domingo, 27 de abril de 2025

O MITO DA CAVERNA

 


 

A Parábola da Caverna pode ser lida na obra de Platão intitulada A República (Livro VII).  Essa parábola pretende ilustrar um caminho para a libertação da consciência humana da escuridão que a aprisiona e nada é mais atual que esse texto milenar!

Platão nos conta que havia um grupo de pessoas vivendo em uma imensa caverna. Todos eles nasceram e cresceram ali. Tendo seus braços, pernas e pescoços aferrolhados por correntes, ficavam totalmente imobilizados e por isso olhavam unicamente para a parede ao fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprios.

Às costas dos prisioneiros havia uma fogueira, apartada deles por uma parede baixa. Na retaguarda dos prisioneiros e à frente da fogueira passavam pessoas carregando objetos que representavam "homens e outras coisas viventes".

Por detrás da parede, o desfile acontecia de forma que os corpos dos caminhantes não projetavam sombras. As sombras projetadas eram apenas dos objetos carregados por eles. Dessa forma, tudo que os prisioneiros viam eram as sombras dos objetos que os caminhantes carregavam.

Na parede eram projetadas as sombras de cavalos, cães, gatos, toda sorte de animais e seres humanos vestidos com todo tipo de roupa. Além das imagens, no interior da caverna ecoavam sons que vinham de fora.

Os prisioneiros, ‘com razão’, associavam os sons às sombras. Pensavam que os sons eram as falas das sombras projetadas.

Para aqueles encarcerados, aquelas sombras era a realidade.

Porém, certo dia, um dos presos se libertou e saiu para o mundo exterior.

O primeiro contato com a luz incomodou o ex-encarcerado. Sua surpresa ao ver uma imensa diversidade de formas e cores deixou aquele egresso imensamente assustado, fazendo-o desejar voltar para a caverna. Todavia ele permaneceu do lado de fora por um tempo, se admirando com as descobertas que estava fazendo.

Maravilhado com tudo aquilo, o ex-prisioneiro se lembrou de seus companheiros de caverna e para lá voltou com o intuito de compartilhar com eles a novidade do mundo exterior. Como era de se esperar, os encarcerados não acreditaram em nada daquilo que lhes foi contado. Chamaram o mensageiro de louco, e para evitar que suas ideias ‘deturpassem’ outras pessoas, os prisioneiros assassinaram o libertador.

Certos de que aquilo que enxergavam era a única realidade que havia, os prisioneiros optaram ‘racionalmente’ por viverem em condição de ignorância, ‘confortavelmente’ imobilizados pelo senso comum. 

Para os prisioneiros, ‘o verdadeiro mundo real’, era apenas aquilo que conheciam baseados na percepção dos sentidos.

O Mito da Caverna serve de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao senso crítico.

Para Platão, o mundo sensível é aquele que pode ser experimentado a partir dos sentidos físicos: tato, olfato, audição, paladar e visão, onde residia a falsa percepção da realidade.

Para o filósofo, os seres humanos deveriam se libertar dos grilhões da falsa percepção sensorial para alcançar o mundo inteligível. Esse mundo era atingido apenas através das ideias, ou seja, da evolução da consciência racional.

A verdadeira realidade só seria atingida quando o indivíduo passasse a perceber as coisas ao seu redor a partir do pensamento racional e crítico.

“Uma vida não questionada não merece ser vivida” (Platão).


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

quinta-feira, 24 de abril de 2025

O VÉU DA REALIDADE

 


Denominam-se Vedas as quatro obras do Induísmo compostas em Sânscrito: o Rigveda, o Yajurveda, o Samaveda e o Atarvaveda.

Na filosofia védica, os hindus chamam o Véu da Realidade pelo nome de Véu de Maya, pois assim está escrito.

Maya é o nome de uma deusa, que na religião hindu representa a ilusão em todas as suas nuances. O Véu de Maya é a ilusão do mundo físico.

