
Antes que Hubble
e Slipher, no início do século XX, confirmassem que aqueles corpos difusos não
se tratava de nebulosas, mas sim de galáxias distantes, o mundo acreditava que
Andrômeda era uma nebulosa e não uma galáxia.
A confirmação
desses cientistas foi mais longe do que apenas mudar a nomenclatura de corpos
celestes.
Além de afirmar
que nebulosas eram na verdade galáxias muito distantes da Via Láctea, eles
estavam mudando o rumo da ciência, ao provarem que essas galáxias se
afastavam-se umas das outras, viajando pelo espaço a uma velocidade
proporcional à distância que as separam.
A descoberta de
que as galáxias estavam se separando indicava uma conclusão óbvia: se estão se
distanciando é porque em um tempo anterior elas se encontravam juntas, como se
tivessem partido de um mesmo ponto.
Em um momento
elas estavam todas no mesmo lugar, e após um evento de proporções fantásticas
tudo começou a viajar em direção à expansão do Tudo.
Hubble e Slipher
descobriram e apresentaram à humanidade um universo dinâmico e em fantástica
evolução.
O novo
entendimento era muito mais interessante que o anterior.
Pelo trabalho
desses dois cientistas a humanidade passou a ter outra definição de Universo. Algo
sistematizado, gerido por forças poderosas e incríveis.
A expansão
deixava migalhas pelo caminho - pistas de um funcionamento ordenado,
matemático, colossal e delicado.
O novo
entendimento fornecia aos cientistas a possibilidade de contar a história da
vida inteira do Cosmo, isso porque a expansão do universo deixou sua marca pelo
caminho. Pegando o caminho de volta, a sua história poderia ser rastreada até a
singularidade inicial.
Deus deixou
pistas de suas digitais por todo o lugar que Ele passou.
O Paradoxo de
Olbers, também conhecido por paradoxo da noite escura, prova que o universo não
é eterno e não é estático. Heinrich Wilhelm Olbers, em 1826 provou que tudo
teve um início e que tudo está em constante evolução. Consonante com a ciência,
a Bíblia concorda com Olbers, quando afirma que “No princípio Deus criou os céus e a terra”, e concorda ainda mais
quando no decorrer dos Dias da Criação, Deus foi organizando todas as coisas,
estabelecendo uma ordem evolutiva entre o primeiro e o sexto dia.
A Segunda Lei da
Termodinâmica afirma que o nosso universo caminha para o caos e para a
desorganização, pressupondo que no início de todas as coisas, quando toda a
energia estava acumulada em um único lugar, tudo era perfeitamente organizado.
Novamente as Escrituras estão alinhadas com a ciência enquanto afirma que todas
as coisas que vemos agora serão destruídas e uma nova dimensão se estabelecerá
na consumação da vitória de Cristo. “Em
verdade, eis que criarei novos céus e uma nova terra; e todos os eventos
passados não serão mais lembrados. Jamais virão à mente!” (Isaías 65.17).
Georges Lemaître,
sacerdote jesuíta e astrofísico belga, sustentou que, em sua origem, o universo
estava concentrado em um único ‘átomo primordial’, extremamente quente e
terrivelmente condensado, que explodiu e começou a expandir-se, criando
galáxias e depois estrelas. A teoria de Lemaître foi logo chamada de teoria do
‘Big Bang’, em 1950.
Lemaître enfrentou
muita dificuldade para apresentar sua tese na comunidade científica. Nesse
tempo o conceito de que o universo veio a existir a partir de uma grande
explosão ainda não fazia sentido matemático para a maioria dos cientistas.
O conceito de
que nos primórdios tudo estava concentrado em um único átomo traz uma poderosa
mensagem implícita. Uma mensagem que obriga a evolução do pensamento e tira
qualquer ser humano de sua zona de conforto.
Se no início
tudo estava concentrado em um único átomo, obrigatoriamente uma força
sobrenatural inteligente teve que disparar o processo.
Os teólogos
acreditam na máxima de Hebreus 11:3 – “Pela
fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o
que se vê não foi feito do que é visível”.
Deus não criou o
universo a partir do Nada. Deus é o princípio ativo de todas as coisas. A expressão
latina “Ex nihilo nihil fit” significa:
“nada surge do nada”. A frase
atribuída ao filósofo grego Parménides indica a existência de um princípio
metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir do nada. O
nada nunca pode produzir algo! Se algo existe é porque um poder superior o
arquitetou e o trouxe à existência.
É assim que os
teólogos acreditam! Cremos que o mundo espiritual criou o mundo físico a partir
da vontade de Deus.
Deus criou o
universo estando do lado de fora do universo.
O Grande
Arquiteto não caberia nos limites espaciais estabelecidos por Ele. Um universo
temporal e espacial não comportaria a presença plena do Emanante de Toda Vida.
O lugar de
habitação do Eterno naturalmente tem que ser “Não Espacial” e “Não Temporal”, e
por isso acreditamos em mundos superiores onde o conceito de espaço e tempo
simplesmente não se aplica.
Nesse lugar sem
tempo ou espaço a voz de Deus bradou: “HAJA”!
Deus falou fora
do tempo e do espaço. Não no passado, nem no presente e nem futuro.
Difícil é para o
ser humano entender como isso funciona na prática, afinal somos limitados pela
ausência de experiência com um mundo onde tempo e espaço não existam. Por isso
podemos apenas nos agarrar a uma simples questão de pura lógica: como Deus
disse HAJA estando fora do tempo e do espaço, nem no passado, nem no presente e
nem no futuro, Deus disse HAJA e por isso continua havendo!
O universo
continua expandindo porque não parou de ouvir a voz do Criador ordenando “HAJA”.
César de Aguiar
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Extraído do livro: GENESIS DESVENDADO
Contato com o autor: teolovida@gmail.com (31) 99582 2778
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