domingo, 10 de agosto de 2025

APRENDIZ QUE SE TORNA PROFETA DEVE ABRIR OS OLHOS DA PRÓXIMA GERAÇÃO


 

“E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6:17).

Imediatamente após Elias entrar no ‘carro de fogo’, e viajar no tempo e no espaço para dar continuidade à sua missão, Eliseu assumiu o posto de profeta de Israel preenchendo de forma plenamente satisfatória a lacuna formada pela falta de Elias.

Ao ser elevado de posto, Eliseu passa a ter o seu próprio Aprendiz.

O que rapidamente concluímos é que Elias foi muito bem-sucedido ao escolher seu aluno. Todavia, Eliseu, ao contrário de Elias, e talvez por falta de critérios mais rígidos, escolheu um aprendiz que não chegava nem perto do que ele era, enquanto aluno de Elias.

Elias escolheu bem o seu sucessor; já Eliseu...!

Certamente por achar os métodos de Elias duros demais, Eliseu não quis aplicar a mesma metodologia com Geazi.

Eliseu foi livre para fazer a escolha que fez, todavia foi refém de sua escolha por toda a vida.

Geazi foi um aprendiz bem descrito por Platão, quando esse diz: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”.

O Antigo Testamento narra de forma sublime uma das aventuras do aluno do Grande Profeta e seu mediano aprendiz. Conta-se um episódio em que o profeta Eliseu e Geazi estavam encurralados pelo exército inimigo.

Ben-Hadade, rei da Síria, cercou a cidade de Samaria com todo seu poderio militar.  Naquele tempo a Síria travava guerra contra Israel e o Senhor sempre dava livramento ao seu povo por intermédio da profecia de Eliseu. Deus sempre revelava a Eliseu, previamente, as estratégias de Ben-Hadade (2 Rs 6:9,10).

Conforme relatado, o exército sírio, durante a noite cercou a cidade onde Eliseu e Geazi se encontravam. Ao perceber a situação Geazi entrou em desespero.

Diferente de Eliseu, Geazi era desprovido de coragem. “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos?” (2 Rs 6:15).


 Cesar de Aguiar


teolovida@gmail.com


retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA

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