Enquanto a
ampulheta de Moisés iniciava um novo ciclo de 24 horas, relativamente o relógio
do universo apontava um tempo de 3,5 bilhões de anos. O terceiro dia da criação
amanheceu a 4 bilhões de anos e a aproximadamente 500 milhões se deu o
anoitecer.
No
alvorecer do terceiro dia, em função de um ambiente propício à próxima etapa
evolutiva, a vida orgânica iniciou sua jornada a nível cósmico com a formação
dos primitivos organismos unicelulares culminando com o aparecimento, já em
nosso planeta, dos peixes e proto-anfíbios, há aproximadamente 500 milhões de
anos.
A ciência
faz referência a esse período de tempo dizendo que a terra era muito quente e
lentamente se resfriou, permitido que a água em forma líquida aparecesse.
Através de uma lenta caminhada, subindo a escada da evolução surgiram em nosso
planeta as primeiras bactérias e a primitiva vegetação de algas marinhas.
Lúcifer que
havia sido precipitado sobre a superfície terrestre no segundo dia, estabelecia
na terra o seu reino mineral. Naturalmente, por estudar e conhecer a geografia
do nosso planeta, ele se mudou para a melhor região da Terra, onde futuramente
o Criador plantaria um jardim fechado, para onde Adão seria levado. “Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a
tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira,
carbúnculo, esmeralda e ouro” (Ez 28:13). Todavia seu reinado
absoluto não perdurou por mais de um dia.
Se
avançarmos um pouco no texto analisando os eventos do quarto dia, de forma
intrigante percebemos que há uma aparente suspensão da evolução biológica.
Parece-nos que o quarto dia é um elemento intruso no processo de criação, ou
que foi colocado ali para abrir nossa percepção para algo muito maior que a
nossa imaginação poderia elencar.
A criação
dos “luzeiros no firmamento dos céus”, ocorrida
no quarto dia é obviamente uma referência ao Sol, à Lua, e às estrelas. Perceba
o quanto isso é intrigante! Afinal, como a vida biológica, que teve seu início
no terceiro dia, poderia acontecer antes do aparecimento do Sol? Como haver
evolução da vida sem a presença do Sol? E a fotossíntese? Como vicejar árvores
e ervas sem a presença do Sol?
É notório
que a radiação emitida pelo nosso Astro Rei é fonte de vida e de energia
essencial para a Terra. Além de influenciar diretamente a órbita de todos os planetas
de seu sistema, a energia solar impulsiona as correntes atmosféricas e
marítimas, faz evaporar a água (que volta à terra na forma de chuva e neve),
estimula o processo de fotossíntese das plantas, sendo absolutamente essencial
para a evolução da vida biológica. Todavia a cronologia dos eventos da criação
mostra o aparecimento da vida biológica no terceiro dia e o aparecimento do sol
apenas no quarto. Como isso é possível? Teria Moisés errado ao descrever o
cronograma das etapas da criação?
Temos a certeza
de que o Gênesis Bíblico não erra.
Devemos
levar a sequência dos eventos de Gênesis a sério, sabendo que o que está na
Bíblia é a verdade acima do que a ciência ainda não descobriu ou conseguiu
provar.
Acontece
que a vida biológica surgiu muito antes da criação do Planeta Terra. Sim! Antes
que o planeta estivesse pronto para gerar e acomodar a vida vegetal e animal,
formas variadas de organismos já estavam em pleno processo de evolução em todos
os rincões do espaço em expansão.
No universo
primitivo, as colisões de partículas subatômicas, a explosão de supernovas, as
simples e complexas formações químicas na imensidão do espaço foram as
condições inseridas em um ambiente aquoso ideal para o início da vida,
produzindo sementes, em um tempo anterior à vida na Terra.
