Jesus tinha uma missão a cumprir, e sua missão estava
escrita em algum lugar. Na verdade estava escrita em dois lugares.
O primeiro lugar era
Hebreus 8.10 – “Porque esta é a aliança que depois daqueles
dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu
entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles
me serão por povo”.
Essa sempre foi a intenção original de Deus: escrever a
Palavra no coração do homem e não no papel.
E foi isso que ele fez quando combinou com o homem aquilo o que
deveríamos ser nessa vida.
Toda Palavra estava escrita no espírito de Jesus.
O segundo lugar é nas Escrituras – na Bíblia que Jesus lia.
Tudo nas Escrituras fala de Jesus. Tudo é a respeito Dele.
Jesus se encontrou nas Escrituras e entendeu que aquilo que
estava escrito no seu coração também se estava escrito na Biblia.
Jesus se reconheceu na Torá, nos Salmos e nos Profetas.
A Biblia só é palavra viva para nós quando ela se enche de
significado a partir do reconhecimento de algo que já está gravado nas tábuas
do nosso coração.
Jesus
possuía uma alma humana com emoções humanas
João 12:27 – “Agora a minha alma está angustiada; e que direi
eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora”.
O reconhecimento da missão não proíbe Jesus de se
angustiar. Ele ora como um ser humano!
Jesus conhece as implicações de sua missão, todavia esse reconhecimento
não o robotiza. Jesus age como um ser humano que age como um ser humano e não
como um autômato.
Jesus se expressa humanamente e chora diante da sepultura
do amigo Lázaro e se admira com a fé expressada pelo Centurião.
Hebreus 5:7 – “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com
grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte,
foi ouvido quanto ao que temia”.
Em nenhum momento encontramos Jesus com medo da dor física. Os filmes sobre a vida de Jesus focam principalmente o sofrimento do corpo físico de Jesus.
Pregadores se dedicam a descreverem detalhadamente o
processo físico de sofrimento imposto ao corpo de Jesus.
Ninguém gosta de sentir dor, mas se analisarmos a dor a
partir da abordagem da biologia, veremos que a dor é uma benção!
O sistema nervoso é composto por dois sistemas
funcionais: o sistema nervoso periférico e o sistema nervoso central .
A pele e outros tecidos possuem terminações nervosas
receptoras de dor. Através do sistema nervoso periférico o estímulo da dor é
percebido e captado. O sistema nervoso periférico se conecta à coluna
espinhal e dessa forma toda mensagem de
lesão é enviada por esse sistema ao cérebro.
Existem 3 estados de sensação dolorosa.
a- A
dor da fase 1 é conseqüente a um estímulo nocivo rápido. Sinaliza que aconteceu
um ferimento ou algo não vai bem com os órgãos internos do corpo. É uma
sensação necessária para a sobrevivência e o bem estar do indivíduo. A dor é um
sistema de proteção para a continuidade da vida humana. Sem a dor não teríamos
limites para a proteção do corpo.
E tudo acontece no sistema nervoso. O
mecanismo neurofisiológico envia uma mensagem para o tálamo e o córtex
cerebral. Essa mensagem contém a localização da dor e a intensidade da lesão.
b- A
dor da fase 2 é a resposta a estímulos prolongados, para lesões maiores. Esse
tipo de dor acontece onde se iniciou um processo inflamatório. A sensação de
dor é prolongada e atua como sinalizador, diminuindo e aumentando a sensação. E
o motivo é simples: se a dor for constante e igual, o paciente de acostuma a
ela e se esquece de trata-la. A dor da fase 2 é aquela que incomoda, pois em um
momento ela alivia, mas no momento seguinte volta com força total.
c- As
dor da fase 3 são estados dolorosos anormais, originadas por lesões dos nervos
periféricos.
A característica fundamental é a
ausência da relação entre a lesão e a dor.
Esse é o nível de dor que Jesus sentiu
no momento da crucificação!
Jesus não mais sentia seu corpo dado à
quantidade de rompimento de terminações nervosas periféricas do seu corpo.
