terça-feira, 20 de agosto de 2019

HUBBLE E O CRIADOR DE TODAS AS COISAS.

Edwin Powell Hubble foi um astrônomo norte americano que se tornou notório por ter descoberto que as nebulosas não eram apenas nuvens de hidrogênio, poeira e plasma. Antes da descoberta de Hubble e Vesto Melvin Slipher, acreditava-se que uma nebulosa era qualquer corpo celeste que não tinha limites precisos e nessa definição se enquadrava qualquer corpo difuso que pudesse ser observado pelos telescópios. 

Antes que Hubble e Slipher, no início do século XX, confirmassem que aqueles corpos difusos não se tratava de nebulosas, mas sim de galáxias distantes, o mundo acreditava que Andrômeda era uma nebulosa e não uma galáxia. 

A confirmação desses cientistas foi mais longe do que apenas mudar a nomenclatura de corpos celestes. 

Além de afirmar que nebulosas eram na verdade galáxias muito distantes da Via Láctea, eles estavam mudando o rumo da ciência, ao provarem que essas galáxias se afastavam-se umas das outras, viajando pelo espaço a uma velocidade proporcional à distância que as separam.

A descoberta de que as galáxias estavam se separando indicava uma conclusão óbvia: se estão se distanciando é porque em um tempo anterior elas se encontravam juntas, como se tivessem partido de um mesmo ponto. 

Em um momento elas estavam todas no mesmo lugar, e após um evento de proporções fantásticas tudo começou a viajar em direção à expansão do Tudo. 
Hubble e Slipher descobriram e apresentaram à humanidade um universo dinâmico e em fantástica evolução. 

O novo entendimento era muito mais interessante que o anterior.

Pelo trabalho desses dois cientistas a humanidade passou a ter outra definição de Universo. Algo sistematizado, gerido por forças poderosas e incríveis.
A expansão deixava migalhas pelo caminho - pistas de um funcionamento ordenado, matemático, colossal e delicado. 

O novo entendimento fornecia aos cientistas a possibilidade de contar a história da vida inteira do Cosmo, isso porque a expansão do universo deixou sua marca pelo caminho. Pegando o caminho de volta, a sua história poderia ser rastreada até a singularidade inicial. 

Deus deixou pistas de suas digitais por todo o lugar que Ele passou.

O Paradoxo de Olbers, também conhecido por paradoxo da noite escura, prova que o universo não é eterno e não é estático. Heinrich Wilhelm Olbers, em 1826 provou que tudo teve um início e que tudo está em constante evolução. Consonante com a ciência, a Bíblia concorda com Olbers, quando afirma que “No princípio Deus criou os céus e a terra”, e concorda ainda mais quando no decorrer dos Dias da Criação, Deus foi organizando todas as coisas, estabelecendo uma ordem evolutiva entre o primeiro e o sexto dia.
A Segunda Lei da Termodinâmica afirma que o nosso universo caminha para o caos e para a desorganização, pressupondo que no início de todas as coisas, quando toda a energia estava acumulada em um único lugar, tudo era perfeitamente organizado. Novamente as Escrituras estão alinhadas com a ciência enquanto afirma que todas as coisas que vemos agora serão destruídas e uma nova dimensão se estabelecerá na consumação da vitória de Cristo. “Em verdade, eis que criarei novos céus e uma nova terra; e todos os eventos passados não serão mais lembrados. Jamais virão à mente!” (Isaías 65.17).

Georges Lemaître, sacerdote jesuíta e astrofísico belga, sustentou que, em sua origem, o universo estava concentrado em um único ‘átomo primordial’, extremamente quente e terrivelmente condensado, que explodiu e começou a expandir-se, criando galáxias e depois estrelas. A teoria de Lemaître foi logo chamada de teoria do ‘Big Bang’, em 1950. 

Lemaître enfrentou muita dificuldade para apresentar sua tese na comunidade científica. Nesse tempo o conceito de que o universo veio a existir a partir de uma grande explosão ainda não fazia sentido matemático para a maioria dos cientistas. 

O conceito de que nos primórdios tudo estava concentrado em um único átomo traz uma poderosa mensagem implícita. Uma mensagem que obriga a evolução do pensamento e tira qualquer ser humano de sua zona de conforto.
Se no início tudo estava concentrado em um único átomo, obrigatoriamente uma força sobrenatural inteligente teve que disparar o processo. 
Os teólogos acreditam na máxima de Hebreus 11:3 – “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível”

Deus não criou o universo a partir do Nada. Deus é o princípio ativo de todas as coisas. A expressão latina “Ex nihilo nihil fit” significa: “nada surge do nada”. A frase atribuída ao filósofo grego Parménides indica a existência de um princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir do nada. O nada nunca pode produzir algo! Se algo existe é porque um poder superior o arquitetou e o trouxe à existência. 

É assim que os teólogos acreditam! Cremos que o mundo espiritual criou o mundo físico a partir da vontade de Deus.

Deus criou o universo estando do lado de fora do universo. 

O Grande Arquiteto não caberia nos limites espaciais estabelecidos por Ele. Um universo temporal e espacial não comportaria a presença plena do Emanante de Toda Vida. 

O lugar de habitação do Eterno naturalmente tem que ser “Não Espacial” e “Não Temporal”, e por isso acreditamos em mundos superiores onde o conceito de espaço e tempo simplesmente não se aplica.

Nesse lugar sem tempo ou espaço a voz de Deus bradou: “HAJA”

Deus falou fora do tempo e do espaço. Não no passado, nem no presente e nem futuro. 

Difícil é para o ser humano entender como isso funciona na prática, afinal somos limitados pela ausência de experiência com um mundo onde tempo e espaço não existam. Por isso podemos apenas nos agarrar a uma simples questão de pura lógica: como Deus disse HAJA estando fora do tempo e do espaço, nem no passado, nem no presente e nem no futuro, Deus disse HAJA e por isso continua havendo! 

O universo continua expandindo porque não parou de ouvir a voz do Criador ordenando “HAJA”.

César de Aguiar

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Extraído do livro: GENESIS DESVENDADO




Gênesis Desvendado: A revelação dos profundos mistérios da criação estudados em consonância com a ciência e a tradição judaica.


Contato com o autor:    teolovida@gmail.com      (31) 99582 2778

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