sábado, 10 de outubro de 2015

O DNA DE JESUS CRISTO

A personalidade de Jesus fazia perfeita leitura dos eventos a sua volta. 

Na noite em que Jesus acalmou a tempestade e o mar, os discípulos estavam acordados e Jesus estava dormindo.
Na noite em que Jesus suou grandes gotas de sangue, os discípulos estavam dormindo e Jesus estava acordado.
Existe hora de dormir e hora de estar desperto. O discípulo sempre perde quando não sabe ler as entrelinhas da aventura de se andar com Cristo.

No Getsêmane, três discipulos estavam dormindo mas somente Pedro recebe a bronca. Era pra Pedro que Jesus havia dado as chaves do reino.
Quem a muito é dado, muito será cobrado.

Por muitas vezes Pedro se comportou como alguém que não merecia a confiança de Jesus. Muitas vezes eu pensei: “então, porque Jesus não substituiu Pedro?”
Mas Jesus sabia de uma coisa: O espírito de Pedro tinha uma missão para cumprir nessa vida! Jesus não iria perder Pedro. Iria continuar insistindo com ele. Pedro era uma peça importante para a realização de seus planos. Pedro era um membro, e não uma prótese.
Se você perde um membro, você pode colocar uma prótese.
A prótese cumpre todas as funcões do membro, mas a prótese não tem a vida da cabeça.
No corpo de Cristo não basta ter funcionalidade. Tem que ter a vida do Cabeça da Igreja.




15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;



É Pedro quem tem a revelação de quem Jesus é: “tu és o Cristo”.
Quando Pedro descobre quem Jesus é, Pedro recebe uma revelação de quem ele é: “Pedro, tu és Pedro”.
Quando descobrimos quem é Jesus, também ficamos sabendo quem nos somos.
Jesus é o Cristo. Nós somos apenas nós mesmos.
Jesus da tarefa a Pedro, mas não se nivela com ele.

“tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.

A igreja é de Cristo, e não de Pedro. Pedro é comissionado à igreja, mas deve obediência ao Senhor dela.
Jesus não deu posses a Pedro, mas atribuições, trabalho.
Certamente o trabalho nos dará melhores condições financeiras. Todavia o princípio espiritual nunca muda: Você não pode ter mais coisas do que tem de entendimento. Posses e entendimento tem q se equilibrar. Se não for assim você passa a servir as coisas.


  
Jesus venceu as tentações

Hebreus 4:15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

O escritor de Hebreus está afirmando que Jesus foi tentado como nós somos tentados.
Considerando que Jesus era o próprio Deus, isso parece uma contradição quando comparamos com:

Tiago 1:13 – “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”.

Todavia esses dois textos quando analisados em paralelo, prova apenas que Jesus possuía uma alma 100% humana. E sua alma humana possuía vontades como toda alma humana.
Havia na alma de Jesus 613 desejos.
1 desejo pelo Criador e 612 desejos por tudo o mais. O que Jesus fez durante o aprendizado da obediência foi convergir os 612 desejos para se curvarem ao desejo pelo Criador. Ele anulou todas as suas vontades para que a vontade pelo Pai prevalecesse.



Sentia sede.

João 19:28 – “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede”.

Sede é uma sensação mais básica do que a fome, afinal o corpo humano tem mais água do que massa solida. 70% do corpo humano é composto de água.
Jesus bebia água, mas você acha que não precisa!
Viva bem! Beba 3 litros de água por dia.
Jesus era um ser humano e se comportava como tal. Seja um ser humano também.


Sentia fome.

Mateus 4:2 – “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome”.

40 dias sem alimento leva o ser humano ao limite físico da existência. Além disso ocorrem danos físicos irreparáveis caso o jejum prossiga.
A tentação de Jesus era intensificada pelo fato de que ele sabia que morreria, caso não comesse logo.

Lucas 4.3 - “Se é filho de Deus, manda que essa pedra se transforme em pão”.

Se Jesus tivesse recorrido aos seus poderes divinos, ele teria tornado mais fácil para si a vitória sobre a tentação, não encarando as dificuldades da vida como homem, mas como Deus. A tentação não era quebrar o jejum, mas fraudar seu temporário estado de humanidade.
Dessa forma concluímos que Jesus não tem uma vitória somente sobre o diabo. A grande vitoria de Jesus foi vencer a Si mesmo.
Porque na verdade, do que adianta vencer o diabo e perder para si mesmo? Do que adianta pregar bonito mas cair na tentação de receber a glória para si?
Do que adianta usar o poder de Deus para levar vantagens pessoais?
Essa foi a grande tentação que Jesus venceu. Ele não levou vantagem pessoal através do poder de Deus que o habitava.
Jesus recebeu todo o poder pelo caminho da obediência humilde ao seu Pai, nunca pela submissão ilícita ao Príncipe das Trevas.

Mateus 4:11 – “Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam”.

Os sanjos certamente lhe trouxeram alimentos e cuidaram da situação física dele. Após 40 dias sem alimento e sob forte pressão espiritual, Jesus estava debilitado e precisava de forças para sair do deserto.
Não dava tempo de sair de onde ele estava e chegar à cidade. Ele precisava de comida, água e cuidados especiais. Ele ficou até o último segundo possível, na segurança de os Virtudes cuidariam Dele.

Existe uma abordagem alimentar nos Evangelhos.
Talvez você não coma uma refeição feita por anjos, como Jesus comeu, mas, isso não é desculpa para se alimentar mal.
Coma bem. Se preocupe com a qualidade do que você ingere. Leia embalagem, rótulos, afaste-se dos excessos.
Seja um ser humano.


Possuía limitação física

Marcos 15:21 – “E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz”.

Jesus era fisicamente limitado e aceitava ajuda de terceiros.
Ele era o criador amparado pelos ombros de sua criatura.
Existe momentos na nossa vida que precisamos do próximo. Não existe nada de ridículo nisso, nem de feio.
Não existe nada mais nobre que assumir que precisamos uns dos outros!

Em suas horas finais Jesus chama seus discípulos para a oração. Todos estavam cansados da viagem e agora estavam sonolentos por causa do jantar e do vinho que haviam bebido. Todos dormiram. Pedro, o mais evidente dos discípulos está profundamente adormecido. Jesus enfrenta sozinho a hora mais dura de sua vida.
Se naquele momento de angústia, Jesus tivesse insistido em sua própria vontade, em detrimento da vontade do Pai, certamente nunca teríamos uma historia da Igreja, ou talvez nem mesmo universo teríamos, pois tudo seria sugado para o caos!
Jesus tinha poder para decidir seu próprio futuro. Se ele tivesse de fato invocado as 12 legiões de anjos que ele disse ter a sua disposição (72 mil anjos), certamente aquele lugar seria palco da mais fabulosa guerra santa que já se fez. Uma guerra mais beligerante que àquela que desarticulou os planos da antiga serpente, quando ainda o diabo era conhecido pelo nome de Lúcifer.
Não sabemos o resultado dessa guerra. Certamente Jesus venceria ali! Mas, e o futuro da redenção, como seria. A mente fica confusa, pois não conseguimos conceber outra história senão aquela que já havia sido escrita antes da fundação do mundo.

Nas cenas seguintes vemos Pedro fazendo o que nenhum anjo fez. Pedro saca e tenta fazer justiça com as próprias mãos. Tenta impor o reino pelo caminho da força e da imposição. Logo em seguida, aquele que sacou a espada está negando Jesus.

É sintomático: nunca caímos em público sem que antes tenhamos caído em particular.

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M. e. César de Aguiar

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