“E orou Eliseu, e disse: Senhor,
peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do
moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em
redor de Eliseu” (2Rs 6:17).
Imediatamente após Elias entrar no ‘carro de fogo’, e viajar no tempo e
no espaço para dar continuidade à sua missão, Eliseu assumiu o posto de profeta
de Israel preenchendo de forma plenamente satisfatória a lacuna formada pela
falta de Elias.
Ao ser elevado de posto, Eliseu passa a ter o seu próprio Aprendiz.
O que rapidamente concluímos é que Elias foi muito bem-sucedido ao
escolher seu aluno. Todavia, Eliseu, ao contrário de Elias, e talvez por falta
de critérios mais rígidos, escolheu um aprendiz que não chegava nem perto do
que ele era, enquanto aluno de Elias.
Elias escolheu bem o seu sucessor; já Eliseu...!
Certamente por achar os métodos de Elias duros demais, Eliseu não quis
aplicar a mesma metodologia com Geazi.
Eliseu foi livre para fazer a escolha que fez, todavia foi refém de sua
escolha por toda a vida.
Geazi foi um aprendiz bem descrito por Platão, quando esse diz: “Podemos facilmente perdoar uma criança que
tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da
luz”.
O Antigo Testamento narra de forma sublime uma das aventuras do aluno do
Grande Profeta e seu mediano aprendiz. Conta-se um episódio em que o profeta
Eliseu e Geazi estavam encurralados pelo exército inimigo.
Ben-Hadade, rei da Síria, cercou a cidade de Samaria com todo seu
poderio militar. Naquele tempo a Síria travava
guerra contra Israel e o Senhor sempre dava livramento ao seu povo por
intermédio da profecia de Eliseu. Deus sempre revelava a Eliseu, previamente,
as estratégias de Ben-Hadade (2 Rs 6:9,10).
Conforme relatado, o exército sírio, durante a noite cercou a cidade onde
Eliseu e Geazi se encontravam. Ao perceber a situação Geazi entrou em
desespero.
Diferente de Eliseu, Geazi era desprovido de coragem. “E o servo do homem de Deus se levantou
muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e
carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos?” (2 Rs
6:15).
teolovida@gmail.com
retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA
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