quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

O LIVRO DO TEMPO - PARTE 2


 ...Continuação da aula anterior.


Se não fosse encontrada a pessoa digna de abrir o Livro, certamente o Universo não poderia ser criado, pois na ausência do sustentador do paradoxo da criação, toda a energia envolvida no processo não se organizaria em torno de um objetivo final. Tudo seria arrastado para o caos e para a escuridão infinita.

João compreendia a gravidade, por isso aquele momento era de profunda angústia e estresse espiritual. Entretanto João não estava abandonado na plateia cósmica!

Um dos anciãos se dirige a ele: “Não chores. Eis que o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o Livro e os seus Sete Selos” (Ap 5.5). Mas quando Ele venceu? A resposta novamente se encontra na relatividade: a vitória se deu muito antes do tempo ser criado.

A vitória do Leão no tempo é um reflexo, uma sombra da vitória que já havia sido consumada desde antes da criação do mundo.

Diante da revelação do Anjo, João se volta para encarar o Leão vitorioso. Todavia, quando João se vira para ver o Leão, o que João vê é um “Cordeiro, como tendo sido morto”. “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra” (Ap 5.6).

O Cordeiro é o único digno de tomar o Livro e abri-lo. O Cordeiro é a sombra do Leão. No mundo espiritual, o qual Platão chamava de Mundo das Ideias, existe o Leão. No mundo físico manifestado, o Cordeiro é a expressão exata do Leão; um é a imagem e a semelhança do outro, “assim na terra como no céu”, o Cordeiro, na terra, é o reflexo do Leão, do céu.

O Leão é Jesus, o Filho de Deus, fora do tempo, reinando absoluto no Universo criado para o louvor de Sua Própria Glória. O Cordeiro é Jesus, o Filho do Homem, inserido no tempo, submetendo-se ao processo de redenção do Universo, para louvor de Sua própria glória.

Quando o Livro do Tempo está na posse do Cordeiro, vinte e quatro anciãos se prostraram diante Dele tendo cada um dos Anciãos “uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” (v.8). “E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono. E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles, harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” (Ap 5:7,8).


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA 

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