De acordo com os Vedas, a deusa Maya joga um véu sobre o deus Brahman, que é a última fronteira da realidade.

Para além do Hinduísmo, O Véu de Maya é um conceito que se repete, de formas diferentes em várias religiões do mundo.

Um pouco diferente da tradição hindu, na abordagem budista, o Véu de Maya está ligado ao esquecimento das reencarnações. Segundo o Budismo, Maya lança seu véu sobre a consciência da alma humana para que esse homem não se lembre das vidas que viveu no passado. Enquanto no Hinduísmo o Véu de Maya tem uma abordagem para o agora, no Busdismo, ele trata do necessário esquecimento das vidas passadas.

Não é o tema desse livro se ater à apologética do Cristianismo. Por isso iremos nos apoiar no necessário, usando a definição do hinduísmo apenas com a finalidade de buscar uma explanação clara, enquanto procuramos a ligação com a doutrina dogmática da religião Cristã.

O Véu de Maya é “o Véu da Ilusão”, conforme citado por Arthur Schopenhauer: o véu é “o mundo enquanto representação, submetido ao princípio de razão”.

O filósofo diz que somos levados a perceber que o mundo é puro fenômeno ou representação. Nada é de fato real e tudo são sombras de uma realidade oculta aos olhos humanos, que se manifesta de forma semelhante às sombras percebidas como realidade final pelos encarcerados no Mito da Caverna, de Platão.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

domingo, 20 de abril de 2025

OS LIVROS BÍBLICOS - GENESIS




As informações abaixo são bastante simplificadas; apenas uma visão geral dos livros bíblicos (com ênfase na aliança). O Pregador diligente desejará confirmar estas informações e avançar no estudo do texto, do contexto histórico e dos propósitos dos livros.


OS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

01. Gênesis (“origem” ou “princípio”):

- Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Moisés.

- Em qual momento histórico? Antes da entrada de Israel na terra prometida.

- Por que este livro foi escrito? Porque os israelitas precisavam ser preparados para entrar na terra prometida e nas promessas da aliança.

- Para quê este livro foi escrito? Para incentivá-los a confiar somente em Deus (Cri-ador dos céus e da Terra) e a se manterem fiéis à aliança que Ele fez com Abraão (observando seus es-tatutos e mandamentos).


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

quinta-feira, 17 de abril de 2025

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

 



“Palavras secretas de Hermes: É verdade, sem mentira, certo e muito verdadeiro. O que está em baixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está em baixo, para realizar os milagres de uma coisa única. Assim como todas as coisas foram e procedem do Um, pela mediação do Um, assim todas as coisas nasceram desta coisa única, por adaptação” (axioma da Tábua de Esmeralda de Hermes Trimegisto).

Todos os fenômenos físicos estão ligados por uma cadeia de ação e reação. Tudo está interconectado e conjuntamente formam uma unidade.

As leis que governam fenômenos nos confins de uma galáxia são as mesmas leis que governam o funcionamento do nosso planeta. A forma como o vento sopra sobre a terra, e a forma como os neurônios do seu cérebro se comportam são regidos pelos mesmos princípios que ordenam a formação de uma nova estrela e a rota dos cometas.

Tudo é a mesma coisa porque tudo é formado dos mesmos elementos químicos e regidos pelas mesmas leis da física. Trata-se apenas de combinações atômicas diferentes, e da forma como essas ligações se comportam para formar novas substâncias.

Todos os átomos do universo são todos os mesmos átomos da tabela periódica, nem mais, nem menos. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” (Antoine Lavoisier).

Nesse sentido, a matemática e a física são matérias soberanas, e suas equações têm a capacidade de expressar o funcionamento de tudo o que existe.

“Assim na terra como no céu”, “nada há de novo debaixo do sol” pois, “o que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará” (Ec 1:9

REALIDADE EM CAMADAS 

O ser humano é o universo em miniatura.

Tudo que existe é orientado pela máxima de Jesus: “assim na terra como no céu” (Mt 6:10) ou seja “pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11:3).

