RESHIT


B’RESHIT é a primeira palavra das Escrituras Hebraicas e também o nome do seu primeiro compêndio. O que na Torá tem esse nome, na nossa Bíblia é conhecido como Gênesis. Seu significado mais difundido: “No Princípio”, é a expressão que originalmente nomeia o primeiro livro do Pentateuco.

A teologia da criação começa com essa palavra. Uma análise semântica do termo B’RESHIT, tem por si só, o poder de elucidar o motivo de ser da criação do Universo. A partir do estudo de apenas esse vocábulo, somos convidados a pensar o contexto bíblico de forma semelhante a Santo Agostinho, que dizia: “No Antigo Testamento o Novo repousa oculto; no Novo Testamento, o significado do Antigo torna-se claro”.

Uma análise da palavra B’RESHIT, apenas na esfera do Antigo Testamento é um desperdício de sabedoria! Sem uma análise bíblica contextual, envolvendo também os escritos do Novo Testamento, torna impossível trazer ao palco a decodificação da complexidade teológica do termo. O que aqui afirmamos é que B’RESHIT tem muito mais a dizer do que somente aquilo que estamos comumente habituados a ouvir. Todavia, para exaurirmos o máximo da primeira palavra do Gênesis devemos tomar como texto base as exegeses do Novo Testamento, onde a Bíblia explica a Bíblia, esclarecendo definitivamente os mistérios do termo Hebraico.

Ao desvendar o motivo do uso de parábolas em suas preleções, Jesus disse a seus discípulos que falava daquela maneira “Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; Publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo” (Mt 13:35). Note que em cumprimento ao ministério de Mestre, Jesus afirmou que veio publicar “coisas ocultas desde a criação”. Essa revelação é um facho de luz apontando para o texto de B’RESHIT.  Quando afirma que veio revelar “coisas ocultas” ou mistérios profundos que ainda estavam em segredo, aguardando por sua vinda, Jesus concorda que a revelação de Deus é progressiva, e que a compreensão humana também o é.

Realmente, o texto do Antigo Testamento se reconhece como uma revelação incompleta e provisória, deixando implícito principalmente do texto profético, a necessidade da vinda do Messias para que as Escrituras antigas fossem finalmente decifradas. “O espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que Ele seja glorificado” (Is 61:1-3). O próprio Jesus anuncia o cumprimento dessa profecia em Si mesmo: “Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir" (Lc 4:20,21).

Conforme dito pelo Apóstolo Paulo, na “plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4), para trazer ao mundo a plena revelação do seu propósito que é o de concretizar o cumprimento da promessa feita aos patriarcas. O escritor de Hebreus alude ao fato de “haver Deus provido coisa superior” (Hb 11.40) através de uma Nova Aliança, objetivando o aperfeiçoamento dos primitivos rudimentos da Aliança Antiga.

B’RESHIT (בְּרֵאשִׁית) é formada pela preposição prefixa B’ (ת) seguida pelo substantivo RESHIT. As terminações IT e UT formam conceitos substantivos abstratos a partir de conceitos substantivos concretos. RESHIT é um substantivo abstrato do substantivo concreto que é ROSH. Dessa forma, ROSH é um morfema, ou seja, a menor unidade linguística possuidora de significado, e que, pelo acréscimo da terminação IT, forma a palavra RESHIT.

Outro fato importante é perceber a falta do artigo na construção da palavra hebraica. Na língua portuguesa, ‘artigo’ é uma palavra que se antepõe ao substantivo e serve para determiná-lo, de forma definida ou indefinida, sendo que os ‘artigos definidos’ sempre são as palavras independentes: o, a, os, as, que determinam o substantivo com precisão. Já os artigos indefinidos são: ‘um, uma, uns, umas’, que determinam imprecisamente o substantivo.

Diferente do português, no hebraico o artigo nunca aparece como palavra autônoma independente.  Ele sempre está afixado dentro da palavra substantiva. Perceba que se o artigo estivesse incluído na palavra B’RESHIT, a construção da palavra seria BARESHIT. A ausência do artigo presente na palavra B’RESHIT aponta um norte para o entendimento desse termo, tornando-o muito especial para a Cristologia. Não limitado a isso, B’RESHIT se torna ainda mais especial quando percebemos que seu uso no texto faz parte de uma formação de frase única nas Escrituras: B’RESHIT BARA’ ELOHIM, que literalmente deve ser traduzido por: “Em princípio criou Deus”. A tradução dessa oração nos é comumente apresentada como: “No princípio criou Deus”, mas não é assim que sugere esse grupo de palavras, afinal a palavra do texto original é B’RESHIT e não BARESHIT. O correto é o uso do ‘EM’ em detrimento do ‘NO’.

BARA é um verbo hebraico de significado singular! Ele é empregado exclusivamente para designar os atos de Deus na criação, e nunca para outra finalidade que não seja os atos criativos do Eterno. Finalmente a palavra ELOHIM significa ‘Deus’, todavia no plural, sendo uma menção clara à unidade da Santíssima Trindade.

Em uma de suas possíveis traduções, a frase B’RESHIT BARA’ ELOHIM significa literalmente: “Em princípio a Santíssima Trindade criou...”. Todavia, como veremos adiante, essa fração de Gênesis esconde ainda muito mais conteúdo abaixo da superfície das palavras.

