“E disse Deus: Haja
uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez
Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão
e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. E chamou Deus à expansão
Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo” (Gn 1.6-8).
Existe uma
importante diferença percebida entre o segundo e o quarto dia da criação. No
segundo dia foi criado o ‘firmamento’, enquanto que no quarto dia a criação
está limitada à perspectiva de um observador que vê os eventos a partir do
planeta Terra. Nesse dia ele percebe o aparecimento dos ‘luzeiros no céu’,
referindo-se à carta celeste e a todos os astros visíveis da superfície de
nosso planeta.
Enquanto o
quarto dia fala de galáxias, cometas, estrelas, nebulosas e sistemas
planetários, o segundo dia, fugindo da astrofísica clássica, namora os
conceitos da física quântica.
No dia
segundo estão em voga os elementos mais ancestrais do universo: o “firmamento no meio das águas” e a “separação entre águas debaixo e acima do firmamento”. Esse é o
universo primitivo que se organizou nas profundezas do Lago das Águas
Primordiais. É a organização da ancestral sopa quântica, onde, passo a passo o
véu da realidade foi costurado pelo entrelaçamento das onze supercordas dimensionais.
Relatividade
temporal. A ampulheta de Moisés marcava o decorrer de um dia. O relógio do
Universo computava milhões de anos!
A
dissipação da densidade da matéria formada pela expansão, lentamente causou o
resfriamento da sopa de quark-glúons formando colossais nuvens de hidrogênio e
outros primitivos elementos químicos.
A partir da
simplicidade da mistura inicial, iniciou-se o processo de evolução de
substâncias e combinações químicas elementares que produziram complexas
formações cósmicas. Em uma matriz de energia pulsante, as primeiras partículas
de matéria sólida surgiram como um milagre.
Sim! Um
milagre da vibração do Espírito que tangia o instrumento de cordas
dimensionais. A música da criação em altíssima frequência era produzida pelo
coro dos corpos celestes que louvavam a Deus enquanto eram construídos na
perfeição do Eterno. E continuam assim: sendo produzidos e louvando sem cessar!
“Louvai-o, sol e
lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as águas
que estão sobre os céus” (Sl 148:3,4).
ESTRELAS
CANTAM
Cientistas
da Universidade de York apresentaram elementos que provam que as estrelas geram
som. Através de experiências com fluidos em movimento (hidrodinâmica) foi
realizado um exame de interação com um laser ultra intenso e um alvo de plasma,
o que produziu resultados inesperados.
O Dr. John
Pasley, do Instituto de Plasma do Departamento de Física de York, constatou que
após um trilionésimo de segundo, os disparos de raios laser sobre o plasma
fluía rapidamente das mais altas para as baixas densidades, criando um fenômeno
semelhante a um ‘engarrafamento’, o que manifestava uma combinação de impulsos
de pressão, ou seja: uma onda sonora.
A
frequência gerada era absurdamente alta (em torno de 1 trilhão de hertz). No
nosso planeta, os únicos seres vivos que poderiam ouvi-la, com extrema
dificuldade seriam os golfinhos ou os morcegos. Afinal, trata-se de uma
frequência aproximadamente seis vezes maior do que qualquer uma que pudesse ser
ouvida por algum mamífero.
“Um dos poucos
locais na natureza onde acreditamos que esse efeito poderia ocorrer é na
superfície de estrelas... as estrelas podem estar gerando sons de uma forma
semelhante àquela observada nos laboratórios. Portanto, as estrelas podem estar
cantando, porém, como o som não se propaga através do vácuo no espaço, ninguém
consegue ouvi-las” (Dr. John Pasley).
Segundo as
Leis Herméticas, quanto mais próximo da matéria, mais baixa é a vibração.
Assim, os minerais possuem as vibrações mais baixas, seguidos dos vegetais, dos
animais, do corpo físico humano, da mente humana e do espírito humano. Quanto
mais alta a vibração, menos perceptível ela é aos sentidos do corpo físico.
Nesse
sentido, o som das estrelas é a vibração em sua frequência mais perfeita e
transcendente. Uma estrela é um instrumento ‘cosmosinfônico’ adequado a um
louvor sem limites aos exigentes ouvidos do Criador.
O Universo
é um imenso palco onde acontece o mais fabuloso concerto musical. As estrelas
estão incessantemente gerando sons. Louvando, como dizem as Escrituras.
Ainda que
os humanos, limitados pela matéria, tenham perdido a capacidade de ouvir
frequências tão elevadas, existe Alguém que ouve uma música perfeita, executada
por uma orquestra inimitável.
Quem é o
Maestro da Sinfonia dos Céus? Quem compôs a música? E a partitura, quem a
escreveu?
Um som
perfeito, emitido pelos mais perfeitos instrumentos de Deus. Uma música
distante que nos espera no nosso verdadeiro lar. Uma música ao longe que
ouviremos cada vez mais perfeitamente, na medida em que nos aproximamos do Uno
Perfeito.
O clima de
intenso louvor produz a mais positiva de todas as energias espirituais: a
Luz.
Altas
frequências são produzidas no interior das maravilhosas fornalhas estelares.
O perfeito
louvor é emitido de um interior incandescente.
