Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução literal é: o espírito da
época, o espírito do tempo ou sinal dos tempos. É o conjunto do clima
intelectual e cultural do mundo, que de forma inequívoca controla determinada
época da história. São as características básicas e genéricas de um determinado
período. Em suma: é a forma como o mundo é percebido pelos seus habitantes.
Não se trata de uma forma engessada ou aprisionada de se perceber e
interagir com o sistema; é muito mais! Trata-se de uma força invisível e
intocável que controla os passos da história, influenciando de forma definitiva
o conceito e a forma como os personagens desempenham seus papeis no palco da
existência.
Podemos perceber que Zeitgeist, por definição é uma busca por conceituar
o Véu da Realidade usando outros parâmetros de observação. Sem muito esforço
intelectual percebemos que enxergamos o mundo pelo caleidoscópio que nos foi
conferido pela cultura, arte, sociedade, economia, religião...
Vivemos em um mundo dirigido por um governo invisível que nos envolve
através de uma força gravitacional poderosíssima para nos fazer enxergar o que
ele quer que enxerguemos.
Tal qual as águas do fundo de um lago que envolve todos os movimentos e
a visão de um mergulhador, esse governo invisível envolve a cultura social,
levando todos a enxergar através de suas lentes e se movimentar pelos
predicados da sua influência.
Que governo invisível é esse? Como defini-lo? Como entendê-lo? Quem é o
ser que se assenta sobre o trono desse reino invisível?
O reino invisível de Zeitgeist é imagem avessa do Reino de Deus.
O Reino dos Céus, que se assenta sobre a superfície do lago, é um
governo perfeito em todas as suas nuances. É governado pelo poder invisível de
uma força que tem a habilidade de regenerar e elevar a consciência cósmica de
todos os seus súditos.
De um lado, sob a turbidez das águas do Lago das Águas Primordiais, se
encontra o mundo sob a definição de Zeitgeist. Do outro lado, e sob a
superfície do Lago, os habitantes que romperam o tecido do Véu da Realidade
estão imersos na claridade da Luz Eterna.
Sob o Véu, os habitantes são controlados pelo poder dos cinco sentidos.
Ao romperem o Véu, são conduzidos como pluma ao vento, sob o governo da
percepção dos seis sentidos do corpo espiritual. “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde
vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo
3:8).
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA
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