Comecemos pelos significados da palavra ROSH, que é o étimo de RESHIT.

a-     Cabeça de homem ou de animal, chefe, líder; metrópole, cidade líder, topo de montanha;

b-     Primeiro, principal de alguma coisa, plenitude. 

Se substituirmos cada um dos significados das palavras na tradução do texto, chegaremos a resultados fascinantes. Vejamos:

a-     “Em Cabeça de Homem criou Deus” – uma referência clara ao mentor da criação do Universo e uma alusão direta a Cristo que é, enquanto Filho do Homem, aquele que detém o título de Cabeça da Igreja (Ef 5.23).

b-     “Em Primeiro criou Deus” – uma referência a Jesus que é o primogênito de toda a criação (Cl 1.15).

Os demais sinônimos da palavra serviriam igualmente para descrever a personalidade, a missão e a pessoa do Messias profetizado e o Cristo, encarnado Filho de Deus, na pessoa histórica de Jesus de Nazaré. Ele é o ‘Chefe’, o ‘Líder’ e assim é chamado pelo título de “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16). Ele é a ‘Metrópole e Cidade Viva’, onde cada um de seus discípulos se torna uma pedra viva na construção: “Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1Pd 2:4,5).

Ele é o ‘Topo da Montanha’, o lugar místico onde o fiel se encontra com o Deus Vivo. Perceba que em toda a Bíblia os homens que tiveram um profundo encontro com Deus fizeram isso no topo de uma montanha. Após a travessia do Mar Vermelho, Moisés se encontra com Deus no Topo do Sinai. Antes disso, o quase sacrifício de Isaque também ocorreu no topo de uma montanha, em Moriá. Elias desafiou os profetas de Baal no Monte Carmelo enquanto Jesus foi tentado no Monte Quarantânia e se transfigurou diante de Pedro, Tiago e João no Monte Tabor. Sempre existe uma montanha como palco dos eventos mais definitivos da vida dos grandes homens de Deus. Simbolicamente a Montanha é uma figura do próprio Filho de Deus, pois é Nele que temos a possibilidade de nos encontrarmos profundamente com o Criador do Universo. Não é mais em um monte físico! Na dispensação da graça, o encontro acontece mediado pelo Filho de Deus (1Tm 2.5), a nossa Montanha, nosso ponto de encontro com o Eterno.

Agora vejamos a palavra RESHIT:

a-     Primeiro;

b-     Autor em condição, posição, dignidade ou autoridade;

c-      Primeiros frutos, primogênito;

d-     Princípio.

Pelo fato de ROSH ser a palavra original, alguns significados se repetem. Usando o mesmo método anterior podemos encontrar essas possíveis traduções:

a-     “Em Autor criou Deus” – uma menção ao Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2).

b-     “Em Princípio criou Deus” – onde a palavra princípio excede o significado temporal, passando a ser uma força, um princípio ativo de onde todo o poder emana.

Os rabinos judeus não são unânimes quanto ao significado de B’RESHIT, e isso é realmente o esperado, afinal eles não possuem a ferramenta no Novo Testamento, nem aceitam a Cristo como o Messias que haveria de vir. Devido a isso, a exegese rabínica não possui elementos para concluir a interpretação do termo.

Herbert Edward Ryle, importante estudioso do Antigo Testamento nos oferece um caminho interessante! Segundo ele, a ausência do artigo na palavra B’REESHIT, dá uma significação indefinida ao contexto de Gênesis 1:1: “No princípio” sugere uma ideia temporal, referindo-se ao ‘início do tempo’. Todavia se trocarmos o “No princípio” e usarmos a literalidade da tradução: “Em princípio”, a ideia de temporalidade desaparece, deixando a oração em aberto, podendo ser uma referência tanto quanto ao tempo, ou quanto a qualquer outra coisa.

O Apóstolo João toma essa discussão em seus escritos do Novo Testamento em vários dos seus textos.

“NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1:1); “E me disse mais: ‘Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, O PRINCÍPIO e o fim. A quem sentir sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida’” (Ap 21:6). A intenção de João é clara! O Apóstolo intenciona deixar explícito uma Cristologia consistente com os eventos da criação.

A abertura do quarto Evangelho é visivelmente um plagio intencional da abertura do primeiro livro da Torá. Em seu texto, João usa a mesma estrutura textual utilizada por Moisés: começando pelo “princípio” para logo em seguida referir-se à luz e finalmente à palavra criadora. Segundo João, Jesus é “o princípio” da criação, conforme o Gênesis, e mais! Jesus também é o agente da nova criação. Ele é o Senhor do Tempo, mas também é Senhor dos Senhores, atuante sobre coisas e pessoas.

A exegese de João abre nossos olhos para perceber que Jesus é o mentor e principal agente criador em Gênesis, entretanto é com a exegese paulina que chegamos definitivamente ao significado de B’RESHIT.

Nesse texto escrito aos santos da igreja de Colossos, Paulo desejava que definitivamente, Jesus Cristo fosse compreendido como Deus Soberano sobre todas as coisas e que aqueles crentes abdicassem de suas superstições religiosas.

A exegese rabínica realizada pelo apóstolo Paulo está presente no texto de Colossenses 1:15-19. Paulo tomou uma única palavra e aproveitou dela todos os seus significados e aplicou cada um desses significados a Jesus, mostrando que o B’RESHIT é mais que uma referência temporal. Para o Apóstolo dos Gentios B’RESHIT é uma pessoa!