Tudo que há, existe em camadas de realidade, sendo cópias uma das outras. Descortinar essas camadas é semelhante a retirar as pétalas de uma cebola; retiramos uma pétala e logo aparece outra cuja aparência por mais que se assemelhe à anterior, ainda é diferente. Assim sucessivamente vamos removendo as pétalas até que chegamos ao núcleo do bulbo.

A concepção geométrica usada pelo Grande Arquiteto para a criação do Universo é obviamente superior à nossa limitada compreensão. Estar diante de tamanha grandeza nos paralisa de admiração.

O Apóstolo dos Gentios, tão pasmado quanto qualquer um de nós, exprimiu esse sentimento de estupefação na carta que escreveu aos cristãos de Roma: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?” (Rm 11:33,34).

A mente do Criador projetou um arrojado sistema de proporção e correspondência que pode ser percebido a partir de dois pontos: o Concreto e o Simbólico-Abstrato. Somente através da percepção dessas abordagens é que poderemos avançar rumo ao conhecimento dos mistérios do universo.

Essas abordagens são equivalentes, todavia nossa percepção do que é concreto e do que é simbólico-abstrato varia de acordo com a realidade.  Perceba que a chuva faz correspondência às lágrimas, que os rios fazem correspondência à corrente sanguínea, que as sete cores do arco-íris fazem correspondência às sete notas musicais e que a progressão musical faz um paralelo com a sequência numérica de Fibonacci.

Leonardo Fibonacci foi um matemático italiano, que nasceu em 1170, e morreu depois do ano de 1240. Ele é considerado por alguns historiadores como o maior matemático ocidental da Idade Média. Entre todos os seus trabalhos, a sua maior descoberta foi uma sequência numérica que leva o seu nome. A sequência de Fibonacci foi constatada a partir da observação da reprodução de coelhos; essa sequência começa com o número 1 e continua somando o número da vez com o seu anterior. Assim, o segundo número na sequência também é 1 e logo:

1

1

1+1=2

2+1=3

3+2=5

5+3=8

8+5=13

13+8=21

21+13=34

34+21=55

55+34=89 e assim infinitamente.

A Sequência Fibonacci é um perfeito exemplo de que existe correspondência em tudo que existe no universo. Tudo é correspondente e equivalente.

O que a concha de caramujo tem a ver com as presas do elefante? O que o rabo do camaleão tem a ver com a flor do girassol? O que o fruto da pinha tem a ver com a disposição dos versos da Ilíada de Homero? Ou o que a Monalisa tem a ver com a disposição dos blocos de pedra usados na construção das Pirâmides do Egito? Tudo que foi citado é equivalente e é comandado pela mesma lei numérica: tudo se explica pela sequência numérica descoberta por Leonardo Fibonacci.

Deus criou todas as coisas usando princípios matemáticos: “Assim na terra como no céu”. Trouxe a existência um universo construído em camadas e que se explica de forma fragmentada a partir da Fé: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11:1).

Aquilo que a ciência ainda não explica, poderia ser mais rapidamente explicado se os cientistas usassem a fé como ferramenta de trabalho.

Acerca de Abraão o texto de Hebreus se aprofunda dizendo: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11:8-10).  Abraão não quis investir seus recursos financeiros nessa camada de realidade, optando por não criar raízes nesse mundo. Ele habitou sua própria terra como se fosse terra alheia e morou em cabanas porque não queria construir nada que fosse definitivo na terra. É por isso que Abraão não construiu um palácio. O Pai da Fé não queria nada que tivesse seus alicerces fincados no chão, afinal, seus pés não estavam na terra.

Abraão e seus filhos não queriam nada que os prendessem nesse véu de realidade. Esses homens extraordinários entenderam que tudo era um reflexo do que estava acima. Eles não queriam amar o reflexo pois almejavam a realidade superior.

