quinta-feira, 17 de março de 2022

OS PRIMEIROS SEGUNDOS DO UNIVERSO SEGUNDO AS ESCRITURAS

“Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; Ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro” (Is 45.18). Esse versículo parece contradizer Gênesis 1, versículo 2 que diz que a terra era informe e vazia. Todavia não há contradição quando compreendemos o primeiro dia da criação. Especificamente os primeiros segundos da criação!

A nucleossíntese elementar foi iniciada no Universo já em seu primeiro segundo de vida. Toda a criação começou a partir das primeiras moléculas de hélio e hidrogênio.

A expressão bíblica: “Separação entre águas e águas” (Gn 1:6) fala desse fenômeno físico-químico, visto que o hidrogênio se organizou em nuvens no firmamento cósmico relampejando a energia da grande explosão. O hidrogênio majestosamente organizado aguardava pelo encontro com outros átomos e outras moléculas.

No futuro do infante Universo, a água se formaria a partir desse encontro: o choque entre nuvens de hidrogênio e oxigênio (H2O).

Nos momentos mais primitivos do cosmo, a terra era sem forma e vazia: um caos com um aspecto de sopa de elementos químicos. Naquele momento a tarefa do Espírito de Deus era organizar a bagunça cósmica.

Antes que o primeiro segundo virasse os ponteiros do relógio do tempo como é percebido em nosso planeta, matéria e energia era uma coisa só. E todas as Quatro Forças do Universo estavam embrulhadas em um único lugar.

Antes de se completar o primeiro segundo de existência, o universo já havia se expandido em um espaço de aproximadamente um bilhão de quilômetros e a Energia Inicial da explosão fragmentou o ‘embrulho’ das Quatro Forças Elementares em: Eletromagnetismo, Força Nuclear Fraca, Força Nuclear Forte e Gravidade.

As forças que sustentam todo o universo material ao se ‘desenrolarem’ daquele mistério criativo passaram atuar direta e ativamente sobre o funcionamento de tudo o que existe em cada ponto distante do universo.

Antes da Grande Explosão, todo o Universo cabia na ponta de um alfinete sendo uma singularidade infinitamente pequena. Naquele ponto singular, as Quatro Forças estavam enroladas sobre si mesmas confinadas em um único lugar.

Naquele momento, as leis da Relatividade ainda não poderiam ser aplicáveis, afinal, a Luz, única constante do universo, ainda não havia se estabilizado e o cosmo se expandiu mais rápido que ela mesma. Imediatamente após o Big Bang, a primeira força a se desdobrar das demais foi a Força da Gravidade.

A Força da Gravidade é a mais fraca das Forças Cósmicas, mesmo sendo a interação de mais longo alcance entre as quatro. Ela tem influência sobre toda a matéria e sobre toda energia em todos os pontos do Universo dependendo exclusivamente da massa dos objetos para estabelecer sua interação. Por causa de seu longo alcance, a Gravidade é responsável pelos fenômenos de abrangência cósmica como Buracos Negros, a expansão do Universo e a organização de galáxias inteiras. Ela também é responsável pelos fenômenos do dia a dia, como a aceleração que uma maçã atinge ao se desprender do galho até tocar o solo. A Gravidade está presente no nosso dia a dia planetário e cósmico.

A Força Eletromagnética atua na interação dos prótons e elétrons com alcance ilimitado em todo o cosmo. Não fosse o eletromagnetismo atuando sobre a Gravidade, toda a massa do universo, inclusive nosso corpo físico seria uma única massa aglomerada em torno de toda a massa do universo. Por ser mais forte que a Gravidade, o Eletromagnetismo garante a coesão independente dos corpos.

Lembre-se de que tudo no universo é composto por átomos e por isso a maior parte da matéria é composta de espaços vazios (recorde-se do modelo atômico e perceba a distância entre prótons, elétrons e nêutrons). É o Eletromagnetismo que impede você de atravessar paredes ou de permanecer incólume após uma bala de fuzil atravessar seu corpo.

Mais poderosa que a Gravidade e o Eletromagnetismo, A Força Nuclear Fraca atua em alguns fenômenos na escala do núcleo do átomo, tais como o decaimento beta. No interior do núcleo atômico acontecem fenômenos ligados à estabilidade nuclear, como a radioatividade e o decaimento de partículas nucleares; a Força Fraca é a responsável pelo equilíbrio desse tipo de interação.

A Força Nuclear Forte é bem mais poderosa que a Gravidade, que o Eletromagnetismo e a Força Nuclear Fraca. É ela quem suporta a coesão nuclear. É ela que mantém os átomos unidos. É ela quem sustenta o paradoxo da matéria.

Perceba que o eletromagnetismo é repulsivo quando partículas possuidoras da mesma polaridade estão próximas umas das outras. O núcleo atômico é basicamente constituído de nêutrons (que não possuem carga elétrica) e prótons (que possuem carga elétrica positiva). Se o núcleo atômico possui prótons ocupando um espaço apertado, fazendo com que repousem muito próximos uns dos outros, o que deveria acontecer? Use a lógica do eletromagnetismo e entenda que por terem cargas elétricas idênticas os prótons deveriam se repelir. Polos idênticos se repelem enquanto polos opostos se atraem.

Obedecendo a lei do eletromagnetismo, o núcleo atômico deveria perder sua estabilidade e coesão pela ação do afastamento dos prótons do núcleo.

Sem a existência de uma força maior que o eletromagnetismo, a existência da matéria seria algo impossível.

A explicação para que os prótons se mantenham coesos e a matéria exista de forma organizada, é a atuação de uma força mais intensa, atuando no sentido oposto à força do eletromagnetismo.

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Cesar de Aguiar

do livro Gênesis Desvendado

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