domingo, 31 de agosto de 2025

LIVRO DE ECLESIASTES (“AQUELE QUE REÚNE A COMUNIDADE DA ALIANÇA” ou “O PREGADOR”):





 - Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Salomão.

- Em qual momento histórico? Durante o reinado de Salomão.

- Por que este livro foi escrito? Porque era preciso defender a fé em Deus (e o autor faz isso através de respostas e argumentos negativos). No final, ele chega à conclusão de que a fé em Deus é o único caminho para a realização humana.

- Para quê este livro foi escrito? Para ensinar ao povo da aliança “como as pessoas de-vem viver (6.12) num mundo onde o bom Criador (3.11, 14) e justo Juiz (3.17) soberanamente ordena que coisas ‘más’ sucedam igualmente aos que são re-tos (7.13, 14) bem como aos iníquos e não de acordo com o merecimento pessoal de cada um (8.14; 9.1). O dom do contentamento deve ser exercido não apenas diante da opressão humana (3.22 – 4.3), mas também diante da futilidade e da morte (9.7-10) que Deus im-pôs sobre a raça humana em razão do pecado”.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O SOCORRO VEM PELA PERCEPÇÃO DA REALIDADE

 





A mente de Geazi não conseguia perceber a salvação, afinal, dentro dele não havia uma fé inabalável.  Quando o vislumbre do exército inimigo se revelou como um panorama de destruição real e imediata, o servo do Profeta correu até Eliseu buscando por socorro.

A sensação de impotência e de medo dominava o rapaz.

Eliseu estava impávido diante da situação.

Com serenidade o profeta respondeu: "Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (2Rs 6:16).

Tudo que Geazi via era o que estava sendo projetado pelo seu inconsciente no tecido do Véu da Realidade.  Geazi não entendeu nada, pois estava preso ao mundo dos sentidos. Estava acorrentado à esmagadora realidade da física material.

Nada é mais compreensível que a atitude de Geazi, pois diferente de Elizeu, Geazi não era um profeta de verdade.


Um Profeta de verdade vibra em outra frequência, escrevendo música para ouvidos bem treinados e habilmente preparados. Entender o que um Profeta diz não é tarefa para qualquer um.

Eliseu já estava habituado a ver o que ninguém mais estava vendo. Seus olhos espirituais já haviam sido ativados na ocasião da viagem de Elias.

Naquele momento em que Geazi estava claramente descontrolado em seus sentidos, Eliseu, vendo a aflição de seu aprendiz, orou para que Deus abrisse os seus olhos.

Deus atendeu a oração de seu Mensageiro e abriu os olhos de Geazi. O que aquele rapaz viu não foi uma ilusão de ótica criada com a finalidade de acalmá-lo. Também não foi fruto de sua imaginação controlada por um Profeta hipnotizador.

Geazi viu apenas o que já estava lá o tempo todo. Caiu o pano da realidade e o aprendiz passou assistir aquilo que acontece quando os atores não estão representando seus papeis sobre a ilusão do palco.

O mundo espiritual é real (!) e Geazi viveu sua primeira experiência sensorial com ele.

Quando seus olhos se abriram, ele viu além do Véu da Realidade.

Viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo.

Essa é a verdadeira realidade: estamos imersos em um universo habitado por imaterialidade. Um mundo espiritual, povoado por anjos, seres espirituais de grande poder e autoridade, com missões específicas sendo executadas no espaço e no tempo do nosso universo. Seres investidos de poder, que trabalham no hiato do equilíbrio entre as forças da luz e das trevas.

Você, como protagonista da própria história, o que vai fazer com esse conhecimento?


 Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com

domingo, 24 de agosto de 2025

LIVRO DE PROVÉRBIOS (“DITADOS” ou “DITOS SÁBIOS”):


- Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Diversos autores (Salomão, Agur, Lemuel, etc), sendo que foi Salomão quem liderou a compilação do livro, bem como compôs a maioria dos provérbios.

- Em qual momento histórico? Durante o reinado de Salomão.

- Por que este livro foi escrito? Porque o povo da aliança precisava preservar a sabedoria que adquiriu em seu relacionamento com Deus e sua Lei.

- Para quê este livro foi escrito? Para ensinar que o temor a Deus conduz à sabedoria e a obediência aos Seus princípios é a forma segura de viver; que a vida deve ser vivida para a glória do Criador; e, que há uma ordem moral para toda a criação, e as violações dessa ordem apenas conduzem a conseqüências adversas.


 Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

UM DIA DE DESESPERO NA VIDA DO APRENDIZ DE PROFETA

 



Naquele dia o aprendiz acordou cedo e foi dar uma conferida na situação. Andou pelas campinas a procura de algum sinal de desgraça, e o que ele encontrou foi realmente aquilo procurava. Foi procurar coisa ruim e encontrou exatamente o que estava procurando. Quem vive a vida com a expectativa de que as coisas vão piorar, geralmente recebem como prêmio de sua expectativa, a piora das coisas.

Napoleão Bonaparte estava com a razão quando dizia: “Quem teme ser vencido tem a certeza da derrota”.

Quando analisamos a vida de Jó, geralmente só conseguimos notar a presença de um homem muito justo e santo que ficou na linha de tiro entre Deus e o Acusador. Mas havia um grande problema com Jó!

Embora fosse abençoado por Deus em tudo o que fazia, aquele Patriarca era consumido pelo medo de perder tudo que tinha. “Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu” (Jó 3:25).

O medo de perder o levou a perder.

 

NÃO TEMAS

 

A expressão “não temas” é uma das mais comuns e repetidas das Escrituras. Devido às várias versões que temos da Bíblia, a quantidade de “não temas” varia um pouco, mas trata-se de muita repetição!

Parece que a intenção do Espírito Santo é deixar bem frisado que sob o Véu da Realidade não existe nada a se temer.

Na Bíblia de Jerusalém a expressão ‘não temas’ aparece 47 vezes, na Almeida Corrigida Fiel aparece 84 vezes e na João Ferreira de Almeida Atualizada são 92 aparições.

A todo o momento e em diversas situações Deus está dizendo aos seus filhos: “- não temas”.

Fuja do medo!

“Nada a temer, senão o correr da luta. Nada a fazer, senão esquecer o medo” (Milton Nascimento).

O medo cria um mundo de ilusão e como um ímã atrai para a realidade aquilo do que se tem medo.

Jó experimentou isso: o que ele temia lhe sobreveio.


 Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


domingo, 17 de agosto de 2025

LIVRO DE SALMOS (CANTICOS)



- Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Diversos autores (David, Moisés, Salomão, etc).

- Em qual momento histórico? Desde a época de Moisés (90), passam pela experiência de Davi (51) e vão até a época posterior ao exílio dos nos judeus na Babilônia (126).

- Por que este livro foi escrito? Porque o povo da aliança precisa preservar a memória de suas experiências individuais ou coletivas com Deus e sua Palavra.

- Para quê este livro foi escrito? Para diversas finalidades, tais como: Louvor (ex: 8, 24, 29, 33, 47-48); Lamentos (ex: 25, 39, 51, 86, 102, 120); Ações de Graças (ex: 18, 66, 107, 118, 138); Cânticos de Confiança (ex: 23, 121, 131); Salmos Reais (ex: Sl 20-21, 24, 45, 93); Salmos Sapienciais (ex: 1, 37, 49).


Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


quinta-feira, 14 de agosto de 2025

LIVRO DE JÓ



 - Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Autor Desconhecido.

- Em qual momento histórico? Indefinido.

- Por que este livro foi escrito? Porque era preciso se opor aos conceitos tradicionais sobre a difícil questão do sofrimento humano em con-fronto com a afirmação que Deus é bom e justo.

- Para quê este livro foi escrito? Para que a raça humana compreenda que Deus é sobe-rano e recompensa aqueles que lhe pertencem, apesar dos tempos de aperto e dor (O leitor aprende que Jó sofreu não porque era um dos piores dentre os homens, mas porque era um dos melhores, e que a sua provação veio a glorificar o seu Deus).


Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com



domingo, 10 de agosto de 2025

APRENDIZ QUE SE TORNA PROFETA DEVE ABRIR OS OLHOS DA PRÓXIMA GERAÇÃO


 

“E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6:17).

Imediatamente após Elias entrar no ‘carro de fogo’, e viajar no tempo e no espaço para dar continuidade à sua missão, Eliseu assumiu o posto de profeta de Israel preenchendo de forma plenamente satisfatória a lacuna formada pela falta de Elias.

Ao ser elevado de posto, Eliseu passa a ter o seu próprio Aprendiz.

O que rapidamente concluímos é que Elias foi muito bem-sucedido ao escolher seu aluno. Todavia, Eliseu, ao contrário de Elias, e talvez por falta de critérios mais rígidos, escolheu um aprendiz que não chegava nem perto do que ele era, enquanto aluno de Elias.