 

O PRINCÍPIO DA CORRESPONDÊNCIA  (já usado no video A ORIGEM DE EVA COMO CORRESPONDENCIA DA ORIGEM DA IGREJA)

 

O Princípio da Correspondência de Hermes Trimegisto assegura: “O que está em cima é como o que está em baixo; e o que está embaixo é como o que está em cima”.

Deus fez o homem à Sua imagem e à Sua semelhança: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26). Se Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança, o que mais não seria correspondente?

Na continuidade do Livro de Gênesis vemos que o conceito de correspondência é passado do Criador para a coroa da sua criação: “E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe colocou o nome de Sete” (Gn 5:3O).

Deus fez Adão à Sua imagem e Semelhança, logo Adão fez Sete à sua imagem semelhança. Note que Adão é imagem e semelhança de Deus, e que Sete, é imagem e semelhança de Adão.

Tudo está conectado e tudo é equivalente. O que está em cima é análogo ao que está embaixo, logo, o que está embaixo é análogo ao que está em cima.

Não se trata de coisas iguais: são análogas, são imagem e semelhança. Não se assuste se um dia você chegar à conclusão de que a maneira como você pilota o seu carro é imagem e a semelhança da maneira como você dirige a sua própria vida.

Não pasme se um dia você perceber que a arrumação da sua gaveta de roupas íntimas é a imagem e a semelhança da forma que você organiza suas ideias.

Se você começar observar suas atitudes mais triviais, você perceberá que tudo é reflexo de quem você é.

O princípio da correspondência está em tudo! Nós fazemos aquilo que somos e somos aquilo que fazemos.

Devemos usar esse princípio a nosso favor! O Princípio da Correspondência deve ser utilizado como forma de treinamento para obtenção de sucesso.

Se você quer organizar a própria vida comece organizando a sua gaveta de camisas; se você quer cuidar da sua saúde espiritual comece cuidando da sua saúde física.

Quer mudar o mundo, comece mudando sua maneira de viver.

Não se trata de apenas força de vontade; é ação.

Seja a mudança que você deseja para o mundo.

Reproduza no mundo físico aquilo que você quer conquistar no mundo espiritual.

Quando você se move em um plano você gera correspondência em outro plano, “assim na terra como no céu”.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

domingo, 13 de abril de 2025

A igreja e sua relação com os anjos

 

a-   se receber doutrinação de anjos.

Existe a possibilidade de se fraudar o Evangelho.

 

2 Coríntios 11:13-15

13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.

14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.

15 Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.

 

Os mórmons baseiam seus ensinamentos em doutrinação de anjos.

Paulo exorta a igreja a prestar atenção aos maus obreiros

e na capacidade que eles poderiam ter

de operar maravilhas para que os objetivos do diabo fossem alcançados.

Tudo o que o diabo quer é fraudar o ensino do Evangelho,

afinal, toda a obra de Cristo se resume no Evangelho da Graça.

 

Se o diabo frauda o ensino do Evangelho,

ele está conseguindo afastar as pessoas

do que é o sentido de existir todo o universo:

a glorificação do nome de Deus.

 

Se um anjo das trevas foi capaz de produzir mudez em uma criança,

naturalmente,

se fosse em função de seu propósito,

esse demônio simplesmente desamaria essa criança.

 

Essa tática de satanás,

de prender e soltar,

em função de seus planos mais arrojados,

era conhecida dos fariseus contemporâneos de Jesus.

Certa vez eles acusaram a Jesus

de praticar milagres pelo príncipe dos demônios.

 

Isso deixa claro para nós que,

para promover engano,

o diabo cura e faz o bem aparente.

Em troca, aprisiona a pessoa na idolatria.

Um pecado que afronta de frente a graça do Evangelho.

 

O diabo faz milagre em lugares

onde não se tem compromisso com a plenitude do Evangelho

objetivando aprisionar pessoas a falsos pastores e falsos apóstolos.

 

Milagre não confirma pregação errada.

Se a pregação está errada, o milagre é do diabo.

 

Entre milagre e Bíblia, fique com a Biblia.