Esse tipo de exegese usada pelos autores do Novo Testamento não é uma exceção. Pelo contrário, esse método interpretativo sempre foi muito usado pelos rabinos e pelos mestres judeus. João e Paulo o conheciam muito bem!

“O qual é imagem do Deus invisível, o PRIMOGÊNITO de toda a criação; porque Nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele. Ele é a CABEÇA do corpo, da igreja; é o PRINCÍPIO e o PRIMOGÊNITO dentre os mortos, para que em tudo seja PREEMINENTE. Porque foi do agrado do Pai que toda a PLENITUDE Nele habitasse” (Cl 1.15-19).

Os sentidos de ‘autor’, ‘dignidade’, ‘autoridade’, ‘chefe’, estão presentes no espírito do texto, mostrando que Paulo não se esqueceu de nada. Inclusive quando menciona que “Nele foram criadas todas as coisas”, o sentido é o de uma imensa metrópole onde “todas as coisas, visíveis e invisíveis” foram criadas e continuam “subsistindo por Ele”.

Há também uma menção subliminar acerca do Calvário, o Monte da Crucificação. Quando Paulo escreve que Ele é “o primogênito dentre os mortos”, essa é uma inteligente menção ao ‘topo da montanha’ – o Gólgota, lugar onde Jesus consumou a obra de sua vida.

Todos os significados que apresentamos para as palavras ROSH e RESHIT, Paulo aplica ao texto de Colossenses, intencionando definir a Cristo a partir de todos os predicados da palavra B’RESHIT.

O Apóstolo dos Gentios transferiu para Cristo todas as prerrogativas do Deus Criador. Ao explicar a força motora da criação, Paulo afirma que Jesus é a fonte de todo poder e que todas as hierarquias superiores, “sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades”, estão sob sua majestade.

A redenção de uma nova humanidade foi efetivada “por Ele e Nele”. Ele é o Senhor! Sua primazia sobre a criação se evidencia na forma de uma irrefutável soberania sobre tudo e sobre todos. 

João e Paulo estão certos de que B’RESHIT significa “em Cristo”.

Para os maiores escritores do Novo Testamento, Gênesis 1:1 deve ser lido assim:

“Em Cristo criou Deus os céus e a terra”.

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Do Livro Criação Desvendada 
de Cesar de Aguiar

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

OS MISTERIOS DO NUMERO TREZE



Este número apresenta algo ruim, 85% das vezes em que aparece na Bíblia.

Há treze palavras na inscrição da meretriz de Apocalipse 17 (na BKJ).

Há treze letras no nome de Judas Iscariotes (na BKJ).

Ele é mencionado em João 13:11. Em Gálatas 3:13, Paulo nos fala da “maldição da lei”.

Dessa maldição somos libertos em Atos 13:39: “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê”.

Há 39 livros no Velho Testamento (3X13) e no último livro deste, o último verso termina com a palavra maldição (Malaquias 4:6).

Jesus menciona treze tipos de males existentes no coração do homem (Mateus 15:19 – BKJ).

Levítico menciona treze animais imundos.

Em  Marcos 1:13, encontramos Satanás tentando o Senhor Jesus Cristo.

O número de chibatadas que se aplicavam no Velho Testamento era de 40 menos uma, portanto 39, ou seja 3X13.

São treze os deuses Baal mencionados na Bíblia.

O rei da Assíria (um tipo de Anticristo) é mencionado também treze vezes.

O número 666 aparece em Esdras 2:13, referindo-se ao número os filhos de Adonicão, nome que significa “homem da rebelião”.

Em Apocalipse 2:13 Satanás  é mencionado.

A superstição popular sobre a malignidade do número treze tem fundamento na  Bíblia.

Paulo escreveu treze epístolas e este fato para nós, os cristãos bíblicos, já é suficiente para neutralizar a malignidade do número treze.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

OS MISTERIOS DO NÚMERO DOZE

 

O número doze é um dos mais fáceis de se localizar na Bíblia.

Existem doze nações salvas na eternidade, visto como em Deuteronômio 32:7, lemos que o Senhor Deus estabeleceu as fronteiras das nações, conforme o número das tribos de Israel.

São doze os filhos de Israel e eles têm doze distintivos de pedra no peito que lembram os de Êxodo.

Há doze meses em um ano.

Jesus escolheu doze apóstolos em seu ministério terreno.

Lemos que doze estrelas estão coroando a mulher de Apocalipse 12, a qual representa a nação de Israel (e não Maria, como diz a hierarquia romana) com suas doze tribos

Lemos que há doze portas para as tribos, doze fundamentos na cidade, para os apóstolos, doze tipos de frutos na Árvore da Vida para a cura das nações, as quais são numeradas em doze, como as tribos.

O Livro de Daniel tem doze capítulos que tratam da salvação de Israel durante a Tribulação.

Em Gênesis 12 o primeiro homem é chamado para fora do povo gentílico, a fim de iniciar o povo judeu.

Seria bom examinar os livros, Números 12 e Apocalipse 12, a fim de constatar como o número doze se refere à nação de Israel.


quinta-feira, 5 de maio de 2022

O PAPEL DOS ANJOS NOS PLANOS DE DEUS

O papel dos anjos no plano eterno de Deus

Anjos e homens são os únicos seres de inteligência elevada que foram criados por Deus.

 Deus criou os anjos sendo mais poderosos que os homens. Todavia são os homens que são imagem e semelhança de Deus.

