A Cabalá nos ensina que o multiverso é
composto por dez dimensões ou dez níveis de criação. O Sefer Yetzirá nos
apresenta um intrigante conceito de que as sephirots são emanações do Criador,
que juntas constituem a totalidade da existência em todas as hierarquias da
criação.
Cada uma dessas dez dimensões, além de
definirem o mundo manifestado e os mundos superiores, atuam como arquétipos que
orientam a evolução do homem na direção do Uno, que habita fora do tempo, do
espaço e dos limites de Sua criação.
De Einstein a Hawking, a comunidade
científica vem perseguindo o mesmo objetivo da Cabalá: receber o conhecimento
que unificaria todas as coisas em uma única e simples explicação.
Nessa caçada o cientista busca uma equação
e o discípulo busca uma transcendência.
Apesar da impressionante diversidade de
elementos criados e de vida animada, por detrás do véu da realidade, existe uma
unidade que se manifesta de forma silenciosa e invisível, porém implícita em
toda a Criação. É como se todas as coisas estivessem unidas por uma cadeia
invisível e indissolúvel, que possui a habilidade de extinguir toda a noção de
separatividade. Cada célula e cada átomo seria uma partícula formadora de uma
única mesma coisa, completa e irreparável.
Esse corpo cósmico seria o reflexo
perfeito da personalidade absoluta do Criador. Um corpo místico, composto por
todas as sephirots.
Essa é a noção neotestamentária de ‘O
Corpo de Cristo’, que tem em si o poder de exaltar cada plano da criação a seu
devido lugar a nível multiuniversal.
Nos anos 80 a Física realizou um grande
avanço na direção de elucidar esse enigma que era da Ciência e da Cabalá. Os
complexos cálculos matemáticos dos físicos John Schwarz e Michael Green
trouxeram para o palco da comunidade científica a ‘Teoria das Supercordas’ ou
‘Teoria das Cordas’, com a promessa que essa nova teoria unificaria a
gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear fraca, a força nuclear forte e a
mecânica quântica.
Seria ela a introdução ou a conclusão da
Teoria da Grande Unificação?
Até o advento da Teoria das Cordas, a
matéria elementar era entendida como minúsculas partículas individuais e
independentes.
A nova teoria propõe que os componentes de
tudo são na verdade, ínfimos filamentos vibrantes, como cordas de um
instrumento.
Da mesma maneira que as vibrações das
cordas de um violão produzem diferentes notas musicais, as distintas vibrações
das cordas do multiverso geram diferentes tipos de partículas e forças.
A comunidade científica logo se debruçou
sobre as afirmações dessa teoria, principalmente depois que perceberam que
muitas das antigas e das novas descobertas da ciência descansavam perfeitamente
na cama preparada pela Teoria das Cordas.
Parece que agora temos a chave que abre a
porta do templo do universo, todavia é uma chave codificada! Ela gira a
fechadura, mas não aciona o mecanismo.
Não aciona ainda! Afinal, ainda faltam
mais cálculos. Ainda falta mais explicação para essa intricada ciência.
Os antigos rabinos nos ensinaram que o
Eterno criou todos os mundos por intermédio das Dez Sefirots: Keter, Hochma,
Bina, Hesed, Guevurá, Tifereth, Netzah, Hod, Yesod e Malchut. Somada às Dez
Sephirots de emanação direta, existe uma Sephirat oculta: Daath, que se situa
abaixo e entre Hochma e Bina.
Daath é o conhecimento do bem e do mal; a
mente coletiva que se formou a partir das demandas humanas. Daath é o portal
que Eva, auxiliada pela bruxaria da Serpente, tentou acessar no Éden
objetivando evoluir sem a necessidade de escalar os degraus da Escada de Jacó,
ou seja, sem depurar a personalidade no patamar de cada fruto da Árvore da
Vida.
11 Sephirots.
Curiosamente os cientistas que elaboraram
a Teoria das Cordas, sem se basearem no estudo da Cabalá, afirmam existir dez
dimensões, que, na realidade são onze. Os cientistas afirmam que para que as
cordas construam a estrutura do nosso universo, elas obrigatoriamente devem
vibrar em onze dimensões. 10 dimensões perceptíveis e 1 absolutamente occulta.
Conforme o mundo que nos é manifestado, podemos
perceber três dimensões espaciais e uma dimensão temporal, todavia os modelos
da Física apontam a existência de outras sete dimensões.
A sabedoria contida no estudo das Sefirots
e no escopo da Teoria das Cordas afirmam essencialmente o mesmo conceito
através de abordagens diferentes.
Uma rosa é sempre uma rosa, ainda que lhe
troquemos o nome. O nome pode mudar, todavia as explicações seguem na mesma
direção.
A Teoria das Cordas é uma descoberta
científica que os cabalistas conhecem há milênios e quando um físico teórico
estuda as Supercordas, na verdade ele está estudando a Cabalá enquanto valida
para a humanidade a veracidade da sabedoria rabínica.
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
retirado do livro CRIAÇÃO DESVENDADA
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