Gálatas 1:8 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”.

 

Anjo de Deus não fala em boca de profeta.

Nunca é de Deus um profeta que começa profetizando assim:

“eis que sou Miguel que fala contigo...”

 

Anjo de Deus não transmite

nova revelação das Escrituras.

 

Quem atua como espírito de falso profeta é o diabo.

 

Deus pode falar conosco através de anjos¿

Claro que sim! Deus fala como quer!

Todavia um anjo nunca irá

comprometer o ensino correto das Escrituras,

e nunca irá tomar a boca de ninguém.

 

 

Se uma anjo vier a falar com voce,

será de forma direta e objetiva,

mesmo que tendo sua aparência disfarçada.

 

Anjos das trevas podem aparecer também!

Dessa forma, nosso guia nunca deve ser aparição de anjo,

mas a Palavra de Deus escrita.

 

b-    Louvor, adoração e oração nunca pode ser dirigido a anjo

Apocalipse 19:10 – “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.

 

Nos tempos de Paulo,

a igreja de Colossos estava sendo atacada por uma falsa doutrina

que incentivava o “culto de anjos”.

Colossenses 2:18 – “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”.

 

Existem algumas canções que deveriam ser banidas de nosso culto,

por trazerem em suas letras uma menção sutil ao culto de anjos.

 

“tem anjos voando nesse lugar, no meio do povo, em cima do altar...”

“o anjo do senhor esta passeando, está passeando aqui nesse lugar... dá lugar irmão, deixa o anjo do senhor te visitar”.

  

TEXTO USADO NO LIVRO GENESIS DESVENDADO

 

A CRIAÇÃO DAS HIERARQUIAS CELESTES

 

Genesis 2:1 e Êxodo 20:11 nos leva a concluir que as Hierarquias Celestes foram criadas no máximo até o sexto dia. Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos foram criados junto com a criação dos céus, e antes da criação da terra. Todavia, analisando outros textos percebemos que as hierarquias celestiais foram criadas bem no início da semana da criação.

O primeiro versículo da Bíblia é bem sugestivo em dizer que “No princípio criou Deus os CÉUS e a terra”, mostrando que no início da criação foram feitos os céus.

O contraste na forma como os céus e a terra foram criados é notório e podemos percebê-lo no versículo seguinte: “a terra era sem forma e vazia”. Veja isso: Deus criou os CÉUS, mas não concluiu a criação da terra, pois o texto diz que a mesma era sem forma e vazia.

Fica o contraste: a terra era inabitada, porém os céus já estavam estabelecidos com seus habitantes, delegados em suas hierarquias e funções.

“Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faz-me saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38.4-7).

Deus respondeu às indagações existenciais do seu servo Jó fazendo uma afirmação muito esclarecedora acerca da criação.

No ato primordial da criação “as estrelas da alva cantavam”, fazendo referência a todas as classes de seres celestiais. Note que esses eventos de louvor dos seres celestiais aconteceram em um tempo anterior à criação do homem, antes do sexto dia.

É essencial saber que: se Deus lançou o fundamento da Terra no dia terceiro (Gênesis 1.9-13), podemos interpretar que os anjos só poderiam ter sido criados entre o primeiro e o segundo dia da criação.

Por essa lógica concluímos que Lúcifer não foi banido dos céus em um tempo anterior à criação do nosso universo, já que tudo indica que as hostes celestes foram criadas entre o primeiro e o segundo dia da criação.

Jó 38:6,7 ensina que os anjos já se rejubilavam quando Deus lançava os fundamentos do universo.

Muito lógico afirmar que o Eterno criou os anjos logo no início do primeiro dia quando “No princípio Deus criou os CÉUS” (Gn 1.1).

Quando o Grande Arquiteto criou os Céus, junto com os céus, Ele criou sua legião de habitantes.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com


quinta-feira, 10 de abril de 2025

QUANTAS VEZES EU QUIS AJUNTAR OS TEUS FILHOS... E TU NÃO QUISESTE

 


O universo foi criado sobre a superfície do Lago com dimensões de comprimento, largura e profundidade. Tudo começou no nível mais elevado da altura do Lago, onde era absolutamente sublime. Não havia possibilidade de se fazer nada melhor do que havia sido feito.