No tempo atual somos inferiores aos anjos, mas após nossa absoluta redenção

seremos superiores aos anjos a ponto de julga-los. 

Os anjos são para nós uma mensagem de que o mundo espiritual existe e que ele funciona de forma dinâmica o tempo todo.

 

Nós lemos nos salmos o poeta ENCORAJANDO OS ANJOS a louvarem a Deus.

Salmo 148:2 – “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos”.

 

Em toda as Escrituras encontramos os anjos realizando os decretos de Deus.

·         Os anjos levam mensagens às pessoas. 

·         Os anjos executam juízo de Deus. 

·         Os anjos derramam taças da ira de Deus sobre a terra.

  Na segunda vinda de Jesus, os anjos virão junto com ele.

 Os anjos fazem a patrulha da terra

 Zacarias 1:10,11 – “Então respondeu o homem que estava entre as murtas, e disse: Estes são os que o Senhor tem enviado para percorrerem a terra.E eles responderam ao anjo do Senhor, que estava entre as murtas, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está tranqüila e quieta”.

 

·         Os anjos guerreiam contra forças demoníacas

 Quando Cristo voltar, será um Arcanjo, quem vai anunciar sua vinda.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

OS ANJOS PODEM MORRER



Os anjos são dotados de juízo moral

2 Pedro 2:4 – “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo”.

Judas 1:6 – “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia.”

 

Os anjos que se rebelaram contra a vocação original foram punidos por Deus.

Como pecaram em estado de eternidade, não tiveram segunda chance para uma redenção.

Os homens são seres tricótomos possuem dois corpos (um corpo físico e um corpo espiritual) e uma alma.

Os anjos são seres dicótomos (possuem um corpo espiritual e uma alma). Quando pecaram, mataram o corpo espiritual, e hoje aguardam a condenação da alma.

Os homens, por causa do corpo físico são mais fracos que os anjos. Todavia aquilo que nos enfraquece, se tornou a nossa salvação, pois quando pecamos morremos no espírito, todavia permanecemos vivos na carne. O novo nascimento em Cristo nos torna vivos para Deus através da ressurreição do espírito.

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Cesar de Aguiar


 


quinta-feira, 21 de abril de 2022

A CRIAÇÃO DOS ANJOS

 Quando os anjos foram criados?

Todos os anjos foram criados antes do sétimo dia da criação.

Gênesis 2:1 - “Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados”.

Êxodo 20:11 -  “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”.


Todos os anjos foram criados até o sexto dia da criação.

 

Gênesis 1:1,2 nos dá uma pista sobre qual dia da criação os anjos foram criados.

“No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia”.

No primeiro dia os céus e a terra foram criados.

Mas a terra é apresentada sem forma e vazia.

Um contraste claro com os céus que imediatamente após serem criados foram povoados com todos os seres celestiais e organizados dentro de suas hierarquias.

 

Jó 38:6,7 – “Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?”

Se os anjos de Deus rejubilavam enquanto o Senhor fundava as bases da terra é porque naturalmente eles já haviam sido criados e organizados antes da terra.

 Os anjos estão presentes e atuantes criação da terra.

 Essa é a primeira criação.

 Quando Cristo foi introduzido no mundo, multidões de anjos cantaram e jubilaram.

 Essa é a recriação do mundo.


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Cesar de Aguiar

quinta-feira, 14 de abril de 2022

OS ANJOS NÃO EXISTEM DESDE SEMPRE

 Anjos são seres criados

Salmos 148:2 – “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos”.

Salmos 148:5 – “Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados”.

 

Os anjos não são auto existentes.

Somente Deus possui vida em Si mesmo.

Todos os outros seres tem vida emanada da vida de Deus.

 

Os anjos não existem desde sempre.

Houve um momento em que Deus criou todos os anjos que existem.

Neemias 9:6 – “Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora”.

 

A Bíblia nos informa quem criou os anjos e para que foram criados.

Colossenses 1:15-17

“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.

E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.

 

Jesus criou os anjos e definiu toda a hierarquia organizacional que os regulamenta.

 

Os anjos foram criados por Jesus e por causa de Jesus.

 

Existe um plano arquitetado pela Trindade Divina, onde os anjos são seres com papéis fundamentais.

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Cesar de Aguiar

quinta-feira, 7 de abril de 2022

OS MISTERIOS DO NUMERO NOVE

O número nove parece estar ligado à produção de frutos. É um número que nos faz lembrar Abraão, aos noventa e nove anos de idade, quando Deus fez com ele o pacto. Cristo disse que “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer produz muito fruto” (João 12:24). O fruto do Espírito Santo apresentado em Gálatas 5:22-23, está assim dividido: três são interiores, três são exteriores e três são teocêntricos. Notamos que há nove dons do Espírito Santo na 1 Coríntios 12, referindo-se a poder e ao caráter conforme Gálatas 5:22-23.

Em Gênesis 9:9 temos um pacto: “E eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência, depois de vós”. Este pacto foi feito com Noé  e os seus três filhos. Mais tarde, Deus fez outro pacto com Abraão, quando este contava noventa e nove anos (Gênesis 17:1 – 1+7+1=9) Não é interessante? Ora, é dito que Abraão já era “amortecido” por causa da idade, mas mesmo assim ele produziu fruto. Lemos sobre as novecentas carruagens de ferro em Juizes 4:3. O leito de Ogue, rei de Basã tinha nove côvados de comprimento (Deuteronômio 3:11). Na era dos patriarcas esse número era muito importante. Em Gênesis 5, encontramos o número novecentos pelo sete vezes, em um só capítulo. Quando estudamos o número cinco mencionamos o May-Day, “o quinto mês”. Pelo visto há um fundo verdade em toda superstição. Contudo somente a Palavra de Deus é a verdade absoluta.

Lembramo-nos aqui das noventa e nove ovelhas obedientes e de uma que se extraviou. Jerusalém foi destruída no nono mês (jeremias 52:4-6) A Bíblia foi picotada em Jeremias 36:23, no nono mês. Nove é o período de gestação para que as mulheres produzam fruto.

A visão de Pedro aconteceu na hora nona (Atos 10:9-17). Em Ezequiel 24, lemos a respeito do nono ano, mas estas citações nada têm a ver com a produção de frutos. A melhor significação para o número nove é que ele é o triplo de três.

Contudo na maior parte das vezes o número nove apresenta boas conotações na Bíblia. As citações em que ele aparece indicam vidas mais longas dos seus personagens.


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Dr. Peter Drucker

quinta-feira, 31 de março de 2022

AS CORDAS DIMENSIONAIS E A VISÃO DE EZEQUIEL

 “E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam” (Ez 1.12).

As cordas dimensionais foram tangidas pelo Espírito Santo e suas vibrações sobre a face das águas conduziu o processo da criação.

Os Seres Viventes, conforme contemplados pelo profeta, seguiam sempre em frente, assim como o tempo e a expansão.

Os Seres não refaziam nada, não se viravam, não se arrependiam, não voltavam atrás. Seus movimentos eram como os ponteiros do relógio, sempre na mesma direção, na trajetória de evoluir pelo eterno recomeço da fluidez eterna.

O fim foi fixado desde o começo e o começo foi fixado no fim, ligados ponto a ponto um ao outro, como o perímetro de um círculo em expansão, como o uroborus - a serpente que engole a própria cauda.

Presos um ao outro como a chama é presa à brasa, como o feto no ventre é preso à mãe pela corda que liga o fim e o começo; e o começo ao fim.

Assim o Senhor fez! Ele é o Uno. Fora Dele não há um segundo. Antes do Um, o que contar?

O que acontecia no céu, ocultado pelo véu da realidade manifestada era replicado no mundo da matéria densa; “assim na terra como no céu”. Tudo o que se formou e que existe possui um valor relativo perfeito no mundo das ideias, postulado que nada é absoluto, senão o Eterno, o Uno.

Conforme a capacidade de entendimento do aluno, os mistérios tomam as mais variadas formas da mesma verdade eterna.

Perceba que uma pintura de Monet é interpretada pelos olhos do ignorante como um desperdício de tinta em um amontoado de borrões coloridos. Todavia aos olhos evoluídos, a percepção da mesma pintura, remete o observador a lugares, sentimentos e abstrações da profundidade da alma.

No espaço infinito que abrange todas as realidades possíveis das emanações do Criador, as milhares de possibilidades são verdades relativas reveladas segundo o nível de compreensão de cada iniciado.

Enquanto Ezequiel vê Seres Viventes, o estudioso do século XXI pode perceber as nuances das Forças Cósmicas. São visões diferentes de equivalências eternas, apresentadas em línguas dirigidas a audições diferentes. “Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça” (Mc 7.16) “em sua própria língua” (At 2.8).

“Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas” (Ez 1.20).

Ezequiel continuou a descrição da sua visão, falando de rodas e aros; uma figura de forma circular. Quem está atento ao livro imediatamente será remetido ao conceito da onda provocada pelo Pão que foi lançado sobre a face do Lago das Águas Primordiais.

O Espírito de Deus vibrando sobre as águas do lago aos pés do Trono do Altíssimo conduzia as decisões que orientavam os passos dos quatro Seres Viventes que representam as quatro forças.

“E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças” (Ez 1.22).

Trata-se do lado superior do Lago, o verdadeiro firmamento! A face das águas aos pés do trono do Altíssimo. Esse é o lado superior do Lago das Águas Primordiais. A expressão ‘cristal terrível’ fala do intenso brilho da superfície das águas, onde a absoluta glória de Deus é refletida.

Esses super-anjos são os quatro querubins designados por Deus para guardarem e sustentarem o nosso universo. São eles que em primeira instância guardam os quatro cantos do Universo, mas também sustentam os quatro cantos da terra com suas quatro estações do ano.

Eles são a forma espiritual daquilo que a ciência chama de quatro forças fundamentais que sustentam todo o funcionamento do universo.

“E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas” (Ez 1.24).

Os Querubins responsáveis pelo funcionamento do Universo são a personalidade espiritual das Forças que comandam a máquina do cosmo. Sua área de atuação é no mundo submerso, abaixo da superfície do Lago das Águas Primordiais. Todavia, não limitados ao tempo e ao espaço, eles também fazem o contato entre o mundo da superfície do lago e o nosso universo.

Imaginem a cara de estupefação de Ezequiel! Anjos rompendo a superfície das águas do Lago de Deus, e por um momento, os sons da terra e do céu se misturando. Vozes como de muitas águas, a voz do Onipotente e o burburinho de um exército pronto para a batalha. Na mistura dos sons da eternidade com os sons do universo criado forma-se uma nova categoria de vibração que se dissipa na medida que, rompendo as águas cada vez mais profundas, através de suas ondas vão formando seres de matéria proporcionalmente mais densa que a dos seres da superfície.