Naquele
ambiente ideal foram produzidos átomos, que por sua vez formaram moléculas e
compostos químicos, que se autorreplicaram gerando material genético. Esses
complexos arranjos químicos e essas elementares formas de seres viventes iniciou
sua jornada evolutiva no alvorecer do terceiro dia (a 4 bilhões de anos) e
foram espalhados pelo cosmos na onda de expansão gerada pela vibração do
Espírito sobre as águas chegando ao nosso planeta a aproximadamente 500 milhões
de anos.
A vida
orgânica está essencialmente conectada à formação e dispersão do carbono pelos
confins do universo.
A explosão
de uma supernova tem um alcance inimaginável.
As
primeiras estrelas, formadas no início do Universo eram gigantescos reatores
nucleares; verdadeiras fábricas de matéria prima para a formação de toda a
forma de vida no universo.
Os
elementos mais pesados formados em seu núcleo, incluindo o carbono foram
disseminados pelo espaço na forma de poeira de estrelas.
Em Ceres,
que é um planeta-anão que orbita o cinturão de asteroides entre Marte e
Júpiter, existe material orgânico formado no próprio asteroide. Os
pesquisadores afirmam existir compostos orgânicos alifáticos, que são baseados
na forma da cadeia do carbono, e isso demonstra a presença de vida. “Os compostos químicos encontrados (amônia, gelo de água,
carbonatos, sais e material orgânico) indicam a existência de um ambiente
químico bem complexo, o que sugeriria um ambiente favorável para uma química
pré-biótica, ou seja, algo bem próximo do que poderia gerar vida" (Rundsthen
Nader, astrônomo da UFRJ).
Uma
pesquisa da Nasa, publicada em maio de 2016, na revista americana Meteoritics
and Planetary Science afirma que a origem da vida na Terra parece ter sido
influenciada por meteoritos que atingiram nosso planeta há bilhões de anos.
Acontece que esses meteoritos, viajando pelo espaço, carregava em seus lombos
moléculas orgânicas, como é o caso da molécula quiral encontrada no espaço
interestelar. Esse artigo publicado na revista científica Science (doi:10.1126/science.aag0606)
relata a descoberta dessa molécula em uma nuvem de gás distante 28.000 anos-luz
da Terra.
Um belo dia
esse material orgânico formado no espaço chegou ao nosso planeta e aqui
encontrou um perfeito ambiente para evolução de toda forma de ser vivente.
Lembre-se
de que a vida orgânica (carbono) é a base para a origem e evolução de toda a
vida.
O planeta
perfeito é a nossa casa.
O sêmen que
fecundou a mãe Terra foi produzido nos rincões do espaço. A vida que chegou
aqui, vinda da formação primordial do universo, foi bem recebida e evoluiu para
as mais variadas formas e multicoloridas espécies de existência.
No terceiro
dia, a ordem de Deus foi direcionada à terra, para que ela produzisse vida; e a
terra a quem Deus dá a ordem não é o nosso planeta Terra, mas a todas as
porções de terra espalhadas por todo o universo, e isso aconteceu antes do
quarto dia.
No terceiro
dia as sementes foram produzidas e no quarto elas chegaram no nosso planeta.
Ao reino
das águas, só foi dado a ordem de produzir vida no quinto dia.
Raciocine
sobre a sequência dos dias da criação:
A-
No terceiro dia Deus ordenou que a
terra (todas as porções de terra do universo) produzisse vida, focando no texto
a palavra ‘semente’ (Gn 1.9-13).
B-
No quarto dia o Sol, a Lua e as
Estrelas passaram a serem visíveis a partir da superfície do Planeta Terra.
C-
No final do terceiro dia, com a chegada
de meteoros carregados de carga genética (chuvas de meteoros) houve sobre nosso
planeta uma chuva de sementes.
D-
Nosso planeta foi cultivado com
‘sementes’ de material genético produzidos no espaço e eclodidos na Terra a
partir da ação da energia vital do sol sobre a superfície. Com o advento do Sol
a vida passou a ter um ambiente adequado para florescer.