O pecado surgiu na rebelião de Lúcifer contra o Criador e se deu acima da superfície do Lago. O inimigo rebelou-se contra a soberania do Criador e invadiu as ondas temporais.

O Inimigo de Deus se tornou inimigo daquele que Deus mais amava: o homem. Entrando no Universo, o Mal levou o homem à perdição.

Por causa do primeiro pecado o universo inteiro submergiu para a escuridão.

O que o Inimigo não sabia era que Deus o estava usando para um propósito maior. Com o aparecimento da dualidade do Bem contra o Mal Deus inaugurava o início de um plano cósmico chamado Graça. E pelo plano da Maravilhosa Graça, o Eterno estabelecia uma maneira perfeita de louvar a Si mesmo.

O homem é ovelha que se perdeu, a dracma que se soltou do colar, o filho que preferiu estar alienado do Pai. O ser humano é o pintainho que após ser gerado de modo especial e admirável, fugiu do calor do ventre do Pai dos Espíritos (Hb 12.9).

A Graça de Deus é um plano complexo, que existia como intenção de Deus, desde muito antes da invenção do pensamento e tudo começou com a criação dos mundos.

O Espírito Santo coordenou a criação do universo fazendo tudo maravilhosamente belo. A beleza durou por um tempo, até o dia em que o homem, a coroa da criação, quis se divorciar de seu Criador.

No fatídico dia em que o pecado matou o homem, o Criador manteve sua rotina e, no fim da tarde foi se encontrar com seu Melhor Amigo. Todavia o Amigo não estava no ponto de encontro (Gn 3.11). O primeiro homem se perdeu, e com ele, todos nós nos perdemos, pois todos nós éramos aquele homem.

 “Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os seus pintainhos debaixo das suas asas, e tu não quiseste” (Mt 23.37).

Esse era o anseio e a maior motivação da missão de Jesus: buscar o que se havia perdido; trazer de volta para debaixo da proteção do Criador aqueles pintainhos rebeldes, que se apartaram da ninhada.

Jesus foi até o fim cumprindo toda a lei e todas as profecias. Após o cumprimento de sua obra, Cristo foi ascendido aos Céus. E os pintainhos? O que seria deles sem a presença do Salvador?

Os discípulos não foram abandonados no vazio da existência sem a companhia do Mestre.  Antes de partir Jesus havia prometido que o Consolador viria: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” (Jo 14:16-18). Ele veio! A partir do Dia de Pentecostes os discípulos estavam sob o cuidado do Espírito Santo (At 2:1-47).

O Oitavo Dia da Criação começou com a descida do Espírito Santo.

Como responsável pela continuidade da obra do Filho, o Espírito iria começar o trabalho no homem promovendo o Novo Nascimento.

O Espírito tem sua maneira de trabalhar. Ele sempre faz tudo a partir da mesma metodologia. Da mesma maneira que Ele teve sua participação na construção do homem, a partir do Oitavo Dia ele usaria os mesmos métodos para realizar a reconstrução.

O Novo Nascimento é a ressurreição do espírito do homem, que morreu no dia em que o homem pecou: “... porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). O homem morreu no mesmo dia e na mesma hora em que pecou.

O Novo Nascimento é uma volta à gênese de todas as coisas: “... e o Espírito de Deus pairava sobre as águas” - O Novo Nascimento do homem se processa pelo mesmo método que foi usado para o nascimento do Universo: da água e do Espírito.

“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5).

Por definição físico-química, o Catalisador é uma substância que reduz a energia de ativação de uma reação e aumenta a sua velocidade de processamento, sem, contudo, participar dela. O catalisador possui o poder de acelerar uma reação química sem alterar a natureza da composição química dos seus reagentes e produtos. O uso de catalisadores em reações químicas, não altera a quantidade de substância nela produzida, mas acelera o processo conferindo estabilidade à mistura e ao resultado.