Jacó viu anjos que subiam e desciam por uma escada. Anjos que faziam uma trilha entre o céu e a terra. Anjos que trafegavam nas duas dimensões: no tempo e na eternidade. Seres que, por frequentarem os dois mundos têm a habilidade de atuarem como mensageiros e controladores do princípio espiritual que espelha a realidade manifestada.

Os últimos versículos do texto do capítulo 1 de Ezequiel são os mais impressionantes.

“E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas. E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele” (Ez 1:25,26).

Ezequiel continua descrevendo sua visão apresentando o trono que está acima da superfície do Mar de Cristal. De pedra de safira era a aparência do trono e sobre ele se assentava alguém que possuía o aspecto de um homem que observava tudo: O Cristo homem. O Verbo que existia desde antes da criação de todas as coisas.

Na visão do trono o profeta percebe um arco-íris no Monte da Congregação, com as mesmas sete cores que são peculiares aos arco-íris visíveis em dias de chuva no nosso planeta. “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava” (Ez 1:28).

Na habitação de Deus, Ezequiel viu uma ligação com a habitação dos homens. Isso é um sinal do cuidado do Criador para com suas criaturas. O mesmo fenômeno que abrilhanta os céus em dias de chuva em nosso planeta é visto junto ao Trono, de onde o Livro do Tempo é contemplado.

No céu do planeta assolado pelo dilúvio, ao fazer aliança com Noé, Deus estabeleceu o significado do seu arco.

No céu da terra, o arco aponta uma flecha para o infinito, para a habitação de Deus.

O Arqueiro tencionou o arco de sete cores formando um desenho geometricamente perfeito. Ele disparou a flecha assumindo a possibilidade de errar o alvo (note que o significado literal da palavra pecado é ‘errar o alvo’). Até mesmo porque, ninguém além Dele tinha a cura para a doença do pecado. Assumiu a responsabilidade porque já estava definido que somente o sacrifício do próprio Deus teria eficácia para satisfazer Sua perfeita justiça. 

Quem está afundado nas trevas da turbidez deve tomar carona na flecha que aponta para a superfície. Na viagem rumo à consciência do Uno, haverá obrigatoriamente uma ascensão na escala da evolução. O que era realidade em tempos já vividos passa a ser compreendido como sombras.

A evolução espiritual traz consigo a percepção de que aquilo que antes era tomado por realidade, na verdade eram sombras.

A viagem sobre os lombos da flecha nos conduz a um continuado despertar, um ininterrupto estado de iluminação.

Cada movimento rumo à superfície, cada estádio percorrido, traz consigo a impressão de que fomos finalmente iluminados, e com essa impressão vem a tentação de nos envaidecermos na autovalorização.

Cuide-se de que o Eterno seja a sua única fonte de motivação. Tome cuidado com o desejo de crescimento. Se o Eterno for sua única fonte de força e dedicação, tu crescerás na beleza do amor e desejo pelo Criador. Todavia, se fizer do desejo pelo crescimento a sua motivação, tu te tornarás frio, calculista, morto pela letra e escravizado pela imensa vontade de projeção pessoal.

A flecha é uma nave e viajamos na sua carona. A maturidade alcançada pela soma dos estágios vencidos na viagem sobre flecha, nos leva a concluir com o filósofo que diz: “só sei que nada sei”, e que a plenitude da luz só será percebida quando rompermos o limite das águas, onde a consciência absoluta será alcançada após a final devastação da matéria densa.

Quem se assenta no Trono? Quem é semelhante a um homem?

O lago pertence a Ele! O universo pertence a Ele!

“Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas” (Rm 11.36).

Ele é Jesus. O Deus Vivo.

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Cesar de Aguiar

do livro Gênesis Desvendado

quinta-feira, 24 de março de 2022

AS QUATRO FORÇAS E A VISÃO DE EZEQUIEL

Durante o cativeiro babilônico, o Sacerdote Ezequiel assistiu de camarote os primeiros segundos do Big Bang e sua visão profética foi logo registrada no primeiro capítulo do livro que leva seu nome.

Ezequiel descreveu sua visão usando elementos que eram peculiares ao seu tempo e a sua profecia começa apontando a procedência geográfica daquele fenômeno. O que Ezequiel vê procede do norte: “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte” (Ez 1:4). Em toda a Bíblia, o Norte sempre é apontado como ponto cartesiano da morada do Altíssimo (Jó 37.22; Is 14.13).

“Olhei... uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo” (Ez 1:4).

Diante de uma explosão tão poderosa, nada é mais adequado do que ver aquilo que foi visto! O que na descrição do profeta é entendido como vento tempestuoso, a ciência descreve como o deslocamento de uma grande expansão. O que o profeta descreve como uma grande nuvem, a ciência entende como a primordial formação das nuvens do mais abundante dos elementos químicos do universo: o Hidrogênio.

Constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo, o mais denso dos elementos, é altamente inflamável e ao mesmo tempo é a matéria prima mais abundante do composto H2O, que mais tarde se formaria a partir do titânico encontro com o Oxigênio.

“... e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo” (Ez 1:4).

