Nos tempos bíblicos do Antigo Testamento as esculturas e imagens
de deuses pagãos eram artefatos muito comuns. Eles eram espalhados pelas
cidades, nas praças e lugares públicos. Enfeitavam o alto dos muros das cidades
e mudavam a paisagem dos bosques.
Com exceção apenas do povo judeu, todo povo antigo adorava
deuses que possuíam imagem e forma, e para esses deuses eram erigidos
monumentos. Somente o Deus de Israel se apresentava como o Deus Invisível.
Um viajante que percorria estradas a pé, a cavalo ou a camelo,
comumente encontrava estátuas dedicadas aos mais diversos deuses e divindades.
Essas imagens eram objetos de adoração, e sempre era possível encontrar um
devoto prostrado diante de alguma imagem.
O tempo passou e nada mudou. Ainda hoje o mundo é o mesmo do
mundo dos tempos bíblicos.
Milhares de anos depois dos tempos bíblicos, vivemos a mesma
semelhança. Nos dias modernos é comum vermos símbolos e imagens de adoração de
diversas religiões. O Budismo tem suas imagens, o Induísmo tem suas imagens,
assim como tantas outras religiões. Todavia, quando o quesito é quantidade
imagens e objetos sagrados para adoração, nenhuma religião ganha do
Cristianismo. No nosso país, o Brasil e em outros países predominantemente
cristão, esquisitamente, as imagens e objetos sagrados proliferam no decorrer
dos anos.
O Cristianismo,
contrariando a propostas das Escrituras, é campeão absoluto em difundir o uso
de imagens, quadros, estátuas e objetos religiosos sagrados. Esses objetos
enchem templos, igrejas, catedrais, praças, monumentos e lojas de souvenir.
Estão presentes em todos os lugares. Aparecem enfeitando a
entrada de cidades, o alto de montanhas e as praças públicas. No Brasil, em
quase todas as cidades do território nacional, um viajante pode vislumbrar um
cruzeiro, a imagem de um santo ou um cristo redentor de braços abertos.
Esse hábito cristão é muito curioso, pois repete no mundo
moderno aquilo que sempre existiu desde os tempos de Noé. O esquisito de tudo
isso é que o cristianismo diz acreditar em um único Deus Invisível. E é
exatamente o Cristianismo o grande responsável pela difusão das imagens que
representam as mais diversas divindades. Antigamente era a Babilônia, a Pérsia
e depois o Império Romano. Hoje é o Cristianismo institucionalizado como poder
político religioso.
O que mudou? Nada! O mundo continua o mesmo e a Religião
Cristã continuou a obra da Babilônia, da Pérsia e do Império Romano.
Não existe fórmula nova: desde Moises e o famoso impasse com
o Bezerro de Ouro, podemos constatar que o homem pode até mesmo ter a intenção
de adorar o Deus verdadeiro, mas sua natureza sempre vai desejar VER o deus que
ele está adorando.
O Cristianismo fez isso: deu ao povo modernos bezerros de
ouro. Uns tem nomes de pessoas devotas, outros tem nomes de apóstolos de Jesus,
e outros são apenas líderes religiosos contemporâneos que são tratados como
deuses por suas comunidades de fanáticos.
O mundo capitalista globalizado, em função aos grandes
avanços tecnológicos se diz cada vez mais distante das religiões. Por causa dos
progressos científicos em todas as áreas da ciência, a cultura moderna pela via
da filosofia afirma que brevemente a humanidade estará livre de todos os deuses
e religiões. Isso é o mais exacerbado auto-engano!
Da história muda-se apenas os personagens e o cenário. O
homem, desde que pisou na terra, continua a ser o mesmo indivíduo de sempre.
A grande verdade é que os deuses pagãos da antiguidade não
saíram de cena. Eles apenas mudaram de nome e de aparência. Sua essência
permanece a mesma de sempre.
Nos dias atuais, os deuses antigos estão com mais força do
que nunca tiveram antes.
Os deuses de ontem e os deuses de hoje são os mesmos!
No passado os deuses da antiguidade se manifestavam e
atuavam por uma única via, somente por imagem.
No tempo presente os mesmos deuses antigos se manifestam e
atuam por DUAS vias diferentes: Imagem e Ideologia.
No próximo texto desta série vamos entender quais é o significado dessas
duas vias de atuação desses mesmos deuses que evoluíram com a cultura do mundo,
mas que continuam sendo os mesmos deuses de sempre.
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M.e. César de Aguiar
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