“E
esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há
nele trevas nenhumas” (1Jo 1.5).
Porque (?), dentre todos os elementos presentes no mundo manifestado, o
Criador, no ato de definir a Si mesmo, escolheu a LUZ como elemento nomeador de
sua natureza?
Na aurora dos tempos, tudo que foi criado estava imerso na mais absoluta
escuridão. Tudo era disforme e vazio. Embora o universo não estivesse
abandonado à própria sorte, certamente, o Espírito de Deus não iria ficar pelas
eternidades pairando sobre a face das águas.
Uma faísca da energia do Criador foi manifestada e seu poder organizou
todos os elementos da manifestação que jazia oculta pela escuridão. A LUZ foi
criada objetivando a definitiva derrota do reinado das trevas.
Somente a LUZ possui massa, energia e velocidade infinita. Somente a LUZ
detém as propriedades impossíveis de serem copiadas e domesticadas pelos
homens. “A qual a seu tempo mostrará o
bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem
nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno.
Amém” (1 Tm 6:15,16).
‘- Qual é a única força imutável e constante de todo o universo?’ ‘- A
Luz’.
A LUZ está para além de ser o elemento que melhor simboliza a natureza
de Deus. Ela é uma parte do poder ativo do Criador manifestada não só para o
mundo dos sentidos. A LUZ transcende os limites das sensações físicas e mentais.
A mesma luz que atua sobre o corpo físico também é percebida pelo homem
astral. Esse homem espiritua é aquele que atua como o guerreiro que luta a
batalha de vencer e subjugar o corpo da carne.
O homem é um microcosmo.
Partindo da compreensão do princípio de correspondência entre terra e
céu, sabemos que no homem se manifestam todas as forças e propriedades do
universo, postulado que matéria e espírito são correspondentes.
O homem é um cidadão de dois mundos, híbridos de matéria e espírito,
terreno e celestial. Ele é o único ser que traz em si, ambas as partes das
dimensões da criação.
No homem reside a evolução plena de todos os reinos criados: mineral,
animal e espiritual.
A LUZ se manifesta ao espírito e à matéria sempre da mesma maneira. Ela
não muda de forma para ser percebida pelos dois polos da dicotomia.
Conforme o texto do Novo Testamento, Deus é o Pai das Luzes, o
progenitor da energia que cede vida a tudo o que existe. “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17).
A nossa luz visível é uma manifestação da Luz o Pai das Luzes. A luz que
fala aos olhos da carne é a mesma que ilumina o interior da residência do
espírito.
Estando aberta as janelas da alma, a luz pode invadir o ambiente e
iluminar o corpo estelar.
“E a cidade não necessita de sol
nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem
iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21:23). Em um nível mais elevado da criação, rompida a barreira do
tempo, sendo nós admitidos no reino da eternidade, a Luz é o elemento que
reveste a aparência do Cordeiro.
O espírito do homem foi criado do tecido da luz, sendo que para a
perpetuação da sua luminosidade, o ser astral deve receber a Luz do Criador.
Diante da irradiação da ‘chama de luz’, o corpo da carne se despedaça, deixando
vazio o trono do controle do ser.
Enquanto o corpo físico domina a alma, o corpo astral fica acorrentado e
impedido de se movimentar na direção da evolução aos níveis superiores.
É impossível escalar a Escada de Jacó enquanto estiver acordado em sua
carnalidade e racionalidade sensorial. Assim como Jacó, o homem deve dormir e
sonhar. Deve se desligar do mundo manifestado e adentrar no salão onde os anjos
sobem e descem pela escada da evolução espiritual.
A alma é o avatar de dois corpos. Ela quase sempre faz a opção errada em
privilegiar a natureza densa e grosseira; perdendo assim, a conexão primitiva
com o Pai dos Espíritos.
O ‘nascido de novo’ deve buscar, bater e procurar. Aquilo que ele busca,
também o está buscando.
Que o aprendizado percebido pelos ouvidos da carne descortine os
caminhos do labirinto da alma e encontre o corpo da evolução.
“Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça” (Mt 11:15).
O espírito diz à carne: 'sois sombra, pois então, amarre seu tecido ao
meu. Ligue-se a mim pelo fio de prata e não se afaste mais. Seja a sombra do
que eu sou, a manifestação do que eu devo ser. Seja
rápido no tempo’, “Antes que se rompa o
cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à
fonte, e se quebre a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12:6,7).
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
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