quinta-feira, 17 de julho de 2025

O MUNDO JAZ NO MALIGNO

 



“Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno. Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5:19,20).

A resposta fica cada vez mais clara!

O mundo sob o Lago é dominado por alguém que tem nome e história. Podemos estudá-lo, vencê-lo e enterra-lo sob seu reinado finito. “Para nós, não há luta contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:12)

A palavra ‘Jaz’ trata-se de uma palavra da língua portuguesa que serve para definir de forma muito clara aquilo que esboçamos acerca do domínio do Véu da Realidade.

No português, ‘JAZ’ é uma palavra que está na terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo jazer e tem origem no latim: ‘jaceo + ere’, que faz referência a “estar estendido” ou mesmo “estar na cama doente”. O verbo ‘jazer’ também significa: “estar morto” ou “sepultado”. A palavra se relaciona com o ato de estar ‘situado em’, no sentido de ficar ou permanecer. É uma palavra que pode ainda representar algo que está fundado ou apoiado em outra coisa.

O significado dessa palavra tem muita proximidade com a morte.

Nas lápides dos cemitérios, a inscrição: “aqui jaz”, é muito comum e até mesmo adequada.

“Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno”. “Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos” (2Co 4. 4).

A expressão: “jaz no maligno” indica que o mundo está sob o domínio do Mal, e dado como morto.

O mundo nada mais pode fazer, senão, como um defunto, aceitar o domínio do monstro invisível.  

Mas será que não há esperança?

É nesse contexto de morte, sob a lápide do Véu da Realidade, que Jesus expressa sua mensagem. Uma boa nova que pode mudar todas as coisas: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá” (Jo 11:25,26).

A história de Lázaro nos empresta uma metáfora perfeita para percebermos que rasgando o Véu (remover a pedra), a luz Divina pode invadir a escuridão e destruir as sombras.

Todavia, perceber que existe um mundo perfeito além do Véu, não é o suficiente para se viver a vida de verdade.

Muitas pessoas percebem esse domínio invisível. Muitos estão conscientes e convencidos de que uma força sobre-humana existe e conduz a marcha da história. Conscientes do domínio, tais pessoas passam acreditar em toda espécie de teoria da conspiração. Alguns dizem que o governo invisível é desempenhado por sociedades secretas, outros creem que se trata de ignorância e que o caminho da profundidade filosófica é a solução. Todavia não existe eficácia nesse conhecimento, senão arrogância de poder afirmar: ‘- agora eu sei’!

O que fazer com esse conhecimento? Como romper com o Zeitgeist?

Conhecer os fatos sobre o domínio do Reino das Trevas não é suficiente para se libertar dele. Quem está convencido da existência do mundo que ‘jaz sob o maligno’, apenas vive uma vida mais triste que aqueles que não sabem de nada. Nas palavras de Salomão: “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor” (Ec 1:18).

O Véu é dinâmico e seus dominadores gargalham dos que julgam saber demais. O Véu muda de aparência e os pobres pseudo-sábios continuam vivendo sob uma outra manifestação do Véu: aquela em que o Véu continua sendo Véu enquanto cria a ilusão de que não está mais ali. Algo que nas histórias em quadrinhos é chamado de Manto da Invisibilidade. Parece que não tem nada ali, e nem mesmo o manto é visto, mas tudo se trata apenas de uma ilusão causada por um artefato com poder de esconder a realidade sob outra camada.

Voltando à história de Lázaro podemos perceber que o ato definitivo no processo de ressuscitar, não estava no ato remover a pedra ou na invasão da luz no interior do mausoléu. 

Lázaro ressuscitou porque ouviu a voz que o chamava do mundo dos mortos; “portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 3:7,8).

O ato definitivo para a ressurreição não é apenas uma evolução de consciência.

A salvação se processa no ato de ouvir e atender aquela voz que fala diretamente ao cerne da existência.

Jesus é o único que tem o poder sobre o mundo dos que jazem sob o Maligno. “- Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto em um lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir” (Jo 11:43,44). “Pois Deus, que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Co 4:6).


Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA

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