Elias escolheu bem o seu sucessor; já Eliseu...!

Certamente por achar os métodos de Elias duros demais, Eliseu não quis aplicar a mesma metodologia com Geazi.

Eliseu foi livre para fazer a escolha que fez, todavia foi refém de sua escolha por toda a vida.

Geazi foi um aprendiz bem descrito por Platão, quando esse diz: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”.

O Antigo Testamento narra de forma sublime uma das aventuras do aluno do Grande Profeta e seu mediano aprendiz. Conta-se um episódio em que o profeta Eliseu e Geazi estavam encurralados pelo exército inimigo.

Ben-Hadade, rei da Síria, cercou a cidade de Samaria com todo seu poderio militar.  Naquele tempo a Síria travava guerra contra Israel e o Senhor sempre dava livramento ao seu povo por intermédio da profecia de Eliseu. Deus sempre revelava a Eliseu, previamente, as estratégias de Ben-Hadade (2 Rs 6:9,10).

Conforme relatado, o exército sírio, durante a noite cercou a cidade onde Eliseu e Geazi se encontravam. Ao perceber a situação Geazi entrou em desespero.

Diferente de Eliseu, Geazi era desprovido de coragem. “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos?” (2 Rs 6:15).


 Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

LIVRO DE ESTER





 - Para quem foi escrito este livro? Para os israelitas.

- Por quem foi escrito (autor)? Autor Desconhecido.

- Em qual momento histórico? Quando parte do povo de Israel ainda se encontra no exílio persa (o império persa sucedeu o império babilônico).

- Por que este livro foi escrito? Porque os judeus que ainda estava no exílio foram condenados à morte por um decreto real.

- Para quê este livro foi escrito? Para relatar o livramento divino aos judeus fiéis à aliança (e, também, explicar a origem da celebração do Purim).


Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA

domingo, 3 de agosto de 2025

PROFETA E VIDENTE


 

Viajando 160 anos para o passado dos tempos de Eliseu, entre 1056 e 1004 A.C. (período de 52 anos) encontramos os dias em que viveu o profeta Samuel. A Bíblia fala desse tempo usando os seguintes termos: “Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente” (1 Sm 9:9).

Analisando o texto percebemos que o termo ‘Profeta’ é uma evolução do termo Vidente. Ou seja: ser um Vidente é a condição anterior ao posto de Profeta. No original hebraico, identificamos existência de duas palavras usadas para definir a missão desses homens destemidos.

A primeira palavra é ‘Roeh’ que no Antigo Testamento ocorre por 6 vezes. ‘Roeh’ significa ‘vidente, ou visão, ou aquele que vê’.

A segunda palavra é ‘Nabi’ que no Antigo Testamento ocorre por 316 vezes. ‘Nabi’ significa ‘porta-voz, ou alto falante, ou profeta’.

Nos dias de Samuel quando alguém ia consultar a Deus, ia com a seguinte intenção: ‘- Vamos ao ‘Roeh’ (ao vidente). Vamos naquele que pode enxergar nosso destino e nos dizer se nos daremos bem ou mal em nossas vidas. Vamos ao Vidente e busquemos aprovação para nossas pretensões egoístas’.

Com o tempo esse termo evoluiu, e a palavra Roeh parou de ser utilizada. O povo entendeu que um profeta não era apenas aquela pessoa capaz de ver além do Véu da Realidade, e que suas funções excediam muito a mera previsão de futuro. Um profeta era o porta-voz de Deus. Era aquele que comunicava a voz de Deus ao povo e que tinha a função de exortar, consolar e (também) predizer o futuro.

Eliseu provou que estava pronto para ver Além do Véu da Realidade e que possuia a condição preliminar para ser reconhecido como Profeta. Todavia sua jornada estava apenas começando! Eliseu tinha um grande caminho a percorrer, afinal, enxergar Além do Véu da Realidade é apenas o primeiro degrau. O próximo degrau é descobrir o que fazer com esse conhecimento.

A primeira missão de Elizeu era fazer a si mesmo a seguinte pergunta: - E agora? O que eu vou fazer com o conhecimento profético?

Se a obtenção de conhecimento não melhorar a relação do homem com Deus, com ele mesmo, com o próximo e com a natureza, para que serve enxergar além da superfície do Lago das Águas Primordiais?

“Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Mas, quando forem maus, igualmente o seu corpo estará cheio de trevas” (Lc 11:34).

 

Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA