quarta-feira, 6 de maio de 2015

A EXISTÊNCIA DE DEUS - parte 2




















 O argumento Antropológico – o testemunho do Homem

A sede física é um testemunho do corpo. Sentimos sede porque a água existe.
Salmos 42:2 – “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?”

A sede da alma indica que existe uma água viva que pode sacia-la.
A alma não sentiria sede daquilo que não existe.
Naturalmente homens e animais possuem senso do certo e do errado. Essa consciência elementar é absorvida de uma consciência maior sustentadora.
Sem essa consciência o mundo seria um absoluto caos e entraria imediatamente em colapso.


 O argumento Histórico – a história da Humanidade

Charles Bradlaugh, o ateu mais notável da Inglaterra desafiou o pastor Charles Hugh Price para um debate. Desafio aceito, o pregador respondeu ao ateu da seguinte maneira:
“como bem sabemos, o homem convencido contra sua própria vontade, mantém sempre seu ponto de vista.”
E prosseguiu dizendo que para o debate iria trazer 100 pessoas que tiveram sua vidas transformadas pela fé em Deus. E desafiou o ateu a fazer o mesmo, que trouxesse também 100 pessoas que testemunhassem acerca das coisas maravilhosas que o ateísmo havia feito por elas. Se 100 fosse difícil o ateu poderia trazer 20 pessoas, que contassem suas experiências com as convicções ateístas, e o que de positivo essas convicções trouxeram à vida pessoal delas.
O pregador continuou dizendo que ele manteria sua proposta de trazer 100 pessoas, mesmo que o ateu trouxesse apenas 10.
O maior testemunho da história é a tão grande nuvem de testemunhas que testificam acerca daquilo que Deus faz de forma direta na historia pessoal de suas vidas.


A Crença Universal - o Consenso Comum

Todas as raças humanas, por mais primitivas que sejam, possuem uma concepção de religião.
Certa ou errada essa manifestação religiosa é fruto do espírito humano.
O espírito mortificado pelo pecado clama por novo nascimento. Esse clamor produz no homem a necessidade de cultuar alguma divindade.
É missão nossa, da igreja, assim como foi de Israel um dia, cuidar que essas pessoas sejam conduzidas para o caminho certo.
Mateus 9:36-38 – “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.
Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
“Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.”
Os que negam a existência de Deus parecem acreditar que um grupo de teólogos, um dia na história, se reuniram numa sessão secreta e elaboraram uma idéia do seria Deus e depois usaram essa criação para enganar e oprimir os menos inteligentes.
Os teólogos não criaram Deus, da mesma maneira que o botânico não criou as flores e o astrônomo não criou as estrelas.
Assim como as flores e os astros, Deus é uma constatação.
E sua influência no universo pode ser notada em todos os lugares, inclusive na criação das estrelas e nas vestimentas das flores.
Não crer em Deus é sinal claro de que em um momento da existência esse homem esmagou os sentimentos mais primitivos e profundos do seu ser.
Nesse sentido, o ateísmo é um crime contra o espírito humano. É suicídio da alma.
O ateísmo está em rota de colisão contra o único fundamento soberano de toda moral, amor, bondade, ética e justiça do Universo – Deus!


Ateus práticos e teóricos e agnósticos

Práticos

Esses são aqueles que simplesmente são pessoas não religiosas, que vivem como se Deus não existisse. Que fogem da discussão religiosa e que não se interessam pela transcendência.


 Teóricos

Esses são intelectuais e baseiam sua filosofia de vida em um rebuscado sistema de raciocínio.
Buscam apoio na ciência e na filosofia para provarem seus conceitos.
Acham nisso uma forma de imposição ideológica e geralmente se referem ao conceito religioso de forma jocosa.
Esse é um estado de perversão resultante de alguém que deseja fugir de Deus, que suprime os anseios mais elementares da alma e vive em um interminável e penoso conflito existencial.
 “O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida.” (Martin Luther King)


Agnósticos

Agnóstico é aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. Os agnósticos são seguidores da doutrina denominada “agnosticismo” que considera inútil discutir temas metafísicos, pois são realidades não atingíveis através do conhecimento.
Para os agnósticos, a razão humana não possui capacidade de fundamentar racionalmente a existência de Deus.
Um agnóstico pode ser teísta ou ateísta. Um agnóstico teísta admite que não tem conhecimento que comprove a existência de Deus, mas acredita que Deus existe ou admite a possibilidade de que pode existir.
Por outro lado, o agnóstico ateísta também admite não possuir conhecimento que comprove a não existência de Deus, mas não acredita na possibilidade que Deus exista.

Diferença entre agnóstico e ateu

Num sentido religioso, agnóstico é aquele que não acredita na existência de Deus, porém não nega essa possibilidade, por se encontrar num patamar racionalmente inacessível.
 Diferente do ateu que nega a existência de Deus ou de qualquer entidade superior.