E-
No quinto dia as águas recebem a ordem
de produzir toda espécie de seres: “E disse Deus: Produzam as águas
abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão
dos céus. E Deus criou as grandes criaturas marinhas, e todo o réptil de alma
vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e
toda a ave de asas conforme a sua espécie...”. Note que
foram as águas que produziu os seres marinhos, seres que voam e seres limitados
à superfície. Sementes perfeitas em um ambiente perfeito e as águas no
protagonismo da criação de vida terrestre. O mesmo papel que águas tiveram a
nível cósmico, ela passa a ter a nível localizado. O terceiro dia produziu
sementes. No quinto dia as sementes já haviam eclodido.
Concluindo!
A vida na terra começou no espaço, no terceiro dia. Todavia a vida na Terra se
estabeleceu apenas no quinto dia a partir das águas dos mares, rios e lagoas
desse planeta.
Entendemos
que o fato da vida orgânica ter seu início no espaço cósmico e não na
superfície de nosso planeta abre um precedente inteligente para sustentarmos
nossa certeza de que existe vida inteligente em outros planetas nessa imensidão
de espaço.
O terceiro
dia da Criação é marcado por duas ordens distintas.
Primeiro
Deus ordenou que as águas se juntassem debaixo dos céus num único lugar. Essa
ordem, por si só viabiliza o aparecimento da porção seca.
Atente para
a primeira ordem. As águas deveriam se juntar todas em um mesmo lugar,
indicando que também a porção seca se juntaria, sem fracionamento, em um mesmo
local. Passou a existir um único grande oceano e um único grande continente.
Em 1915 o
cientista A. Wegener elaborou a teoria do supercontinente chamado Pangéia. Essa
teoria foi comprovada em 1960 por meio de pesquisas oceanográficas acerca do
Fenômeno de Fraturamento do Fundo do Mar. O supercontinente é a primeira
configuração geográfica da Terra.
Excluindo
toda a separatividade, no princípio os continentes e as águas estavam unidos em
um mesmo lugar. O que a Bíblia diz, a ciência apenas constatou! “Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não
traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra” (Pv 8:29).
Veja as
evidências científicas que servem de comentário para uma análise da
configuração evolutiva do nosso planeta no segundo dia da criação: as bordas
dos continentes se encaixam; as formações rochosas de dois lados do oceano
Atlântico — no Brasil e na África Ocidental — coincidem em idade, tipo e
estrutura; algumas cadeias de montanhas antigas de um continente têm a sua
continuação em outro continente; foram encontrados vários fósseis de criaturas
terrestres que não poderiam ter nadado de um continente ao outro.
Esse
movimento de separação continental continua até hoje e nunca vai parar, mesmo
que em uma velocidade bem menor do que antes, afinal o deslocamento atual das
placas tectônicas é de apenas 2 cm / ano.
“Lançaste os
fundamentos da terra ... As águas ficaram acima das montanhas; à tua repreensão
fugiram, à voz do teu trovão bateram em retirada. Elevaram-se os montes,
desceram os vales, até ao lugar que lhes havias preparado” (Sl
104.5-8).
A terra é
um organismo vivo dinâmico que produz vida e se movimenta. Existe dor,
sofrimento e perplexidade no movimento que a terra desempenha, delocando-se de
suas juntas e se readequando à condições extremas impostas por forças
incríveis. Maremotos, tsunamis, furacões, tornados e terremos são os
instrumentos que impulsionam a terra a assumir sempre uma nova forma – “à tua repreensão fugiram, à voz do teu trovão bateram em
retirada”.
A terra sente
a ação do homem e responde suas ações com as consequências naturais para o bem
ou para o mal. Esse ser vivo colossal, que algumas culturas chamam de ‘Mãe
Terra’, possui consciência de si mesma e atua como um dos jurados do grande
julgamento final, onde os crimes cometidos contra a natureza serão finalmente
colocados na balança da justiça. “Ouvi, montes, a demanda do Senhor, e
vós, fortes fundamentos da terra; porque o Senhor tem uma demanda com o seu
povo, e com Israel entrará em juízo” (Mq 6:2).