Os cientistas afirmam que o Universo veio à existência a partir da explosão de um superátomo primordial. Todavia existe algo que a ciência não consegue explicar: como as quatro forças que regem o universo, estavam presentes naquela singularidade?

No momento da explosão, onde estavam a Gravidade, a Força Nuclear Fraca, o Eletromagnetismo e a Força Nuclear Forte? Em que lugar (?) e como (?) as Forças Elementares se enroscavam sobre si mesmas?

Foi por causa da ausência dessa explicação que, em 1.999, a Teoria do Big Bang foi amplamente desacreditada na comunidade científica.

Uma pena que a ciência ainda não tenha se rendido à sabedoria da Palavra de Deus! O que a ciência não consegue responder, a Bíblia responde. E nos parece que Deus desejou muito que a humanidade soubesse disso, afinal, essa revelação foi dada por três vezes a Ezequiel (Ez 1.4; 1.27; 8.1,2).

“E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele” (Ez 1:27).

Conforme a visão, o fogo de cor âmbar percorria o corpo de um Ser Extraordinário. Algumas versões das Escrituras traduzem a palavra ‘âmbar’, pela expressão ‘metal brilhante’ ou ‘metal reluzente’. Diante de tal descrição é impossível não mencionar a aparência de Jesus conforme João escreveu no Apocalipse: “E os seus pés, semelhantes ao metal reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha” (Ap 1:15).

O âmbar é uma resina fóssil que, embora não seja um mineral, é por vezes considerado como uma gema. Essa resina oriunda de árvores e plantas leguminosas possui incríveis propriedades elétricas. A palavra que na língua grega corresponde ‘âmbar’ é a palavra ‘elektron’.

Até a época de Ezequiel, o único material onde os homens podiam observar empiricamente os fenômenos elétricos, era no âmbar. Por isso a palavra âmbar era associada diretamente à eletricidade. É dessa palavra que surgiram tantos outros termos ligados a ela: ‘eletricidade’, ‘elétrica’, entre outras.

A afirmação de que o resplendor do fogo que envolvia o corpo do Ser Extraordinário era cor de âmbar é extremamente significativa, pois na época de Ezequiel, o âmbar era o único material onde a eletricidade podia ser observada. 

O que Ezequiel viu foi um glorioso campo magnético formado por correntes elétricas – uma explosão de energia.

A ciência, com sua forma cambaleante de explicar os primeiros milionésimos de segundo da origem do universo afirma que no Big Bang tudo explodiu, exceto “uma coisa” (Ez 1.4) inexplicável: uma força tão poderosa que se manteve firme, até mesmo porque essa força infinitamente poderosa era a causa física da explosão.

No documentário científico “O Primeiro Segundo do Big Bang” de Lawrence Krauss e Michio Kaku, essa força é simbolizada por uma pedra preciosa, curiosamente de cor âmbar. Duvido muito que os cientistas tenham lido Ezequiel capítulo 1!

É por isso que podemos perceber que os modelos científicos usados para explicar o milagre da criação concordam com a descrição de Ezequiel. No discurso da ciência, essa pedra âmbar se quebra em quatro pedaços iguais, noutras palavras, essa força se divide em quatro forças iguais.

“... e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo...” (Ez 1.27). Perceba que o campo magnético gerado pelo fogo que Ezequiel viu, percorria ‘dos lombos para cima e dos lombos para baixo’. Sob a luz da Física identificamos as duas polaridades (para cima e para baixo): negativa e positiva de uma pilha elétrica. Tudo é formado por átomos e os átomos são energia pura.

No Apocalipse Jesus refere a Si mesmo como sendo o “Alfa” (Ap 1.11), o primeiro e a origem de tudo que vem após Ele. É muito comum interpretarmos esse texto fazendo menção ao alfabeto grego cuja primeira letra é ‘Alfa’. Entretanto podemos ampliar esse conceito que Jesus designou sobre Si mesmo.

‘Alfa’ é um conceito que excede a interpretação da primeira letra do alfabeto grego.

Um núcleo de um átomo de Hélio, no vocabulário científico é chamado de partícula Alfa.  O gás Hélio é o segundo elemento químico mais abundante no universo, perdendo apenas para o hidrogênio e é encontrado principalmente nas estrelas, onde corresponde por 20 % de sua matéria.

No interior do nosso Sol, cada átomo de hidrogênio possui um próton e um elétron em órbita. No núcleo do Astro Rei, a gravidade e o calor são tão intensos que os átomos se fundem, gerando imensa quantidade de energia. Imediatamente após essa fusão, dois prótons viram nêutrons e dois elétrons somem. Nas estrelas, o Hélio nasce a partir desse fenômeno físico-químico.

Ao nascer, a aproximadamente 4,6 bilhões de anos, o Sol tinha um estoque de hidrogênio pronto para queimar durante 10 bilhões de anos. Quase a metade do gás já se acabou, transformando-se em Hélio. Daqui a 5,4 bilhões de anos, quando o Hidrogênio se acabar, o Sol vai queimar o hélio que foi gerado. Nosso sistema planetário terá luz por mais 1 bilhão de anos e o clima se transformará em um inferno, pois a queima do hélio gera mais calor que a queima do hidrogênio.

Nessa era o sol se esquentará a ponto de destruir toda a vida que porventura existisse em nosso planeta.

