Isaías 43:25 – “Eu, eu
mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus
pecados não me lembro”.
Sem um
conhecimento abrangente das Escrituras é impossível compreender esse versículo
de forma eficiente. Para perfeita compreensão, nós devemos ler esse versículo
sob a influência do espírito das Escrituras.
Uma análise
do contexto nos leva a perceber que Deus está tratando do relacionamento com um
povo que Ele escolheu para chamar de Seu. Trata-se de uma conversa muito pessoal
entre Deus e a Sua nação escolhida. Nessa conversa, o Senhor expressa um
profundo desejo de que o Seu povo se arrependa de seus maus caminhos. Deus
expressa sua vontade: Ele quer que seu povo se volte para Ele.
Os versículos
25 e 26 de Isaías 43 faz uso de linguagem antropomórfica. Deus está usando uma
característica humana para traduzir um sentimento comum aos seres humanos. Como
o ser humano não compreenderia o que de fato se passava na mente do Criador,
Deus resolve a questão usando uma linguagem que o homem entenderia.
Todas as
passagens bíblicas onde Deus é apresentado como aquele que vai se esquecer dos
nossos pecados pode ser interpretada assim: Deus jamais vai permitir que o
conhecimento daquele pecado cometido viesse exercer qualquer influência sobre a
saúde de nossa relação com Ele. Para Deus, o pecado após ser perdoado, perde o seu
efeito condenatório. Sem o efeito condenatório o dano não tem razão para ser
lembrado. Enfim, o que não precisa ser lembrado pode ser esquecido.
Todavia
sabemos por definição que perdoar não é esquecer. O dito popular: ‘quem perdoa,
esquece’, não é verdadeiro! Perdoar é outra coisa: perdoar é riscar a cédula de
dívida. “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de
nós, cravando-a na cruz” (Cl
2:14).
Quando
oferecemos perdão devemos imitar a forma de Deus agir. As ofensas que sofremos
devem ser perdoadas e ainda que nos lembremos delas, devemos ser firmes em
nossa decisão de manter o perdão ativo. Com o tempo, essa decisão naturalmente
nos leva a pensar cada vez menos no evento que causou o dano. Quando a
lembrança do mal te assaltar, mantenha a decisão de perdoar.
Perdoar é um
milagre que resolvemos realizar várias vezes sobre o mesmo evento. Nas palavras
de Tertuliano: “Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser
feliz para sempre? Perdoe”.
O
esquecimento é natural quando se decide perdoar setenta vezes sete (Mt 18:32).
Embora a ofensa não seja excluída de “nosso HD”, o tempo vai apaziguando os ânimos
e cicatrizando as feridas.
Faça como
Deus faz: risque a cédula de dívida e continue seguindo em frente, com o
coração pronto para uma nova ferida!
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César de Aguiar
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