Denominam-se Vedas as quatro obras do Induísmo compostas em Sânscrito: o
Rigveda, o Yajurveda, o Samaveda e o Atarvaveda.
Na filosofia védica, os hindus chamam o Véu da Realidade pelo nome de
Véu de Maya, pois assim está escrito.
Maya é o nome de uma deusa, que na religião hindu representa a ilusão em
todas as suas nuances. O Véu de Maya é a ilusão do mundo físico.
De acordo com os Vedas, a deusa Maya joga um véu sobre o deus Brahman,
que é a última fronteira da realidade.
Para além do Hinduísmo, O Véu de Maya é um conceito que se repete, de
formas diferentes em várias religiões do mundo.
Um pouco diferente da tradição hindu, na abordagem budista, o Véu de
Maya está ligado ao esquecimento das reencarnações. Segundo o Budismo, Maya
lança seu véu sobre a consciência da alma humana para que esse homem não se
lembre das vidas que viveu no passado. Enquanto no Hinduísmo o Véu de Maya tem
uma abordagem para o agora, no Busdismo, ele trata do necessário esquecimento
das vidas passadas.
Não é o tema desse livro se ater à apologética do Cristianismo. Por isso
iremos nos apoiar no necessário, usando a definição do hinduísmo apenas com a
finalidade de buscar uma explanação clara, enquanto procuramos a ligação com a
doutrina dogmática da religião Cristã.
O Véu de Maya é “o Véu da Ilusão”, conforme citado por Arthur
Schopenhauer: o véu é “o mundo enquanto
representação, submetido ao princípio de razão”.
O filósofo diz que somos levados a perceber que o mundo é puro fenômeno
ou representação. Nada é de fato real e tudo são sombras de uma realidade
oculta aos olhos humanos, que se manifesta de forma semelhante às sombras percebidas
como realidade final pelos encarcerados no Mito da Caverna, de Platão.
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
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