“Depois disto, tornou a pôr-lhe
as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu
a todos claramente”.
Jesus curou o cego tão além da conta que foi necessária uma ‘revisão’
para baixar a capacidade da visão daquele homem. Perceba que ao executar a
segunda etapa, Jesus faz o homem olhar para cima, objetivando naturalmente
conferir a esse homem a primeira percepção sob o Véu da Realidade.
Na primeira vez, o ex-cego não olhou para cima. Ele olhou na
horizontalidade e contemplou os homens tal qual eles são: como árvores. Na
segunda vez Jesus orienta que ele olhe para cima, para o céu.
O curado de Betsaida olhou para o Céu e novamente somos remetidos ao
Gênesis: “No princípio criou Deus o céu e
a terra” (Gn 1:1). O homem olha para o céu e para todo o firmamento que
está sob o Lago das Águas Primordiais: “E
fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da
expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi” (Gn 1:7).
Existe água em cima e existe água em baixo, e, mergulhados sob a
turbidez das águas, todos nós percebemos a realidade de forma equivocada. Vemos
os homens como bonecos de carne e cabelos, com alguns ossos aparentes; enquanto
na verdade os homens são um complexo feixe de energia que se organiza sob o
formato de ‘arvores que andam’.
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA
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