A medicina diz que esse tipo de dor são
sintomas de enfermidade neurológica. A dor não mais informa a geografia do
corpo. Dói, mas não mais se localiza a dor. O cérebro entende que o fim da vida
é inevitável, dessa forma inicia a produção de uma enzima que neutraliza a dor,
e o paciente não mais sente seu corpo.
A maior dor sentida por Jesus não foi imposta à carne,
mas à alma e ao espírito.
O Evangelho apresenta Jesus Cristo levando seu corpo
físico de forma resoluta em direção ao suplício final sem nenhuma reclamação. Todavia,
momentos antes ele ora pedindo que o Pai lhe livre daquela hora. A dor física
certamente não o assustava. Jesus queria ser poupado de outro tipo de dor.
Jesus ora por coisas que ele sabe que não serão
realizadas. Sua alma e espírito humano querem ser poupados da dor que o espera.
João 13:21 – “Tendo Jesus dito isto, angustiou-se em
espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me
há de trair”.
A angústia da alma evoluiu e alcançou o espírito. A hora
final está chegando e o espírito humano de Jesus sabe exatamente o que vai
acontecer no madeiro.
Seu espírito, desde seu primeiro dia de vida, nunca havia experimentado a separação do Pai. Mas na cruz isso iria acontecer: o espírito humano de Jesus iria ficar por três horas sem a companhia do Pai.
Seu espírito, desde seu primeiro dia de vida, nunca havia experimentado a separação do Pai. Mas na cruz isso iria acontecer: o espírito humano de Jesus iria ficar por três horas sem a companhia do Pai.
O Jesus Homem que a vida inteira estava sendo fundido ao
Deus Filho, no momento final sentiu que tudo tinha dado errado. Na sua última
hora, a Alma de Deus Filho se retirou do espírito do Jesus Homem, e na cruz,
Jesus Homem experimentou a maior de todas as dores: a dor de achar que tudo
havia se perdido, que todo seu trabalho havia sido em vão.
Da hora sexta até a hora nona – de meio dia às três da
tarde houve trevas e todo o universo se preparou para o possível colapso. Se
Cristo falhasse ali, tudo seria sugado para o caos.
Seria o fim de tudo que foi criado: o fim de todas as
estrelas, de todos os planetas, de todos os anjos, de toda a humanidade, de
todos os mundos criados.
Todo o universo parou para assistir o maior de todos os
espetáculos já apresentados entre o céu e a terra.
Somente no segundo final, a Alma de Deus se reaproximou
com muita força e rapidez e definitivamente se fundiu ao espírito do Jesus
Homem.
Essa fusão foi no último segundo da sua vida. Finalmente,
Jesus pode exclamar: “Está Consumado”. E estava mesmo! Deus e Homem agora eram
uma pessoa só, fundida definitivamente para toda eternidade.
A morte de Jesus na temporalidade é a expressão daquilo
que já havia sido feito de forma definitiva quando o Cordeiro foi morto antes
da fundação do mundo.
Jesus
possuía uma alma humana com desejos (vontades) humanas
8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que
padeceu.
9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;
Se Jesus nunca pecou, como então ele veio “aprender” a
obediência?
Na medida que Jesus crescia, da mesma maneira que outras
crianças cresciam, ele pôde ir assumindo cada vez mais responsabilidades. Na
medida que envelhecia seus pais terrenos foram lhe impondo cada vez mais
responsabilidades e todas elas eram assimiladas por Jesus.
Da mesma maneira o Pai celestial impunha cada vez mais
tarefas para que Jesus as cumprisse. Dessa forma o caráter de Jesus foi sendo
forjado em circunstâncias cada vez mais pesadas e difíceis. Enquanto passava
por provações cada vez mais pesadas, sem cair em nenhuma delas a estrutura
moral de Jesus foi sendo fortalecida por exercícios cada vez mais pesados.
Jesus
venceu a tentação da riqueza e da indiferença
23 E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e
pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo.
24 E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.
25 E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão.
Na Galiléia o ministério de Jesus estava acontecendo de
forma plena.
