“Sabemos que somos de Deus, e que
o mundo todo jaz sob o Maligno. Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu
entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que
estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5:19,20).
A resposta fica cada vez mais clara!
O mundo sob o Lago é dominado por alguém que tem nome e história.
Podemos estudá-lo, vencê-lo e enterra-lo sob seu reinado finito. “Para nós, não há luta contra a carne e o
sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais.” (Efésios 6:12)
A palavra ‘Jaz’ trata-se de uma palavra da língua portuguesa que serve
para definir de forma muito clara aquilo que esboçamos acerca do domínio do Véu
da Realidade.
No português, ‘JAZ’ é uma palavra que está na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo do verbo jazer e tem origem no latim: ‘jaceo
+ ere’, que faz referência a “estar estendido” ou mesmo “estar na cama doente”.
O verbo ‘jazer’ também significa: “estar morto” ou “sepultado”. A palavra se
relaciona com o ato de estar ‘situado em’, no sentido de ficar ou permanecer. É
uma palavra que pode ainda representar algo que está fundado ou apoiado em
outra coisa.
O significado dessa palavra tem muita proximidade com a morte.
Nas lápides dos cemitérios, a inscrição: “aqui jaz”, é muito comum e até
mesmo adequada.
“Sabemos que somos de Deus e que
o mundo inteiro jaz no maligno”. “Nos quais o deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos”
(2Co 4. 4).
A expressão: “jaz no maligno” indica que o mundo está sob o domínio do
Mal, e dado como morto.
O mundo nada mais pode fazer, senão, como um defunto, aceitar o domínio
do monstro invisível.
Mas será que não há esperança?
É nesse contexto de morte, sob a lápide do Véu da Realidade, que Jesus
expressa sua mensagem. Uma boa nova que pode mudar todas as coisas: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim,
nunca morrerá” (Jo 11:25,26).
A história de Lázaro nos empresta uma metáfora perfeita para percebermos
que rasgando o Véu (remover a pedra), a luz Divina pode invadir a escuridão e
destruir as sombras.
Todavia, perceber que existe um mundo perfeito além do Véu, não é o
suficiente para se viver a vida de verdade.
Muitas pessoas percebem esse domínio invisível. Muitos estão conscientes
e convencidos de que uma força sobre-humana existe e conduz a marcha da
história. Conscientes do domínio, tais pessoas passam acreditar em toda espécie
de teoria da conspiração. Alguns dizem que o governo invisível é desempenhado
por sociedades secretas, outros creem que se trata de ignorância e que o
caminho da profundidade filosófica é a solução. Todavia não existe eficácia
nesse conhecimento, senão arrogância de poder afirmar: ‘- agora eu sei’!
O que fazer com esse conhecimento? Como romper com o Zeitgeist?
Conhecer os fatos sobre o domínio do Reino das Trevas não é suficiente
para se libertar dele. Quem está convencido da existência do mundo que ‘jaz sob
o maligno’, apenas vive uma vida mais triste que aqueles que não sabem de nada.
Nas palavras de Salomão: “Porque na muita
sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor”
(Ec 1:18).
O Véu é dinâmico e seus dominadores gargalham dos que julgam saber
demais. O Véu muda de aparência e os pobres pseudo-sábios continuam vivendo sob
uma outra manifestação do Véu: aquela em que o Véu continua sendo Véu enquanto
cria a ilusão de que não está mais ali. Algo que nas histórias em quadrinhos é
chamado de Manto da Invisibilidade. Parece que não tem nada ali, e nem mesmo o
manto é visto, mas tudo se trata apenas de uma ilusão causada por um artefato
com poder de esconder a realidade sob outra camada.
Voltando à história de Lázaro podemos perceber que o ato definitivo no
processo de ressuscitar, não estava no ato remover a pedra ou na invasão da luz
no interior do mausoléu.
Lázaro ressuscitou porque ouviu a voz que o chamava do mundo dos mortos;
“portanto, como diz o Espírito Santo: Se
ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 3:7,8).
O ato definitivo para a ressurreição não é apenas uma evolução de
consciência.
A salvação se processa no ato de ouvir e atender aquela voz que fala
diretamente ao cerne da existência.
Jesus é o único que tem o poder sobre o mundo dos que jazem sob o
Maligno. “- Lázaro, sai para fora. E o
defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto em
um lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir” (Jo 11:43,44). “Pois Deus, que disse: ‘Das trevas
resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Co 4:6).
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA
Nenhum comentário:
Postar um comentário