quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

SERPENTES ARDENTES E SERAFINS - PARTE 2


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Alguns chegam a fazer piada dizendo que “se o paciente sobreviver... cobra. Se o paciente morrer... cobra”. Fazem referencia ao comercio que se faz com a saude humana. E a origem é essa mesma... o comercio. Esse erro de simbologia foi popularizado pelas forças armadas americanas que faziam remoção de corpos de campos de batalha, usando uma espécie de passe livre diplomático. O símbolo desse serviço eram duas cobras enroladas num bastão, uma significando a saúde e a outra significando o comercio internacional. Realmente, a vida e a morte são casos de movimentação financeira.

 A imagem de uma serpente enrolada em uma haste é muito mais antiga do que Moisés. O povo no Egito já conhecia a imagem do deus-serpente sumeriano, que era patrono da medicina e "senhor da boa árvore", relacionada à Árvore da Vida do Jardim do Éden.

A ofiolatria - ou culto à serpente era muito comum nas civilizações antigas.

"A cobra seria o bem e o mal, a sagacidade e a imortalidade, o elo entre o mundo conhecido (a superfície da Terra) e o desconhecido (os subterrâneos)", afirma Joffre de Rezende, da Universidade Federal de Goiás.

 Vamos ao texto!

Após 40 anos de peregrinação no deserto, os israelitas reclamaram novamente contra Deus e Moisés. Reclamaram da cozinha de Deus dizendo: "Nossa alma tem fastio deste pão vil". Referiam-se ao maná. Tinham repugnância ao maná, a provisão diária de alimento.

Ao contrário do que imaginavam, a reclamação apenas piorou aquilo que eles achavam que estava ruim.

“NÃO HÁ NADA TÃO RUIM, QUE NÃO POSSA PIORAR”.

Serpentes abrasadoras do deserto apareceram no meio do povo e começaram a morder a todos.

A mordida era ardida e a sensação era de queimadura. A morte era conseqüência de dor pelo fogo e envenenamento.

Aí temos a resposta para a primeira metáfora: o pecado conduz à morte. O salário do pecado é a morte.

Os israelitas já estavam doentes e não sabiam. Estavam doentes em suas almas, mortos em seus espíritos por causa de seus delitos e pecados.

A picada das serpentes apenas trouxe um choque de realidade. Trouxe consciência do pecado. Acordou os israelitas no mundo físico acerca daquilo que já havia acontecido no mundo espiritual.

Imediatamente pediram socorro a Moisés. Arrependeram-se e clamaram por misericórdia.

Foi então que Deus ordenou que Moisés fizesse uma serpente de cobre e a colocasse sobre uma haste.

Todos os que tinham sido mordidos eram sarados ao olharem para ela.

Não havia nenhum poder especial na serpente de cobre, tanto que em dias posteriores, nos tempos do Rei Ezequias, os israelitas estavam tratando a serpente de cobre como se fosse uma relíquia, amuleto, ou talismã.

DEUSIFICANDO OBJETOS. FAZENDO OS SIMBOLOS PERDEREM SEU SIGNIFICADO. TRANFORMANDO OS SIMBOLOS COMO UM FIM EM SI MESMOS.

 O rei Ezequias a quebrou em pedaços (2 Reis 18.4).

Era uma mensagem direta àqueles que conferem poderes mágicos e unção especial a objetos e coisas. Isso é bruxaria, paganismo religioso.

Óleo ungido não cura, muito menos expulsa demônios. Fitinha ungida, copo dágua, campanhas e tantas outras estratégias não passam de misticismo, sincretismo religioso. Uma espécie de macumba evangélica.

Coisas são símbolos. O milagre está em Deus.

Nunca confira poder ao óleo ao objeto. Isso não tem poder algum. A cura vem de Deus. 

Esse episódio da história de Israel aponta diretamente para Cristo.

Em sua conversa com Nicodemos, Jesus disse que, 

"do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna" (João 3.14-15). 

Ao dizer que seria necessário "ser levantado", Jesus estava se referindo à cruz (João 8.28; 12.23, 32, 34), e à Sua exaltação após o cumprimento de sua missão (Atos 2.33; 5.31; Filipenses 2.9).

Toda a humanidade foi "mordida" pela serpente. Ao dar ouvido à antiga serpente, a queda significou a morte espiritual.

O remédio oferecido por Deus é a pessoa de Cristo levantado sobre o madeiro (1 Pedro 2.24).

Cristo não é vacina. Cristo é antídoto.

Ele é cura é para pessoas mordidas, e não proteção contra as picadas.

Veio para os que se reconhecem como doentes (Marcos 2.17) e não para os que acham que estão sãos.

Cristo é cura para aqueles que se admitem doentes. Salvação de graça para quem se “encontra perdido”.


 ...Continuaremos na próxima aula.

Até breve!

 

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