Mas quando ele volta para sua terra natal veja como ele é
recebido.
54 E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte
que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas
maravilhas?
55 Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria,
e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?
56 E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio,
pois, tudo isto?
57 E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há
profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.
58 E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade
deles.
Nos seus primeiros 30 anos Jesus levou uma vida tão
normal, que em nenhum momento seus contemporâneos desconfiaram de que aquele
carpinteiro era o próprio Deus encarnado.
Os que o conheciam desde a infância ficaram surpresos.
Não entendiam como Jesus era capaz de ensinar e realizar milagres.
Afinal eles conheciam a Jesus. Jesus era um deles. Jesus
era o filho do carpinteiro. Ele mesmo também era carpinteiro (Mc 6.3).
Nem mesmo seus irmãos acreditavam nele (Jo 7.5).
Jesus era tão plenamente humano que mesmo as pessoas que
conviveram com Ele durante 30 anos, e mesmo seus irmãos que conviviam na mesma
casa perceberam quem ele na verdade era.
Esse evento da vida de Jesus nos ensina no mínimo duas
coisas:
1- Esse
evento mostra o autocontrole de Jesus, a ponto de não realizar nenhum milagre
em benefício próprio. De nunca enriquecer sua própria família ou mesmo
ressuscitar seu pai falecido.
Enriquecer usando a pregação da Palavra. Certamente essa
foi uma atitude que Jesus não teve. E mais! É uma atitude que Ele condenaria.
2- Jesus
com suas atitudes nos ensina que se no lugar onde estamos nós não estamos sendo
bem recebidos, devemos sair desse lugar e ser efetivos em outro.
Jesus saiu de Nazaré e foi tocar seu ministério na
Galiléia.
Jesus quer que tenhamos o máximo de nosso rendimento. Se
onde você está, você está se sentido preso, algemado, Se seu ministério não
avança e o que você tem de feed back é somente perseguição... é hora de você
repensar o lugar onde você está. Saia de Nazaré e vá para a Galiléia!
Jesus
viveu de olho na Bíblia
Jesus amava as Escrituras e as leu até decorar tudo!
Em sua missão Ele replicou os grandes milagres da Bíblia
que Ele leu.
Enquanto Israel caminhava pelo deserto Deus fez chover
comida e mandou codornizes para servir de alimento para os peregrinos. Maná era
uma espécie de pão. Codorniz era carne. Maná e codornizes fazem paralelo com
peixe e pães multiplicados.
Ao replicar esse milagre, Jesus se posiciona como Moisés.
Enquanto Israel vivia um momento de terrível seca, a fome atingiu a todos. Foi nesse panorama que Deus usou o ministério de Elias e ressuscitou o filho da Viúva de Serepta.
Em seu ministério Jesus ressuscitou a filha de Jairo e o
filho da Viúva de Naim. Ao replicar esse milagre Jesus se posicona como Elias.
Para que o povo de Israel fosse liberto do Egito, Deus abriu o Mar Vermelho.
Jesus caminhou sobre as águas do Mar da Gililéia.
O rio Jordão ao entrar no Mar da Galiléia não dispersa
suas águas no lago: flui através de um delta sub-aquático.
O fluxo das águas aparecem mais escuros do que as águas
que o rodeiam. Quando Jesus cruza o Mar da Galiléia andando sobre as águas,
também estava cruzando o Jordão.
Na cultura judaica, acreditava-se que o diabo habitava o inferno que era um lugar de chamas.
Mas, segundo a crença judaica, o diabo possui uma segunda
residência: O Mar.
Uma das visões mais evocativas do diabo é a figura do Leviatã, um monstro que habitava águas profundas.
Uma das visões mais evocativas do diabo é a figura do Leviatã, um monstro que habitava águas profundas.
Os antigos escritos descrevem as profundezas abissais como
um lugar habitado pelo diabo. Quando Jesus anda sobre as águas do mar, esse
fato é compreendido como Jesus pisoteando satanás ao andar sobre sua casa, as águas
profundas do mar.
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