quinta-feira, 6 de outubro de 2016

JESUS E O PRÍNCIPE – UM TRATADO SOBRE A BONDADE

 
Lucas 18:18-19


 E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?


Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.


Todo ser humano merece credibilidade. Todos merecem a chance de provar que sua existência não é vã no universo.
Acreditamos que a existência humana não se estabelece sem propósito. Todos tem um motivo para estar no universo. Todos tem uma missão a cumprir. Todos tem uma obra a ser executada.

Nos dias da criação Deus criou todas as coisas e estabeleceu leis naturais que manteriam o universo em perfeito funcionamento. Como constatação da qualidade do que fez, Deus chamou de boa toda a obra que era concluída ao final de cada dia. “... e viu Deus que era bom” – essa é a conclusão do final de cada dia de trabalho do Criador (Ver todo o texto de Genesis capítulo 1).

Quando Deus separou a porção seca das águas, Ele viu que era bom (Gn 1.10); quando a terra produziu ervas e árvores frutíferas, Deus viu que era bom (Gn 1.12); quando os luminares foram postos e ajustados em suas órbitas, viu Deus que era bom (1.18); quando os animais marinhos e os que voam foram criados, viu Deus que era bom (Gn 1.21); quando os animais terrestres foram trazidos a existência , viu Deus que era bom (Gn 1.25).
E finalmente quando Deus criou o homem e a mulher, Ele os considerou a coroa da criação. Tudo estava pronto e funcionando de forma perfeita. Foi nesse momento quando precedendo seu descanso sabático, o Criador contemplou tudo que havia feito, e “viu Deus que era muito bom” (Gn 1.31).

“.. viu Deus que era muito bom”!!! Essa é a conclusão natural acerca do conjunto da  obra do Criador. Perceba que as coisas eram consideradas como boas apenas após a conclusão final de cada uma delas. E no fim de todo processo Deus considerou tudo muito bom. Deus não taxou como bom nada antes de se chegar ao fim. Nada foi avaliado como bom antes de estar pronto.

Quando o jovem príncipe se aproximou de Jesus ele tinha isso em mente. O jovem conhecia muito bem as Escrituras e seu objetivo era “pegar” Jesus numa encruzilhada teológica.
Se Jesus se considerasse bom antes de sua obra ser acabada, Jesus estava se colocando no mesmo patamar que o Criador. E dessa forma o jovem poderia tomar Jesus por um blasfemador.
Mas a resposta de Jesus foi perfeita: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus.” 

Somente Deus é bom, porque somente Deus terminou sua própria obra.

O homem só poderá ser considerado bom quando sua própria obra estiver concluída.

Nas palavras de Jesus, Ele mesmo ainda não podia ser chamado bom, afinal  sua obra ainda não havia sido terminada. Sua obra estava em andamento e somente após sua ascensão aos céus é que a sua obra poderia ser julgada e somente então ele mereceria o predicado que somente o Pai tinha.

Deus realizou sua obra na criação e se auto proclamou como Bom. Todavia Jesus rejeitou esse predicado porque ainda não havia terminado sua obra. Mas sabemos perfeitamente que após concluída a obra do Mestre, Ele se torna digno de toda honra e louvor de todo o universo. Diante Dele se dobrará todos os joelhos de todos os mundos.

Você que esta lendo esse texto!!! Saiba que seu tempo ainda não acabou. Você está escrevendo sua história e tenha certeza de uma coisa: Você esta sendo avaliado!

Nenhum homem é perfeitamente bom. O ser humano, após concluir toda sua obra na terra, irá se encontrar com o Justo Juiz. Esse encontro definirá se a obra foi boa ou não. A bondade do homem será julgada pelo Único que pode ser chamado de Bom. O homem será julgado por aquele que é o padrão de toda a bondade.

Realize sua obra sabendo que você ainda não é bom. Faça o seu melhor sabendo que quem vai te julgar saberá perfeitamente  fazer o mais perfeito juízo de todas as coisas.

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M.e. César de Aguiar

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