O universo foi criado sobre a superfície do Lago com dimensões de
comprimento, largura e profundidade. Tudo começou no nível mais elevado da
altura do Lago, onde era absolutamente sublime. Não havia possibilidade de se
fazer nada melhor do que havia sido feito.
O pecado surgiu na rebelião de Lúcifer contra o Criador e se deu acima
da superfície do Lago. O inimigo rebelou-se contra a soberania do Criador e
invadiu as ondas temporais.
O Inimigo de Deus se tornou inimigo daquele que Deus mais amava: o
homem. Entrando no Universo, o Mal levou o homem à perdição.
Por causa do primeiro pecado o universo inteiro submergiu para a
escuridão.
O que o Inimigo não sabia era que Deus o estava usando para um propósito
maior. Com o aparecimento da dualidade do Bem contra o Mal Deus inaugurava o
início de um plano cósmico chamado Graça. E pelo plano da Maravilhosa Graça, o
Eterno estabelecia uma maneira perfeita de louvar a Si mesmo.
O homem é ovelha que se perdeu, a dracma que se soltou do colar, o filho
que preferiu estar alienado do Pai. O ser humano é o pintainho que após ser
gerado de modo especial e admirável, fugiu do calor do ventre do Pai dos
Espíritos (Hb 12.9).
A Graça de Deus é um plano complexo, que existia como intenção de Deus,
desde muito antes da invenção do pensamento e tudo começou com a criação dos
mundos.
O Espírito Santo coordenou a criação do universo fazendo tudo
maravilhosamente belo. A beleza durou por um tempo, até o dia em que o homem, a
coroa da criação, quis se divorciar de seu Criador.
No fatídico dia em que o pecado matou o homem, o Criador manteve sua
rotina e, no fim da tarde foi se encontrar com seu Melhor Amigo. Todavia o
Amigo não estava no ponto de encontro (Gn 3.11). O primeiro homem se perdeu, e
com ele, todos nós nos perdemos, pois todos nós éramos aquele homem.
“Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os
seus pintainhos debaixo das suas asas, e tu não quiseste” (Mt 23.37).
Esse era o anseio e a maior motivação da missão de Jesus: buscar o que
se havia perdido; trazer de volta para debaixo da proteção do Criador aqueles
pintainhos rebeldes, que se apartaram da ninhada.
Jesus foi até o fim cumprindo toda a lei e todas as profecias. Após o
cumprimento de sua obra, Cristo foi ascendido aos Céus. E os pintainhos? O que
seria deles sem a presença do Salvador?
Os discípulos não foram abandonados no vazio da existência sem a
companhia do Mestre. Antes de partir
Jesus havia prometido que o Consolador viria: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber,
porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e
estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” (Jo 14:16-18). Ele
veio! A partir do Dia de Pentecostes os discípulos estavam sob o cuidado do
Espírito Santo (At 2:1-47).
O Oitavo Dia da Criação começou com a descida do Espírito Santo.
Como responsável pela continuidade da obra do Filho, o Espírito iria
começar o trabalho no homem promovendo o Novo Nascimento.
O Espírito tem sua maneira de trabalhar. Ele sempre faz tudo a partir da
mesma metodologia. Da mesma maneira que Ele teve sua participação na construção
do homem, a partir do Oitavo Dia ele usaria os mesmos métodos para realizar a
reconstrução.
O Novo Nascimento é a ressurreição do espírito do homem, que morreu no
dia em que o homem pecou: “... porque no
dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). O homem morreu no
mesmo dia e na mesma hora em que pecou.
O Novo Nascimento é uma volta à gênese de todas as coisas: “... e o Espírito de Deus pairava sobre as
águas” - O Novo Nascimento do homem se processa pelo mesmo método que foi
usado para o nascimento do Universo: da água e do Espírito.
“Na verdade, na verdade te digo
que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus” (Jo 3.5).
Por definição físico-química, o Catalisador é uma substância que reduz a
energia de ativação de uma reação e aumenta a sua velocidade de processamento,
sem, contudo, participar dela. O catalisador possui o poder de acelerar uma
reação química sem alterar a natureza da composição química dos seus reagentes
e produtos. O uso de catalisadores em reações químicas, não altera a quantidade
de substância nela produzida, mas acelera o processo conferindo estabilidade à
mistura e ao resultado.
A obra do Espírito Santo é assim: usa a matéria prima do Pai e o Poder
do Filho, e faz tudo acontecer de forma coordenada e absolutamente admirável.
Tudo começou como um líquido, e, tudo recomeça pelo líquido.
Sem a ação do Consolador nada se fez e nada se faz!
O Espírito Santo que em seis dias catalisou a construção do universo, no
Oitavo Dia passa a catalisar a reconstrução do Homem.
Cesar de Aguiar
teolovida@gmail.com
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