Com isso em mente podemos compreender que era a isso que Jesus se referia quando se apresentou como o Alfa. Muito mais que uma referência ao alfabeto grego, Ele apontava para a Resplandecente Estrela da Manhã (Ap 22.16), e a Luz do Mundo (Jo 8.12). Era uma referência a uma força atômica que está na base de toda a vida. O Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o hidrogênio e o hélio.

“E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem” (v.5).

Ezequiel faz uma descrição para muito além da imaginação. Trata-se da aparência de uma espécie de super-anjo que possuía quatro rostos e quatro asas, com dois pés direitos com aparência de pés de bezerro. Seus pés eram na cor e no brilho do cobre polido e as suas mãos se ocultavam por debaixo das asas.

Imediatamente a atenção de Ezequiel é despertada para o modo de andar Daquele Ser Extraordinário. O Ser Fantástico caminhava sempre em frente. Não se virava e decididamente mantinha seu passo sempre na mesma direção.

A plural repetição do número Quatro é claramente digna de observação. Tratava-se de quatro Seres Viventes, cada um deles possuía quatro rostos e quatro asas. A soma total sempre é Quatro: quatro rostos de leão, quatro rostos de boi, quatro rostos de águia e quatro rostos de homem.

Nesse ponto é necessário refletirmos um pouco sobre a matéria da Gematria Hebraica que envolve o uso do número Quatro nas Escrituras. Permeando a numerologia simbólica de toda Escritura, o número 4 possui referências diversas.

Na superfície do texto sabemos que Judá é o quarto filho de Jacó e é justamente da Tribo de Judá que surge o Leão da Tribo de Judá. Outra citação é o aparecimento do Quarto Homem como a Teofania presente na fornalha de fogo, onde foram lançados os amigos de Daniel.

O Antigo Testamento está cheio de referências ao número 4, e todas elas apontam para Jesus.

“E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços” (Gn 2.10). Perceba que existe algo atípico nessa descrição, pois geralmente rios menores se unem para formar um rio maior, mas o texto de Gênesis aponta o contrário! Ou as águas dos rios corriam no sentido inverso, contrariando a lei da gravidade (...), ou realmente nos deparamos com um rio maior se dividindo e se tornando em quatro rios menores.

Nos instantes mais primitivos do Universo existia uma única Força.

Essa é a força que causou origem de tudo, sendo a única coisa não afetada pelo poder da Grande Explosão.

Segundo a ciência, nos primeiros instantes essa força se dividiu em 4 Forças. Simbolicamente um rio maior, se dividindo em quatro rios menores.

Os quatro rios do Éden citados em Genesis capítulo 2 eram: Tigre, Eufrates, Gion e Pison. Dois desses quatro rios, o Gion e o Pison desapareceram de nossa geografia cartografada. Os rios Tigre e Eufrates nascem nas montanhas ao leste da Turquia e, depois de atravessarem esse país e também o norte da Síria, correm pelo interior do Iraque, onde formam uma grandiosa planície fluvial até confluírem e desembocarem no golfo Pérsico.

Faça uma análise: um grande rio se divide em quatro rios menores. Dois rios desparecem do mapa, enquanto os outros dois são caudalosos até os dias atuais. Agora volte sua reflexão para as Forças Controladoras do Universo: curiosamente, ainda de forma muito amadora, o homem consegue controlar duas dessas forças: a Gravidade e o Eletromagnetismo (o Tigre e o Eufrates).

O pequeno controle que o homem estabelece sobre a força da gravidade permite o banho de chuveiro com água encanada e viagens espaciais a bordo do módulo lunar. Já o mínimo controle da ciência sobre o eletromagnetismo permite a navegação pela internet e as conversas em tempo real, via telefone celular.

A Força Nuclear Fraca e a Força Nuclear Forte (o Gion e o Pison) são tão misteriosas para a ciência quanto os dois rios que desapareceram dos mapas da região do Éden.

E a saga do 4 continua!

São quatro Evangelhos, que apresentam cada um, através de seu estilo literário, uma nuance do caráter de Jesus. De forma muito específica no Evangelho de Mateus Jesus é apresentado como Leão, devido sua Realeza. No Evangelho de Marcos Jesus é apresentado como Boi, devido seu Serviço. No Evangelho de Lucas Jesus é apresentado como Homem, devido sua Humanidade e no Evangelho de João, Jesus é apresentado como Águia, devido a sua Divindade. Os Evangelhos apontam para o Ser Extraordinário de quatro faces.

Estudando o quarto dia da criação, percebemos que é nesse dia que as 12 constelações do zodíaco passam a serem visíveis no céu. É o número da terra (simbolizado pelo número 4) apontando para o número do governo de Deus (simbolizado pelo número 12).

O número da terra é o 4, simbolizado pelos quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), o que literariamente na Bíblia é chamado de quatro cantos da terra.

O número 12 representa, entre outras coisas a excelência do governo divino: 12 meses do ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Cristo.

O número 3 refere-se ao céu, pois existem 3 véus de realidade, que podem ser entendidos como 3 céus. “Conheço um homem... foi arrebatado ao terceiro céu” (2Co 12:2). A união entre o céu e a terra é o cumprimento final do plano de Deus. A perfeita harmonia ocorrerá quando os céus e a terra se fundirem em 3 (céu) + 4 (terra) = 7 (estado perfeito).

Quando o número 4 (terra) multiplica o número 3 (Reino de Deus) o resultado é o número 12, que é o número da Perfeição Governamental Eterna.

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Cesar de Aguiar 

do livro Gênesis Desvendado