sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A ÁRVORE DA VIDA ÀS AVESSAS


Esse mundo é provisório e imperfeito. 


A responsabilidade da igreja é tornar nítida a imagem do Criador. É polir o espelho. “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18). 



Deus não criou a imperfeição. Tudo que foi criado foi feito de forma bela. Nada é mais belo que Aquele que criou todas as coisas. 


Deus é o perfeito paradigma da beleza. 


Toda a beleza subsiste Nele, e é Ele quem empresta beleza a tudo que há.


Ele é o Belo e não havia nada criado que fosse tão belo quanto Ele. 


Para ver a beleza em sua forma mais plena, Deus sempre olhava pra Si mesmo. E para se enxergar, Deus construiu um espelho de nitidez perfeita. Feito por Suas próprias mãos Deus chamou esse espelho pelo nome de Adão.


Feito à Sua imagem e semelhança, o homem foi essencialmente construído para refletir a imagem de Deus. 


O único ser criado como capaz de refletir a imagem do Criador é o Ser Humano. Todavia o pecado comprometeu a fidelidade do espelho. O pecado sujou onde o Criador Se contemplava todas as tardes, enquanto visitava o homem no Jardim. 


O pecado privou a Deus de Se contemplar todo dia.  


A aparência perfeita do homem foi destruída: o espelho foi manchado. 


Com o advento do pecado Deus não podia mais ver aquilo que é mais belo que tudo que existe: a Sua própria imagem, refletida na coroa de Sua criação.


A igreja deve assumir o seu papel diante do plano de redenção. O mundo e o universo serão modificados quando a igreja desempenhar o seu papel. 


Dentro do tempo a igreja mostrará da eternidade.


Quando a Igreja Invisível voltar a refletir a imagem do Criador, ela manifestará a glória da perfeição do mundo eterno de Deus em um mundo imperfeito.


A exposição pública de Cristo Crucificado é absolutamente suficiente para atrair o mundo à salvação. Nada além da Cruz.


A igreja não pode se cansar de expor a verdade acerca da Cruz de Cristo. 


Somente o Evangelho, e nada mais, é capaz de reinserir o homem ao cumprimento de sua missão primordial.


No Jardim do Éden existiam duas árvores. E as duas se perderam do mundo físico: A Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Ambas não se encontram mais visíveis no planeta Terra. Desapareceram logo após o homem e sua mulher serem expulsos do Jardim. 


No dia em que foram expulsos, nada mais seria como havia sido até então. 


O mundo imperfeito mostrou sua cara feia ao homem e desde então todos nós vivemos nesse mundo, até agora. 


Esse é o mundo das imperfeições, lugar onde tudo é ao contrário. Um lugar borrado pela sujeira do pecado do homem.


Dentro do Jardim a Árvore da Vida era de uma beleza indescritível. Todavia seu reflexo produz uma imagem invertida no nosso mundo.


No mundo imperfeito a Árvore da Vida tem outra aparência: ela é um madeiro seco, sem vida e instrumento de morte. 


No mundo imperfeito a Árvore da Vida não está no meio de um jardim, mas no meio de duas outras árvores secas. 


O lugar não pulsa vida como no Éden. O cheiro de sangue invade o ambiente no topo árido da montanha do Gólgota. 


Na palestina do século primeiro Jesus morreu nesse madeiro. Expirou pendurado nessa árvore da vida, às avessas. 


Foi ele quem disse que cada um de seus seguidores deveria tomar sua cruz e segui-lo! Quem se deixa crucificar e morre nesse madeiro, viverá para sempre.


A cruz é: do lado de cá, o que a Árvore da Vida era, do lado de lá.


Por causa da nossa desobediência no Jardim, a mais pura beleza foi comprometida no mais íntimo de sua essência. 


No Jardim do Éden, tudo que era Belo tinha o poder de produzir vida. No nosso mundo, a beleza geralmente produz morte. Veja que pessoas encantadas pela suposta beleza desse mundo geralmente se alienam da necessidade de se ter Jesus. 


Do lado de cá, no nosso mundo, a feiura da cruz, o escândalo da cruz, é o único caminho de volta para nosso verdadeiro lar. 


Dentro do Jardim o homem podia livremente consumir o fruto da Árvore da Vida. Fora do Jardim, o fruto que me concede a vida eterna está na viagem da morte para a vida, que fazemos por meio daquele que disse: “minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6.55).

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Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com

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Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.





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