A obra do Espírito Santo é assim: usa a matéria prima do Pai e o Poder do Filho, e faz tudo acontecer de forma coordenada e absolutamente admirável.

Tudo começou como um líquido, e, tudo recomeça pelo líquido.

Sem a ação do Consolador nada se fez e nada se faz!

O Espírito Santo que em seis dias catalisou a construção do universo, no Oitavo Dia passa a catalisar a reconstrução do Homem.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

domingo, 6 de abril de 2025

COMO A GALINHA AJUNTA SEUS PINTOS DEBAIXO DAS ASAS

 



O sentido literal de Gênesis 1.2 sugere a ação de uma galinha que se deita sobre seus ovos. Está implícito no texto o sentido de proteção, conservação da vida e geração de existência. Trata-se de organizar os átomos e as forças naturais, conferindo a cada coisa o seu devido lugar e sua devida função.

O embrião, mediante o processo de divisão celular se transforma em um organismo vivo: um filhote. Esse processo biológico de transformação de uma única célula em um ser vivo depende exclusivamente do trabalho dedicado da galinha.

A temperatura interna do ovo tem que ser constante - cerca de 37,8 graus Celsius. Nesse evento trivial da natureza, a beleza da criação se manifesta na programação sutil da intuição dos animais: a galinha se deita sobre o ovo, apoiando o ventre sobre o embrião.

 A beleza da vida causa deslumbramento! 

De todo o corpo da galinha, seu ventre é a única parte onde não crescem penas. Na época da incubação, em função da perpetuação da existência, o corpo desse animal se altera drasticamente. Se em função das mudanças climáticas o clima está frio ou se faz calor, o corpo do animal se adequa de forma maravilhosa.

O corpo modifica a circulação sanguínea, e se necessário for, ele pode até mesmo provocar um estado febril no animal. Tudo isso acontece para que a vida aconteça, e para que o mistério da existência se estabeleça.

O Espírito de Deus agiu assim! Esse foi o trabalho catalisador na criação de todas as coisas.

O Espírito Santo estabeleceu ordem e deu origem à vida a partir da matéria prima e da energia. Após a conclusão de toda obra, estando o homem definitivamente gerado, a obra do Espírito de Deus para a criação estava terminada e todas as coisas funcionavam pelas leis da física e da química, conforme estabelecidas no projeto do Grande Arquiteto.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

O ESPÍRITO DE DEUS PAIRAVA SOBRE A FACE DAS ÁGUAS




E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2).

O segundo versículo do Livro do Gênesis é composto por três frases absolutas:

1-      “E a terra era sem forma e vazia;”

2-      “e havia trevas sobre a face do abismo;”

3-      “e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”

Perceba que todas as frases que compõe o versículo são separadas por ponto e vírgula (;), indicando que se trata de uma enumeração de eventos coordenados que embora não sejam a mesma coisa, possuem uma relação entre si.

1-                  “E a terra era sem forma e vazia;”

Não tinha forma e não tinha nada, porque ainda não tinha sido formada. A formação da terra é um evento posterior aos primeiros acontecimentos do primeiro capítulo do Gênesis.

 

2-                  “e havia trevas sobre a face do abismo;”

Tudo que está abaixo da superfície do Lago das Águas Primordiais é abismo. A escuridão do abismo é a turbidez do momento inicial da criação, onde tudo era líquido e todos os elementos químicos existentes estavam misturados em uma grande sopa de quark-glúons.

 

3-                  “e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”

Esta é a ação do Espírito Santo a nível cosmológico e não apenas terrestre. O Espírito de Deus pairava sobre o Lago aos pés do Trono do Altíssimo, e é naquele lugar que a Providência Divina controlava o efeito das ondas causadas pelo impacto do Pão que o Altíssimo lançou sobre a face das águas.

 

Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com