quinta-feira, 10 de abril de 2025

QUANTAS VEZES EU QUIS AJUNTAR OS TEUS FILHOS... E TU NÃO QUISESTE

 


O universo foi criado sobre a superfície do Lago com dimensões de comprimento, largura e profundidade. Tudo começou no nível mais elevado da altura do Lago, onde era absolutamente sublime. Não havia possibilidade de se fazer nada melhor do que havia sido feito.

O pecado surgiu na rebelião de Lúcifer contra o Criador e se deu acima da superfície do Lago. O inimigo rebelou-se contra a soberania do Criador e invadiu as ondas temporais.

O Inimigo de Deus se tornou inimigo daquele que Deus mais amava: o homem. Entrando no Universo, o Mal levou o homem à perdição.

Por causa do primeiro pecado o universo inteiro submergiu para a escuridão.

O que o Inimigo não sabia era que Deus o estava usando para um propósito maior. Com o aparecimento da dualidade do Bem contra o Mal Deus inaugurava o início de um plano cósmico chamado Graça. E pelo plano da Maravilhosa Graça, o Eterno estabelecia uma maneira perfeita de louvar a Si mesmo.

O homem é ovelha que se perdeu, a dracma que se soltou do colar, o filho que preferiu estar alienado do Pai. O ser humano é o pintainho que após ser gerado de modo especial e admirável, fugiu do calor do ventre do Pai dos Espíritos (Hb 12.9).

A Graça de Deus é um plano complexo, que existia como intenção de Deus, desde muito antes da invenção do pensamento e tudo começou com a criação dos mundos.

O Espírito Santo coordenou a criação do universo fazendo tudo maravilhosamente belo. A beleza durou por um tempo, até o dia em que o homem, a coroa da criação, quis se divorciar de seu Criador.

No fatídico dia em que o pecado matou o homem, o Criador manteve sua rotina e, no fim da tarde foi se encontrar com seu Melhor Amigo. Todavia o Amigo não estava no ponto de encontro (Gn 3.11). O primeiro homem se perdeu, e com ele, todos nós nos perdemos, pois todos nós éramos aquele homem.

 “Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os seus pintainhos debaixo das suas asas, e tu não quiseste” (Mt 23.37).

Esse era o anseio e a maior motivação da missão de Jesus: buscar o que se havia perdido; trazer de volta para debaixo da proteção do Criador aqueles pintainhos rebeldes, que se apartaram da ninhada.

Jesus foi até o fim cumprindo toda a lei e todas as profecias. Após o cumprimento de sua obra, Cristo foi ascendido aos Céus. E os pintainhos? O que seria deles sem a presença do Salvador?

Os discípulos não foram abandonados no vazio da existência sem a companhia do Mestre.  Antes de partir Jesus havia prometido que o Consolador viria: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” (Jo 14:16-18). Ele veio! A partir do Dia de Pentecostes os discípulos estavam sob o cuidado do Espírito Santo (At 2:1-47).

O Oitavo Dia da Criação começou com a descida do Espírito Santo.

Como responsável pela continuidade da obra do Filho, o Espírito iria começar o trabalho no homem promovendo o Novo Nascimento.

O Espírito tem sua maneira de trabalhar. Ele sempre faz tudo a partir da mesma metodologia. Da mesma maneira que Ele teve sua participação na construção do homem, a partir do Oitavo Dia ele usaria os mesmos métodos para realizar a reconstrução.

O Novo Nascimento é a ressurreição do espírito do homem, que morreu no dia em que o homem pecou: “... porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). O homem morreu no mesmo dia e na mesma hora em que pecou.

O Novo Nascimento é uma volta à gênese de todas as coisas: “... e o Espírito de Deus pairava sobre as águas” - O Novo Nascimento do homem se processa pelo mesmo método que foi usado para o nascimento do Universo: da água e do Espírito.

“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5).

Por definição físico-química, o Catalisador é uma substância que reduz a energia de ativação de uma reação e aumenta a sua velocidade de processamento, sem, contudo, participar dela. O catalisador possui o poder de acelerar uma reação química sem alterar a natureza da composição química dos seus reagentes e produtos. O uso de catalisadores em reações químicas, não altera a quantidade de substância nela produzida, mas acelera o processo conferindo estabilidade à mistura e ao resultado.

A obra do Espírito Santo é assim: usa a matéria prima do Pai e o Poder do Filho, e faz tudo acontecer de forma coordenada e absolutamente admirável.

Tudo começou como um líquido, e, tudo recomeça pelo líquido.

Sem a ação do Consolador nada se fez e nada se faz!

O Espírito Santo que em seis dias catalisou a construção do universo, no Oitavo Dia passa a catalisar a reconstrução do Homem.


Cesar de Aguiar 

teolovida@gmail.com

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