CONCLUSÃO

Impossível não ser nada!O homem sempre fará sua escolha religiosa.
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, agora o homem está criando um Deus à sua própria imagem e semelhança.
Um Deus que nasce de seu próprio ventre mas que exige adoração.
E dessa forma o homem se adora, se presenteia. Se premia. Se louva.
Longe de afirmar que os salvos não devem frequentar esses lugares.
O que afirmo é que esses lugares são ambientes adequados para o culto a si mesmo.
E alguns frequentam as mesmas igrejas que nós, mas de forma alienada, de forma abstrata, pois o Deus que eles servem foi gerado nas entranhas de sua própria imaginação.
Outros vêm Deus implícito na ordem social. Na justiça e na segurança pública.
Dessa forma sua adoração é dirigida muito mais a um idealismo político do que ao Deus Eterno.
Um Deus impessoal e que não corresponde aos anelos do coração humano.
Nenhum argumento é suficientemente capaz de convencer o pecador a se converter.
O Espírito Santo faz isso.
Através da igreja.

1 Coríntios 2:4-5 – “E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”
Em um mundo de pecado, a sabedoria humana e argumentação sem o óleo do Espirito, é incapaz de abrir os olhos dos que estão cegos em seus pecados.

2 Coríntios 4:4 – “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”
A igreja é um dos principais organismos responsáveis pela propagação do ateísmo.
Toda maldade feita em nome de Deus, toda apostasia e toda opressão praticada em nome da fé, banalizou e prostituiu o conceito do Sagrado.
Um famoso ateu disse o seguinte
“Ateus podem fazer maldades, mas não fazem maldades em nome do ateísmo”. (Richard Dawkins)


Não apenas por palavras, mas por obras a igreja de Cristo deve ocupar seu lugar no universo.
A igreja deve ocupar o lugar das estrelas e falar mais alto que a criação.
Deve ocupar o lugar da natureza e falar mais alto que os rios e os mares.
“senão as pedras clamarão”

Mas as pedras não querem clamar (não que não possam... terremotos são o clamor das pedras). Elas podem clamar... mas não querem.
Por isso “a natureza geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus”.
A igreja é a principal exibição de Deus. Somos como jóias em um mostruário. O pano de fundo é negro e isso só faz destacar a beleza das jóias.
Ao pregarmos o Evangelho devemos preferencialmente apresentar o Deus Verdadeiro sem ocultar nenhum de seus atributos.
O Totalmente Outro que se relaciona com o homem numa dimensão superior à dimensão da compreensão das coisas por uma relação de causa e efeito.
Ao se relacionar com o homem, Deus muda esse homem. Esse é um argumento irrefutável.

"Se ele é pecador, eu não sei. De uma coisa eu sei: eu era cego e agora vejo." João 9:25
Nos tempos do Novo Testamento, as deficiências físicas dos filhos eram colocadas na conta dos pais.
O cego dessa história era maldito por causa do pecado dos pais. E os pais carregavam o triste fardo. Viviam as margens da sociedade por causa do filho que eles amavam. E que num momento não quiseram abandonar. Era muito comum os deficientes físicos serem abandonado pelos pais, porque esses não queria passar vergonha diante da comunidade.
O cego da historia, todos os dias esbarrava em muitas pessoas. Mas nesse dia sua história se esbarrou na história de Jesus.De um lugar distante ele ouviu então uma velha discussão, que ele já poderia recitar de cor. Ele era o assunto principal daquele tipo de discussão! Sua cegueira, e qual teria sido o pecado que havia causado aquilo. Enquanto ouvia a conhecida discussão, o cego percebeu que uma das vozes destoava das demais! Essa voz falava da manifestação da obra de Deus. Sobre luz e trevas. Sobre a luz do mundo. Sobre o dia e a noite!
Aquilo sim era irônico! Ele era cego... o que era luz? e dia? e noite?
Foi quando essa voz se dirigiu a ele. E fez diante dele um ritual que ele não sabia o que era.

Alguem passava uma mão úmida sobre seus olhos. Logo depois o ordenava a ir se lavar em um tanque. Agora ele via. A luz. Pessoas. Arvores.
Mas antes mesmo que ele se acostumasse à sua nova situação, o que nele gerara um remendo choque, afinal, agora ele precisava aprender como era a vida sem uma bengala. Como é a vida de quem enxerga.
“Profundidade de Campo”, “Duas Ou Mais Dimensões”, “Saturação de Cores”, “Controle de Pálpebras” e “Porque Dói Quando Olho para o sol?”,
Ele foi levado!
Aquilo era um incidente bizarro e os lideres da ordem pública queriam tirar o assunto a limpo.
“Quem fez isso com você? Quem era ele?” Eles perguntavam pra ele.
Até seus pais, foram intimados a estarem presentes ali.
Perguntas, acusações, lei de moises, bruxaria...
Até que o ex cego tomou a palavra!
“Se Ele cura pecadores ou não, não sei.Não sei como ele me curou.O que sei é que não me interesso pela filosofia,pela religião e pelos milênios de sabedoria de vocês.
Pra mim agora, não importa o que vocês dizem acerca de meus pais, e sobre o passado da minha família. Vocês estão dizendo que esse homem que curou é um pecador, embora ele tenha feito algo tremendo. Se ele é pecador, eu não sei.Eu só sei de uma coisa. Eu era cego e agora vejo.
Sem filosofia. Sem ciência.Apenas um argumento irrefutável!
Eu era cego, agora vejo!

 “Graça maravilhosa, como é doce o som
Que salvou um miserável como eu
Certa vez estava perdido, mas agora fui encontrado
Era cego, mas agora eu vejo”

Amazing Grace, John Newton (1725–1807)

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