Perto de
Jesus, o coração dos discípulos arde em chamas: “Porventura, não
nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha
as Escrituras?” (Lc 24.32).
Para que o
perfeito louvor aconteça é necessário um fogo no coração: “Esquentou-se-me o coração dentro de mim; enquanto eu meditava se
acendeu um fogo” (Sl 39:3).
Produzir
luz e iluminar tudo em volta é apenas consequência de um coração que louva. “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo...” (At
2:3,4).
O LOUVOR NO
DIA MAIS TENSO DA NOSSA HISTÓRIA EVOLUTIVA
Foi assim
que aconteceu a segunda-feira, o dia mais tenso entre todos os dias da criação!
O único dia onde o Criador se calou no momento de dizer: “e viu Deus que era bom”. Louvor
intenso no dia mais decisivo para a manifestação de nossa corda dimensional.
Enquanto a batalha acontecia, os astros não paravam de louvar!
Foi no
segundo dia da criação (que durou cerca de 4 bilhões de anos universais) que a
vitória do bem sobre o mal se estabeleceu definitivamente para a corda
dimensional onde nos encontramos.
Garantida
pela vitória da matéria sobre a antimatéria, da luz sobre as trevas, do bem
sobre o mal. A vitória absoluta foi estabelecida pela superioridade da Cruz de
Cristo sobre toda espécie de energia trevosa em todos os níveis de realidade,
em todos os mundos criados, em todas as emanações do Criador.
Nesse dia
de épica batalha, Lúcifer foi precipitado para nosso planeta que se encontra
instalado no mais inferior nível de realidade das emanações divinas. Expulso do
mais elevado nível de emanação, o Querubim ora amotinado contra o Criador foi
expulso para o mais inferior grau de criação: Malkut, o nosso Universo
manifestado.
Ainda por
um tempo a influência de Lúcifer será terrivelmente sentida nesse nível de
realidade. Todavia o mal que ainda prevalece será exterminado em uma pequena
fração de tempo, pois para o diabo existe muito pouco tempo!
Em Malkut
(palavra que significa Reino), o Reino de Deus deve ser tomado e estabelecido a
força: “o reino dos céus é tomado por
esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt
11:12).
O Segundo
Dia em nossa corda dimensional é um reflexo do segundo dia nas cordas
superiores. Enquanto a expansão do universo se procedia em nossa dimensão
(Malkuth), correspondentemente em Yesod, Hod, Nietzah, Geburah e em todos os
outros mundos acontecia eventos superiores, cada um correspondente ao seu
respectivo superior, bem ao estilo “assim na terra como no céu”.
Nos
reatores nucleares do interior das estrelas foram formados os elementos
químicos mais complexos como o carbono e o oxigênio. Esses elementos essenciais
à geração de vida orgânica foram amorosamente doados ao universo pela explosão
das supernovas. Quando uma estrela explode, na verdade ela está doando matéria
prima para a formação de milhões e bilhões de outras formas de vida. Penso que
o Apóstolo Paulo falava de estrelas quando analisava o verdadeiro amor: “ainda que eu entregasse o meu corpo para ser queimado, e não
tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1Co
13:3).
POEIRA DE
ESTRELAS
O que Carl
Sagan falava há muito tempo foi comprovado pelas recentes pesquisas
científicas: os seres humanos são feitos de poeira estelar.
Após a
análise de 1500 estrelas, astrônomos concluíram que os humanos e os astros
brilhantes do espaço possuem 97% do mesmo tipo de átomos.
A verdade é
que somos feitos dos despojos da luz e por isso ela é nosso maior desejo!
O que nossa
natureza mais anseia é voltar a ser o que um dia fomos.
Quem nasceu
de uma estrela não se contenta em ser carvão! Tem que se incendiar. Afinal, o
fogo é a essência de nossa mais primitiva natureza.
A luz já
havia sido separada das trevas e naturalmente se tornou sua opositora. De forma
similar, também a terra é opositora ao domínio do mar. As ilhas e os
continentes se precipitam elevando-se acima das águas – é notório que terra e
mar são opositores naturais.
Águas e
águas são separadas. Expansões se dividem.
Separação!!!
Esse é o conceito chave, transmitido por Deus a seu povo eleito “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos
separei dos povos, para serdes meus” (Lv
20.26).
O segundo
dia é o único que Deus não avalia como bom. Todos os outros dias da criação,
Deus termina dizendo: “viu o que tinha feito e avaliou como
bom”. Exceto o segundo dia.
Uma
metáfora de real equivalência com o dia das trevas absolutas que Cristo
experimentou entre o crepúsculo e o amanhecer de sua estada no mundo dos mortos
condenados. Por três dias, Cristo esteve morto antes de sua ressurreição. Porém
o único dia que Cristo permaneceu todas as horas como morto é no segundo dia.
Isso é uma sincronia perfeita com o segundo dia da criação, que demanda das
consequências do caos.
No segundo
dia a Via Láctea e o Sol se formaram.
Eclipsados
por uma densa camada de poeira estelar, o sol, a lua e as estrelas ainda não
podiam ser apreciados da superfície de nosso planeta, embora ocupassem as
mesmas órbitas que ocupam hoje.
A criação não estava finalizada e tudo estava
apenas no começo.
Ainda havia muito trabalho a ser executado.
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