O terceiro
dia da criação segue rumo ao entardecer! A segunda ordem de Deus nesse dia é
direcionada à porção seca do planeta: “E disse: Produza
a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto
segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez
...” (Gn 1.11-12).
A vegetação
não é uma criação direta de Deus, mas uma deliberação à capacidade da Terra em
produzir vida. Perceba que a terra é a primeira criação fértil, que sob Deus é
autônoma.
A terra é
uma espécie de criação capaz de criar algo a partir de si mesma. Fecundada
pelos elementos vindos dos confins do cosmos, ela contém os elementos químicos
que a permitem produzir uma vegetação, que viria a ser o alimento para os
animais e para o próprio homem que surgiriam respectivamente no quinto e sexto
dia.
Essa é a
viagem do sêmen produzido pela explosão de supernovas, que ao chegarem ao óvulo
planetário, fecundou a Terra disparando o início da evolução embrionária até o
momento ideal do nascimento, onde Deus poderia de forma satisfatória avaliar a
criação: “e viu Deus que era bom”.
Lentamente
o planeta se resfriou garantindo que tudo o que a terra produz é segundo sua
espécie.
Em sintonia
com os dias da criação em Gênesis, a ciência afirma que a vida vegetal precede
a vida animal. O reino vegetal se estabeleceu no terceiro dia e o reino animal
surgiu apenas no dia quinto.
Mais uma
vez, a Bíblia e a ciência apertam as mãos, mostrando que aquilo que se
evidencia no laboratório é apenas um comentário acerca do que o Criador
estabeleceu como obra de suas mãos.
O terceiro
dia da criação inaugura uma nova fase para o planeta. Água e terra colaboraram
entre si para oferecer uma eficaz condição para o estabelecimento da vida
animal.
A água em
abundância é tão destrutiva quanto a terra seca ao extremo. Assim também é o
homem que não sabe combinar altruísmo e egoísmo dentro de si. Feliz é o homem
que sabe a diferença espiritual entre a chuva e a tempestade, entre o deserto e
a floresta fechada.
A ordem de
Deus no terceiro dia da criação foi um convite aos dois principais
protagonistas da natureza terrestre. Deus convidou a água e a terra a se
equilibrarem em proporções ideais para o florescimento da vida.
O EVANGELHO
DO TERCEIRO DIA DA CRIAÇÃO
Referindo-se
a Jesus Cristo, Paulo afirma: “Porque Dele e por Ele, e para Ele,
são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente” (Rm
11:36). Existe uma correspondência entre o terceiro dia da criação e o dia da
ressurreição de Jesus.
A
ressurreição no terceiro dia inaugurou uma nova era para a humanidade, se
tornando o símbolo máximo do milagre da nova vida disponível ao homem cuja alma
estava em estado de caos.
Assim como
a vida começou na terra a partir do terceiro dia, a vida dos redimidos teve
início no terceiro dia da morte do Messias, a partir da sua ressurreição.
O número
três é emblemático na numerologia da vida de Jesus: foram três presentes que
ele ganhou quando era ainda um bebê: ouro, incenso e mirra; Ele tinha 12 anos
(1+2=3) quando debateu com os mestres da lei no templo em Jerusalém; aos 30
anos (3+0=3) Ele começou seu ministério; doze (1+2=3) era o número dos seus
discípulos; três discípulos estavam com
Ele no Monte Hermon, em sua transfiguração; haviam três pessoas na nuvem da
transfiguração – Moisés, Elias e Jesus; Judas o vendeu por 30 moedas de prata
(3+0=3); Pedro o negou por 3 vezes; Jesus foi crucificado entre dois bandidos,
somando o número de três homens condenados; eram três cruzes no alto do
Gólgota; morreu aos 33 anos; foi crucificado na terceira hora do dia romano;
três mulheres: Salomé, Maria Madalena e Maria Mãe de Tiago foram visita-lo no
terceiro dia da sua morte; o terceiro dia, o dia da ressurreição.
Seria apenas coincidência?
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